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Congresso em Foco
20/4/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:38
O posicionamento contrário à MP sustenta que ela representa uma forma explícita e abusiva de estímulo ao desmatamento, com novas ocupações de áreas públicas para áreas de até 2.500 hectares, conforme uma das versões do documento indica.
Não bastasse o violento incremento no desmonte dos órgãos ambientais brasileiros e um retrocesso nas ações de fiscalização e controle, que sempre foram precárias, um esforço ainda maior para facilitar crimes contra o patrimônio natural nacional faz hoje parte das prioridades de legisladores e tem pleno aval das instâncias responsáveis no Executivo federal.
A truculência com a qual o uso do território brasileiro historicamente foi explorado segue numa perspectiva determinada em facilitar ilícitos a partir de concessões abusivas do próprio governo. Não existem limites para as pressões sempre intensas de grupos setoriais ligados ao agronegócio que são, segundo falas do próprio atual presidente da república, "os que mandam".
Valiosa é a reação de setores da sociedade, incluindo parte dos representantes do Legislativo, no enfrentamento dessa MP infame.
Por hora, permanecemos na expectativa de que o momento sensível pelo qual todos estamos passando contenha o ânimo insaciável do ruralismo que domina a política na base do apelo econômico e na premissa do desenvolvimento a qualquer custo, que avança indiscriminadamente na destruição de áreas naturais em todo o Brasil e já cobra preços globais em forma, também, de agressivas pandemias que afetam a todos.
*Clóvis Borges é diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS)
*Natalie Unterstell, diretora da organização Talanoa. Ambos são parceiros do Observatório de Justiça e Conservação (OJC).
> Meio ambiente é alvo de nova ofensiva no Congresso em 2020

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