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Lula intimida PT e abre alas para o centro

OPINIÃO: Lula decidiu ficar com Lira. Teve as verbas, mas é refém do Centrão e seu "apetite insaciável". Por Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

7/3/2024 16:48

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Lula com deputados e ministros em encontro no Alvorada. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lula com deputados e ministros em encontro no Alvorada. Foto: Ricardo Stuckert/PR
O PT vai acanhado às eleições municipais. Partido do presidente da República, deve disputar apenas uma dúzia de prefeituras de capitais. A ordem de Lula é dar prioridade a coligações com aliados dos campos da esquerda e do centro. Petistas já usaram, reservadamente, a palavra "desespero" para definir a situação. O PT não tem prefeituras de capitais e enfrentará as urnas em outubro com uma base reduzida - administra 227 das 5.565 cidades brasileiras. Corre risco de raquitismo, apesar da relevância. Deixou de ser prioridade para Lula, que mira o fortalecimento do centro como lastro para reduzir a dependência política do Centrão neste final de mandato e, sobretudo, para concorrer à reeleição. O predomínio da direita no Congresso anuncia dificuldades maiores neste ano eleitoral. A escolha da deputada bolsonarista radical Caroline de Toni (PL-SC) para a Comissão de Constituição e Justiça é um entrave real ao andamento de propostas do governo. Num eventual próximo mandato, ter uma bancada de centro mais forte daria conforto ao governo, isolando a extrema direita abrigada no PL de Bolsonaro. Também seria conveniente para quebrar resistências em setores como o agronegócio, avessos ao PT. A estratégia lulista leva em conta a força de seu maior adversário. Bolsonaro exibiu força dias atrás no comício da Avenida Paulista. Apesar de inelegível e com processos em série na Justiça, ainda é um cabo eleitoral forte. A presença de governadores da direita mais moderada no palanque mostrou o poder de atração de Bolsonaro e como será difícil ultrapassar sua sombra para construir uma alternativa descolada do extremismo. Lula parece correr atrás do prejuízo. Em 2002, quando formava seu primeiro governo, José Dirceu defendeu que a aliança estratégica deveria ser com o então PMDB. Lula desdenhou e optou por PL, PP e PTB. Os peemedebistas foram chamados a socorrer o governo em 2005, quando o mensalão estourou. "Eu perdi isso no governo várias vezes. Um acordo com o PMDB daria estabilidade ao governo. Eu sempre disse ao presidente que o governo não podia perder a maioria na Câmara e no Senado. Que perder a maioria seria caminho para CPI e que CPI é caminho para tentar desestabilizar e inviabilizar o governo", disse Dirceu numa entrevista, já fora do governo envolvido no escândalo. Depois Da Vitoria eleitoral em 2022, a prioridade de Lula era aprovar uma emenda constitucional que garantisse recursos ao futuro governo (R$ 145 bilhões) para a retomada de programas sociais, como o Bolsa Família. O senador Renan Calheiros, antigo aliado do petista, sustentava, amparado pelo TCU, que não seria preciso mudar a Constituição e que o dinheiro poderia ser obtido por meio de crédito extraordinário. Renan achava que Lula não deveria depender de seu arqui-inimigo Arthur Lira e dos partidos do Centrão. Argumentava que o presidente eleito deveria construir uma coalizão parlamentar de centro-direita, deixando de fora partidos que apoiaram abertamente Bolsonaro - PP, PL e Republicanos. Lula decidiu ficar com Lira. Teve as verbas, mas é refém do Centrão e seu "apetite insaciável". Esse mesmo Centrão quer ficar ainda mais forte, e PP, Republicanos e União Brasil estão avançados na discussão de uma associação. Após as eleições, podem formar uma federação. Se a articulação for adiante, teria uma bancada de 151 deputados e 17 senadores. Ficaria ainda mais difícil para Lula negociar com o Congresso. Personagem histórico admirado por Lula, Getúlio Vargas liderava o PTB, partido mais associado às massas urbanas e aos sindicatos, enquanto interventores nomeados por ele durante o Estado Novo criaram o PSD. O partido nasceu para ser o braço getulista junto a setores da oligarquia rural, comerciantes e funcionários públicos. Sessenta e seis anos depois, o PSD renasceu em outra circunstância histórica. Surgiu de uma costela do DEM, ex-PFL, com Gilberto Kassab à frente, sob as bençãos de Lula e de Dilma Rousseff. O novo partido enfraqueceu a oposição e quase extinguiu o DEM. Kassab virou ministro de Dilma. Hoje, o PSD tem três ministérios, mas está aliado ao governador paulista, Tarcísio de Freitas, o preferido de Bolsonaro. O jogo ficou mais complexo.
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