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Deputado Chiquinho Brazão, que está preso, comanda uma máquina política no Rio que fez fortuna em parceria com as milícias

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

11/4/2024 | Atualizado às 15:05

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Chiquinho Brazão está preso desde março, acusado de ter mandado matar Marielle Franco. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Chiquinho Brazão está preso desde março, acusado de ter mandado matar Marielle Franco. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Elon Musk tem dedicado parte do seu tempo ao diálogo virtual com políticos da direita nacional em sua rede social, o X, ex-Twitter. Na quarta-feira, ajudou a divulgar posts de um grupo de deputados que viajou a Bruxelas para "denunciar" a transformação do Brasil em uma ditadura. A convite de um representante do partido Vox, da direita espanhola, Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis, Ricardo Salles, Marcos Pollon, Gustavo Gayer e Julia Zanatta, todos do PL, participaram de um encontro do ECR Group, que diz reunir "conservadores e reformistas" no Parlamento Europeu. "O que acontece no Brasil é pior do que na Venezuela", discursou Gayer. "O Brasil é o campo de batalha para um novo tipo de ditadura, Chamo de transditadura. É um laboratório de como implantar uma ditadura disfarçada de democracia. Estamos gritando por ajuda." Disse ainda que há "centenas e centenas" de presos políticos no país e que, ao retornar, poderia ele mesmo ser preso por suas palavras. Gayer tem direito a sua versão, mas não significa que seja legítimo criar fatos. Num outro vídeo, Gayer, Eduardo Bolsonaro e Pollon agradecem a Musk por divulgar ao mundo "os ataques à liberdade de expressão e o nascimento de uma ditadura" no Brasil. O deputado Luiz Phillipe ajudou os colegas na rede: afirmou que, à exceção do X, todas as redes sociais  aceitam violar a lei porque temem o Judiciário. Musk repostou os vídeos com um comentário -  "verdade". É o que ele pensa da concorrência, que tanto teme. Enquanto os deputados tentavam convencer os europeus e atacavam o Judiciário e o ministro Alexandre de Moraes no exterior, seus colegas decidiam na Câmara sobre a manutenção da prisão provisória decretada por Moraes de Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco. Com uma margem de apenas vinte votos, a maioria manteve Brazão na cadeia - 277 votos, quando o mínimo era de 257. Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) comanda uma máquina política no Rio que fez fortuna em parceria com as milícias. A revelação pela Polícia Federal de que foi o mandante da morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes escancarou o grau de infiltração do crime organizado nas instituições. O PL, partido dos deputados que denunciam a "ditadura" no país, orientou abertamente a bancada a votar pela soltura de Brazão, sob o argumento de que a prisão era inconstitucional.  O União Brasil, partido que expulsou Brazão, ajudou. Conseguiram 129 votos, 71 deles eram do PL, e 22 do União. Outros partidos do Centrão se dividiram. O PP, por exemplo: 18 votos pela prisão, dez pela libertação e 12 abstenções. O placar mostra que a polarização política ultrapassa a disputa partidário-eleitoral, confunde conceitos básicos e embaralha a democracia. Os que pregaram a liberdade do deputado usaram o caso para tentar mandar recados ao Supremo, não se importando em assumir os riscos. Brazão personifica um dos maiores problemas do país, o crime organizado e seus braços institucionais. Foi por pouco, e, por isso mesmo, a Câmara falhou.    
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