Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Criminalização da homofobia continua nesta quinta-feira no STF com ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Criminalização da homofobia continua nesta quinta-feira no STF com votos de ministros

Congresso em Foco

13/2/2019 | Atualizado 10/11/2020 às 11:23

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Os ministros Edson Fachin (à esq.) e Celso de Mello (ao microfone) são os dois relatores do julgamento[fotografo]Rosinei Coutinho / STF[/fotografo]

Os ministros Edson Fachin (à esq.) e Celso de Mello (ao microfone) são os dois relatores do julgamento[fotografo]Rosinei Coutinho / STF[/fotografo]
Depois de ouvir argumentos contra e a favor em dois dias de sessão, o pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) finalmente vai iniciar, nesta quinta-feira (14), o anúncio dos votos no julgamento de duas ações para criminalizar a homofobia, que é caracterizada pelo preconceito contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais). Um dos pedidos é relatado pelo ministro Celso de Mello, decano do STF - este, julgado seis anos após ter sido apresentado. Edson Fachin ficou com a outra relatoria. Um ação foi protocolada pelo PPS, esta relatada por Celso de Mello, e a outra pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), a cargo de Fachin. Ambas questionam se o Congresso se omitiu de legislar sobre a criminalização da homofobia, deixando de atender a demandas das minorias envolvidas. Apenas manifestações das partes foram feitas em plenário, sem que os 11 ministros tenham iniciado o anúncio de seus votos.

> Bolsonaro ignora estatísticas ao criticar "coitadismo" de nordestinos e minorias

Coube a Celso de Mello presidir a sessão desta quarta-feira. Segundo a ação do PPS, o Congresso atenta contra a Constituição ao deixar de criar punições específicas para pessoas que matam ou agridem outras em razão da orientação sexual e/ou identidade de gênero. Em conjunto com o pedido do partido, a ABGLT protocolou mandado de injunção, uma espécie de reforço processual a determinada ação, com o objetivo de que o Supremo reconheça a homofobia como um crime específico. O PPS pede que a comunidade LGBT seja incluída no conceito de "raça social" e os agressores punidos na forma do crime de racismo. Pelo atual ordenamento jurídico, a tipificação de crimes cabe ao poder Legislativo, responsável pela criação das leis. O partido, no entanto, reclama da demora do Congresso em tratar do assunto. "Todas as formas de homofobia e transfobia devem ser punidas com o mesmo rigor aplicado atualmente pela Lei de Racismo, sob pena de hierarquização de opressões decorrentes da punição mais severa de determinada opressão relativamente à outra", diz a ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO 26) do PPS. O crime de racismo é inafiançável e imprescritível. A pena vai de um a três anos e multa. Duelo de teses Ambas as ações são assinadas pelo mesmo advogado. Assim, Paulo Iotti recebeu 30 minutos para fazer sua sustentação oral diante dos ministros. Para o advogado, está claro que o Parlamento brasileiro comete omissão institucional e inconstitucional ao deixar de produzir a legislação pertinente - a advocacia do Senado se defendeu em plenário e disse que "não se pode cogitar de mora deliberada quando no Parlamento a criminalização da homofobia é objeto de diversos e profícuos debates". A situação requer "teses mais ousadas", nas palavras de Paulo Iotti, principalmente aquela destinada a incluir a criminalização da chamada "LGBTfobia" no rol das teorias do Direito Penal mínimo, que postula a restrição dos poderes punitivos do Estado. "O direito penal mínimo exige a criminalização", defendeu o advogado.   [caption id="attachment_376925" align="alignnone" width="699"] Senado se defendeu no plenário e disse que "não se pode cogitar de mora deliberada quando no Parlamento a criminalização da homofobia é objeto de diversos e profícuos debates" - Foto: Rosinei Coutinho / STF[/caption]   Por outro lado, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu que é atribuição exclusiva do Congresso a decisão sobre o tempo e a oportunidade de legislar sobre determinado tema. Para o advogado da União André Mendonça, que contestou as ações durante a sessão plenária, afrontar tal princípio institucional provoca desequilíbrio institucional e constitucional. "Em respeito aos princípios da democracia é que a AGU requer que a decisão sobre tipificação penal da homofobia seja livremente adotada pelos representantes legitimamente eleitos pelo povo - nesse caso, o Congresso Nacional", defendeu a AGU, para quem o mandado de injunção infringe os princípios da legalidade, da reserva legal e da separação dos Poderes. Preconceito Levantamento divulgado recentemente pelo Grupo Gay da Bahia mostrou que, em 2017, foi registrado o maior número de mortes relacionadas à homofobia desde que o monitoramento anual começou a ser feito pela entidade, há 38 anos. Em 2017 foram registradas as mortes de 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero. Como deputado, o presidente Jair Bolsonaro classificou a criminalização da homofobia como uma "palhaçada" e disse que ser homossexual tinha virado "um grande negócio" no Brasil. "Não é porque faz sexo pelo órgão excretor que tem de fazer uma lei para ele", afirmou em entrevista à TV Câmara em 2014 (veja vídeo mais abaixo). Na Câmara e no Senado tramitam, desde 2001, um projeto de lei (PL 5003/2001) que dispõe sobre as sanções aplicáveis à conduta homofóbica. O presidente Jair Bolsonaro, quando deputado, foi um dos principais opositores da proposta. Para Bolsonaro, o projeto é uma "palhaçada" e tinha de ser mandado para o lixo. "Tem de ter carecofobia, flamengofobia, corintianofobia, magrefolobia. Não é porque faz sexo pelo órgão excretor que tem de fazer uma lei para ele", afirmou em entrevista à TV Câmara. "Ser homossexual virou um grande negócio", emendou.   Veja a entrevista de Bolsonaro à TV Câmara:    

> TSE diz que "kit gay" não existiu e proíbe Bolsonaro de disseminar notícia falsa

> Em carta, Jean Wyllys acusa Estado de omissão: "Estava em prisão domiciliar sem ter cometido crime"

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Senado AGU STF homofobia LGBT celso de mello edson fachin

Temas

Reportagem Direitos Humanos Justiça

LEIA MAIS

Senado

Comissão de Direitos Humanos debate atualização do PNDH-3

JUDICIÁRIO

Moraes é escolhido relator da ação sobre derrubada do IOF

TRAMA GOLPISTA

Moraes marca depoimentos de testemunhas dos réus do núcleo 2

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

EXCLUSIVO

Centrão articula Nikolas Ferreira para relatoria da CPI do INSS

2

TENSÃO ENTRE VIZINHOS

Lula assume Mercosul na Argentina e enfrenta desafio com Milei

3

Governo

Lula assina decreto para reduzir agrotóxicos na agricultura

4

SEGURANÇA PÚBLICA

PF publica requisitos para porte de armas por guardas municipais

5

RIVALIDADE

De "corrupto" a "dinossauro idiota": as caneladas entre Lula e Milei

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES