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APOSENTADORIAS
Congresso em Foco
2/5/2025 | Atualizado às 11:38
Uma série de reportagens do portal Metrópoles sobre descontos não autorizados em aposentadorias motivaram a abertura do inquérito sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que vem tomando espaço no noticiário. O material revelou que associações como a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec) vinham descontando mensalidades diretamente dos benefícios de aposentados, sem consentimento, por meio de acordos firmados com o próprio INSS.
Em 23 de abril de 2025, a Polícia Federal deflagrou uma operação que identificou movimentações milionárias e a existência de entidades de fachada utilizadas para aplicar os descontos. O prejuízo estimado, segundo os investigadores, pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Somente a Ambec movimentou cerca de R$ 228 milhões em menos de um ano, valor considerado incompatível com sua estrutura declarada.
O que foi publicado
As reportagens do Metrópoles, já em 2023, detalhavam como essas associações foram habilitadas a operar por meio de acordos de cooperação técnica firmados com o INSS. Os documentos obtidos pelo portal apontam o envolvimento de figuras com ligações políticas e contratos públicos, como o empresário José Hermicesar e o lobista Maurício Camisotti e Antonio Carlos Camilo Antunes, que ficou conhecido como o "careca do INSS".
O Ministério Público Federal, a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União passaram a investigar o caso. As ações resultaram no afastamento de servidores e na exoneração de diretores do INSS, incluindo André Fidelis, responsável por assinar novos convênios com as entidades suspeitas.
O Metrópoles também havia noticiado que o esquema de descontos em aposentadorias, já apelidado em 2024 de "farra do INSS", rendera um faturamento de R$ 2 bilhões para as associações desde janeiro do ano anterior. Também noticiou que as entidades respondiam a um total de 62 mil processos judiciais em todo o país.
Depois da operação da PF, o governo federal suspendeu os descontos associativos e prometeu a devolução dos valores indevidamente retidos dos beneficiários. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido no mesmo dia em que a operação foi deflagrada.
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