![O ministro Luiz Eduardo Ramos e o secretário Fabio Wajngarten em pronunciamento à imprensa.[fotografo]Anderson Riedel/PR[/fotografo] O ministro Luiz Eduardo Ramos e o secretário Fabio Wajngarten em pronunciamento à imprensa.[fotografo]Anderson Riedel/PR[/fotografo]](https://static.congressoemfoco.com.br/2020/11/49391775292_71ac6d9d33_c.jpg) 
 
O ministro Luiz Eduardo Ramos e o secretário Fabio Wajngarten em pronunciamento à imprensa.[fotografo]Anderson Riedel/PR[/fotografo]
A 
bancada do Psol entrou com uma representação na Procuradoria Geral da República (
PGR) em que pede instauração de inquérito para investigar o monitoramento das redes sociais de parlamentares e jornalistas pelo Palácio do Planalto. De acordo com 
reportagem da revista Época, ao menos 116 parlamentares tiveram suas redes sociais monitoradas pelo Planalto, em ação financiada com dinheiro público.
A publicação obteve relatórios produzidos a pedido da Secretaria de Governo e Secretaria de Comunicação em fevereiro, março e abril deste ano. As pastas são comandadas pelo general 
Luiz Eduardo Ramos e por 
Fabio Wajngarten, respectivamente.
O objetivo da ação era municiar diferentes órgãos do governo sobre o comportamento digital de deputados, senadores e da imprensa. Os deputados do Psol defendem que o ato é ilegal e lesivo à ordem democrática.
 
Veja a íntegra da representação:
Segundo a reportagem, foram alvo do monitoramento 105 deputados, nove senadores, uma deputada estadual e um vereador, entre eles, deputados do Psol que assinam a representação: 
Áurea Carolina (MG), 
David Miranda (RJ), 
Edmilson Rodrigues (PA), 
Fernanda Melchionna (RS), 
Marcelo Freixo (RJ), 
Sâmia Bomfim (SP) e 
Talíria Petrone (RJ).
Os relatórios obtidos pela revista mostram a preocupação do governo Bolsonaro com cada detalhe do que parlamentares e jornalistas publicam nas redes sociais.
Ainda segundo a reportagem, o Planalto impôs sigilo aos documentos, alegando tratar-se de um "trabalho autoral" da empresa contratada para o serviço. O governo também se recusou a responder aos questionamentos da revista.
"É importantíssimo trazer à baila que tal fato não é ação isolada do governo Bolsonaro. Através da Abin, o Governo Federal monitorou o Sínodo da Amazônia, organizado pela Igreja Católica. Tal fato causou espanto em razão das investigações e monitoramentos de movimentos e lideranças participantes", diz o documento apresentado pelo Psol.
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