Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Fraudes no INSS
Congresso em Foco
29/4/2025 19:13
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) oficializou nesta terça-feira (29) a suspensão de todos os Acordos de Cooperação Técnica que preveem descontos de mensalidades associativas nos benefícios previdenciários. A Controladoria-Geral da União (CGU) já havia determinado a suspensão na última quinta-feira (24).
A decisão, divulgada por meio do Despacho Decisório nº 65, publicado no Diário Oficial da União (DOU), determina que a suspensão se manterá até a conclusão da reavaliação da regularidade e conformidade dos acordos com as normas vigentes, incluindo a verificação dos repasses financeiros às entidades participantes.
A norma também estabelece a interrupção imediata dos descontos nos benefícios previdenciários e a realização de uma análise criteriosa dos acordos. Essa análise será conduzida pelas diretorias do INSS responsáveis por benefícios e governança, bem como pela Auditoria-Geral, com o objetivo de prevenir e identificar potenciais fraudes e erros.
A avaliação abrangerá a regularidade do cumprimento dos acordos e poderá resultar em medidas corretivas ou, se necessário, na rescisão definitiva dos instrumentos.
A medida se deu após a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e CGU, na última semana. O objetivo da operação foi combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões e culminou na demissão do presidente do instituto, Alessandro Stefanutto. As ações ocorreram no Distrito Federal e em 13 estados.
Segundo os investigadores, entidades que representavam aposentados e pensionistas teriam realizado cobranças associativas não autorizadas, diretamente descontadas da folha de pagamento de aposentadorias e pensões. O montante desviado é estimado em impressionantes R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
A justificativa das entidades para os descontos incluía a oferta de benefícios como planos de saúde, seguros e auxílio-funeral, mas os valores eram cobrados sem autorização prévia dos beneficiários, que só perceberam os descontos ao consultarem seus extratos e, em muitos casos, recorreram à Justiça.
Os convênios entre essas entidades e o INSS, que permitiam os descontos automáticos, começaram a ser firmados durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e continuaram no início do governo Lula.
Tags
Temas
LEIA MAIS
Fraudes no INSS
Damares pede impeachment do ministro Lupi após fraudes no INSS
Audiência pública
Lupi: "Quem roubou dinheiro de aposentados tem que ir para a cadeia"
SEGURANÇA PÚBLICA
Crise no Rio reforça necessidade da PEC da Segurança, diz relator
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas
TRANSPORTE AÉREO
Câmara aprova proibição da cobrança por malas de até 23 kg em voos