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Paulo José Cunha
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Paulo José Cunha
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Paulo José Cunha
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27/7/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 16:58
Mas o envolvimento direto do clã Bolsonaro no esquema criminoso das fake news fica mais evidente a cada dia. Não fosse assim, a justiça não estaria na cola dos blogueiros, youtubers, ativistas radicais e parlamentares bolsonaristas, além de seus financiadores. Muitos deles, alvos de ações de busca e apreensão com celulares e computadores confiscados, sigilo fiscal quebrado e até a retirada de páginas e perfis nas redes sociais. As próprias plataformas como Facebook e Whatsapp vêm banindo contas e perfis de ativistas bolsonaristas que comprovadamente praticaram atos antidemocráticos e/ou atacaram instituições como o Congresso e o STF. Impedir o prosseguimento dessas ações criminosas nada tem a ver com o comprometimento à liberdade de expressão. Mas, sim, visam a proteção da integridade e da honra de pessoas e instituições.
Liberdade religiosa e falsa informação
No plano religioso a difusão de fake news num momento de pandemia põe em risco a própria vida. Religiosos bolsonaristas como o pastor César Augusto, da Associação Fé Perfeita, minimizam a pandemia e divulgam pelas redes sociais histórias de curas mirabolantes com meizinhas caseiras, tirando o foco de ações de eficácia científica. A atuação desses pastores é protegida pela liberdade religiosa prevista na própria Constituição. Mas ultrapassam as fronteiras da fé, e precisam ser contidas. O pastor bolsonarista Silas Malafaia disseminou a falsa informação de que autoridades científicas teriam confirmado que só as cidades acima de mil habitantes deviam respeitar o distanciamento social. Mentira perigosíssima para moradores de localidades menores. Outro pastor, o gaúcho Sílvio Ribeiro, virou caso de polícia por prometer um "óleo consagrado para imunizar contra qualquer tipo de pandemia, vírus ou doença". Combater a difusão de fake news com objetivos político-ideológicos-eleitorais-religiosos não tem nada a ver com restringir a liberdade de expressão, mas apenas combater o charlatanismo, o oportunismo político e a prática de crimes como injúria, calúnia e difamação contra pessoas e instituições, que fazem parte do dia a dia de Bolsonaro e de sua tropa de apoiadores.
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