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Fraudes do INSS
Congresso em Foco
5/5/2025 | Atualizado às 16:52
Diante do escândalo envolvendo R$ 6,3 bilhões em descontos não autorizados de aposentadorias no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que culminou em crise no governo e demissões no instituto e no Ministério da Previdência Social, a oposição se articula no Congresso para emplacar comissões de inquérito com fins de apurar as irregularidades. Resta definir se o foco será em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).
Na Câmara dos Deputados, um requerimento para instalação de CPI já reuniu as assinaturas necessárias. Com apoio de 185 deputados, o documento de autoria do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) defende que a CPI "será fundamental para garantir que as denúncias sejam investigadas de forma rigorosa, que os culpados sejam punidos e que medidas sejam implementadas para prevenir novos desvios.
A instalação da comissão apelidada de CPI da Fraude do INSS, no entanto, esbarra no regimento interno da Casa. Existem outros 12 pedidos de CPI na frente desse, na Câmara, e a Casa só pode ter 5 instaladas por vez. Assim, a Mesa Diretora tem que se manifestar sobre uma série de outros requerimentos antes - seja instalando as CPIs ou devolvendo os pedidos - antes que a do INSS tenha a chance de sair.
Por este motivo, a oposição também se articula para instalar uma CPMI, que conta com representação de deputados e senadores. A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) são as responsáveis por coletar assinaturas nas respectivas Casas. Conforme a deputada, já foram atingidas as assinaturas necessárias tanto no Senado quanto na Câmara. O mínimo é de cada Casa, 171 deputados e 27 senadores.
"É o primeiro passo rumo à verdade sobre os descontos ilegais que atingiram milhares de aposentados e pensionistas", escreveu Coronel Fernanda nas redes sociais. Ao Congresso em Foco, a parlamentar informou que a oposição irá "adotar a que for mais viável", entre a CPI ou CPMI. O requerimento da instituição da comissão deve ser protocolado nesta semana.
O mais viável, para a assessoria de imprensa da senadora Damares, é a CPMI em razão da celeridade na instalação. "O foco total é na CPMI", afirmou à reportagem. Isso se dá porque, segundo o regimento interno do Congresso, a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito é automática desde que atinja as assinaturas necessárias.
Apesar disso, há uma brecha no regulamento que estabelece que, além das assinaturas, o requerimento da instalação da CPMI deve ser lido em sessão conjunta do Congresso pelo presidente, no caso Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A próxima sessão está marcada para o dia 27, quando o Congresso faz a primeira análise de vetos do ano.
O que faz uma comissão de inquérito?
A Comissão Parlamentar de Inquérito e a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito têm poder de investigação próprio das autoridades judiciais, com a convocação de testemunhas, requisição de documentos aos órgãos públicos, entre outros. A CPI e CPMI, porém, não têm o poder de julgar e sentenciar os suspeitos, apenas podem recomendar ao Ministério Público essas ações.
Com duração temporária, definida no requerimento, para apurar as condutas, o colegiado também pode incluir no relatório final novos projetos de lei para combater os problemas investigados.
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