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Economia
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha, Iara Lemos
5/7/2023 | Atualizado 6/7/2023 às 10:56
Carf é a última instância administrativa das punições da Receita Federal[/caption]
O Carf é a última instância administrativa das punições da Receita Federal. Desde 2020, o contribuinte é beneficiado com o empate nos julgamentos. A retomada do voto de qualidade, inicialmente tratada por medida provisória que acabou vencendo sem ser votada, é tratada como prioridade pelo Ministério da Fazenda, que estima que a União perdeu R$ 59 bilhões com a reversão dos resultados no período.
O que está em jogo
Projeto é considerado prioritário pelos ministros Simone Tebet e Fernando Haddad. Foto: Ministério da Fazenda[/caption]
O projeto estabelece critérios mais flexíveis para a elaboração das próximas leis orçamentárias anuais. O arcabouço fiscal servirá para substituir o atual teto de gastos. Enquanto a lei em vigor prevê uma limitação ao orçamento anual definida conforme os gastos públicos do ano anterior, o arcabouço tem como critério a receita arrecadada ao longo dos últimos 12 meses. Desse recurso, 70% estarão disponíveis para o governo, e os outros 30% ficarão retidos, buscando formar uma proteção contra o crescimento da dívida pública.
O que está em jogo
A nova política de teto de gastos do governo traz uma banda com crescimento real da despesa primária entre 0,6% a 2,5% ao ano. O cofre do Distrito Federal também pode ser diretamente impactado. Segundo o governo do Distrito Federal, a capital do país perderá R$ 87 bilhões em receita ao longo dos próximos dez anos caso o texto aprovado pela Câmara vire lei. Já cálculos feitos pela Consultoria de Orçamento da Câmara apontam um déficit de R$ 17 bilhões pelo mesmo período.
O arcabouço traz uma banda com crescimento real da despesa primária entre 0,6% a 2,5% ao ano. O valor máximo é limitado como um mecanismo anticíclico. Pelo arcabouço, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) e o piso salarial da enfermagem ficarão fora do limite de gastos, graças a regras constitucionais já existentes.
Com o novo modelo, o governo espera zerar o déficit público primário da União em 2024 e atingir o superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025. Para 2026, último ano do mandato de Lula, a expectativa é atingir o superávit primário de 1% do PIB e estabilizar a dívida pública da União.
Pontos de divergência
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb)
Teve a trava mantida pelo relator do texto na Câmara, Claudio Cajado, mas foi retirado do relatório do Senado. Agora, Cajado quer retomar a trava.
Fundo Constitucional do Distrito Federal
Dinheiro destinado para despesas com segurança pública, saúde e educação. A trava que emperrava o aumento dos recursos transferidos pela União para o Distrito Federal foi colocado por Cajado, no parecer da Câmara, mas retirado no texto aprovado pelo Senado.
Setores de comércio e serviços reclamam de mudanças previstas na reforma tributária. Foto: Marcelo Camargo/ABr[/caption]
Essa etapa inicial da reforma é focada no consumo. Governo e Congresso defendem a reformulação como forma de simplificar, racionalizar e unificar a tributação, reduzindo assim a burocracia, e incentivar o crescimento econômico. Entre os principais objetivos da proposta, estão o fim da guerra fiscal, a desoneração das exportações, a segurança jurídica e a transparência.
O que está em jogo
Cesta básica: sacos de arroz e feijão à venda em mercado. Foto: Geraldo Bubniak/AEN[/caption]
O relator admite incluir em seu substitutivo a criação de uma cesta básica, com produtos que teriam alíquotas reduzidas. Hoje a cesta básica é isenta de impostos federais, porém, cada estado tem alíquota própria de ICMS para produtos diferentes. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) sugere a inclusão de 34 itens na lista.
Correção de desequilíbrios
Da esquerda para a direita: os governadores Eduardo Leite, Ratinho Jr. e Tarcísio Freitas após reunião com parlamentares para tratar da reforma tributária. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil[/caption]
Prefeitos - Contrários à reforma, não aceitam a extinção do ISS, que será unificado com o ICMS estadual. Alegam perdas de arrecadação e de autonomia e prejuízo para a manutenção de serviços públicos como saúde, educação e transporte público. Os grandes municípios também protestam à mudança da incidência do imposto no destino, em vez da origem.
Governadores - Cobram critérios e regras mais claras para a criação do conselho federativo responsável pela gestão e distribuição do IBS. Pela proposta original, os votos do colegiado serão distribuídos de maneira paritária entre estados e municípios. Em aceno aos governadores, o relator Aguinaldo Ribeiro se comprometeu a detalhar os critérios. Governadores do Sul e Sudeste querem que as deliberações tenham dois níveis de aprovação - uma por estado e outra por região - para evitar que regiões com mais unidades federativas, como o Norte e o Nordeste, tenham prevalência.
Também querem maior valor para o Fundo de Desenvolvimento Regional. Governo prevê R$ 40 bilhões. Estados querem ao menos R$ 75 bilhões por ano. Uma das alternativas estudadas pelo relator, para contemplar os governadores, é incluir no texto critério para divisão dos recursos, como tamanho da população, menor PIB per capita e número de beneficiários do Bolsa Família.
Eles reivindicam, ainda, que a implementação do IBS seja gradual, entre 2026 e 2033. A ideia é começar a instituir a mudança em 2026, com alíquota teste de 1%, junto com a CBS até chegar à alíquota padrão, em 2033. Pelo relatório de Aguinaldo Ribeiro, o IBS só entraria em vigor em 2029. O relator admite rever esse prazo.
Serviços - Setor que mais emprega no país e que responde por 70% do PIB, teme pelo aumento da carga tributária. Estimativas feitas pelas entidades patronais indicam que o aumento de imposto pode chegar a 171% em alguns segmentos.
(Com informações da Agência Câmara)Tags
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