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Regulação
Congresso em Foco
29/7/2025 10:55
O prefeito de Ribeirão Preto, Ricardo Silva (PSD), apresentou à Câmara Municipal o projeto de lei 307/2025, que responsabiliza administrativamente comércios fixos ou ambulantes que, por ação ou omissão, contribuam direta ou indiretamente para atividades que comprometam a saúde pública, o meio ambiente, o sossego, os bons costumes ou o direito de vizinhança.
O projeto mira especialmente situações ligadas a eventos como "pancadões" e "bailes funks" realizados nas ruas, sobretudo nas imediações de adegas e estabelecimentos semelhantes. De acordo com o texto, locais que facilitarem ou deixarem de coibir aglomerações com poluição sonora, uso de entorpecentes ou obstrução de vias públicas poderão ser advertidos, multados em R$ 10 mil, interditados ou até ter o alvará cassado em casos de reincidência.
Segundo o prefeito, a proposta é resultado de diálogo com forças policiais, entidades do comércio e representantes da sociedade civil: "A atuação da administração municipal será contundente em relação aos eventos irregulares em vias públicas, penalizando os estabelecimentos comerciais que de alguma forma promovam ou tolerem a concentração de público [...] que resulte em poluição sonora, uso de entorpecentes, perturbação da ordem, obstrução de vias ou calçadas e riscos à segurança e à saúde pública".
Regras e fiscalização
O projeto considera passível de punição estabelecimentos que:
Caso seja aprovado, a fiscalização caberá à Fiscalização Geral do Município, com apoio da Guarda Civil Metropolitana, Polícia Militar e outros órgãos. Em caso de flagrante, o local poderá ser lacrado de imediato.
Ricardo Silva também anunciou o veto integral ao projeto de lei 215/2025, de autoria do vereador Delegado Martinez, que regulamentava o funcionamento de adegas e tabacarias. Segundo o prefeito, a proposta foi barrada por recomendação da Procuradoria do Município.
Projeto divide opiniões nas redes
A proposta provocou reação de coletivos e vereadores nas redes sociais. Publicações destacaram que o projeto poderia resultar na criminalização da cultura das periferias e no cerceamento de atividades culturais como bailes funks e encontros juvenis em regiões com pouca oferta de lazer público. As críticas apontam ainda que o texto transfere para os comerciantes locais a responsabilidade pela segurança em áreas de vulnerabilidade social.
Com a repercussão, Ricardo Silva também foi às redes para defender a proposta apresentada. "O que eles querem chamar de cultura na real é baderna com uso de drogas", afirmou o prefeito.
O projeto ainda precisa ser aprovado pelos vereadores para entrar em vigor. Ele não altera horários de funcionamento dos estabelecimentos, mas cria mecanismos para punir aqueles que, segundo o Executivo, contribuem para a desordem urbana.
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