Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Lira cria bloco e enterra Centrão | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Lydia Medeiros

Deu tudo errado para os Bolsonaro

Lydia Medeiros

Picolé de chuchu entra no cardápio do PT para 2026

Lydia Medeiros

Crise mostra que Tarcísio é refém eleitoral de Bolsonaro

Lydia Medeiros

Impasse político vai dominar a disputa de 2026

Lydia Medeiros

Lula entre o confronto e a negociação com o Congresso

Disputa na Câmara

Lira cria bloco e enterra Centrão

Criação dos dois superblocos muda correlação de forças na Câmara e enterra a lógica anterior do Centrão, explica Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

13/4/2023 | Atualizado às 16:20

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

Disputa entre os dois blocões aponta para nova correlação de forças e o fim do Centrão. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Disputa entre os dois blocões aponta para nova correlação de forças e o fim do Centrão. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O bloco parlamentar anunciado por Arthur Lira é uma gelatina ideológica. Mistura nove partidos (PP, União Brasil, PSB, PDT, PSDB, Cidadania, Solidariedade e Avante) que em comum têm apenas o desejo de ocupar espaços de poder.  Reeleito presidente da Câmara com 464 dos 513 votos, Lira, supostamente, preservou no bloco a fidelidade de 175 deputados. Juntos, são a maior força da Casa, com peso para barrar qualquer votação - na hipótese de atuarem de forma unânime. No entanto, é  pouco para quem acaba de se reeleger com votação recorde e tem o domínio da pauta. O "blocão" é uma reação a outro, a reunião de 142 deputados (Republicanos, MDB, PSD, Podemos e PSC). Na prática, a morte do Centrão, que deu plenos poderes a Lira nos últimos dois anos. Administrar os interesses do novo grupo, bem menor, será um desafio permanente. Sobretudo porque ele já não tem perspectiva de poder a oferecer. A sucessão na presidência da Câmara já está em marcha, e Lira quer controlar o processo até a votação, em fevereiro de 2025. O fim do Centrão, com o Republicanos fora de seu bloco e o PL isolado na extrema direita, mostra que os tempos mudaram. Os partidos que o seguiram nesse novo bloco, à exceção de PP e União Brasil, estão em decadência ou correm risco de extinção, por causa do desempenho ruim nas urnas no ano passado. Juntaram-se no "blocão" porque sozinhos seus deputados teriam uma espécie de mandato fantasma, sem direito a relatorias ou presidências de comissões. É a luta pela sobrevivência que os une, e não Lira. A divisão do falecido Centrão em dois blocos também demonstra um Congresso mais poderoso do que na época dos primeiros mandatos de Lula. Os partidos não esperaram o governo montar sua base parlamentar. Inverteu-se o processo, e, agora, o presidente terá mais trabalho para negociar - apesar das juras de apoio à governabilidade feitas pelos líderes. O fato de tantos partidos terem formado apenas dois grupos deveria ser um facilitador para o Planalto. Mas a difusão de interesses representa dificuldade. Na nova configuração da Câmara restou ao PT apenas a companhia do PV e do PCdoB. Formaram uma federação. A "frente ampla" da campanha presidencial não se repetiu. Alguns partidos de esquerda, como PSB e PDT, preferiram manter distância do PT na Câmara. As mudanças mostram que os partidos estão mais preocupados com a autopreservação, com a organização para as eleições municipais de 2024 e dispostos a se manter autônomos em relação ao governo - qualquer governo. É nesse  mundo gelatinoso que Lula vai governar.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

câmara dos deputados blocão arthur lira Centrão Lydia Medeiros

Temas

Opinião Colunistas Análise Coluna Democracia Congresso
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Soberania

Império, vassalagem e traição

2

Crise

Deu tudo errado para os Bolsonaro

3

Democracia

Soberania não se negocia, não se vende e nem se renuncia

4

Justiça fiscal

Análise: Financiamento para o desenvolvimento global e nacional

5

Extrema-direita em crise

Trump, Epstein e o fim do silêncio

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES