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Tentativa de golpe

Moraes confirma conversa com Do Val e chama trama golpista de "tabajara"

Moraes disse que perguntou a Do Val se ele prestaria um depoimento, mas o senador respondeu que não o faria por uma questão de "inteligência".

Congresso em Foco

3/2/2023 10:06

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Parlamentares da oposição na Câmara não enxergam a inelegibilidade de Bolsonaro como uma ameaça de curto ou longo prazo para o bloco. Foto: Antônio Augusto/TSE

Parlamentares da oposição na Câmara não enxergam a inelegibilidade de Bolsonaro como uma ameaça de curto ou longo prazo para o bloco. Foto: Antônio Augusto/TSE
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, confirmou nesta sexta-feira (3) que foi procurado em dezembro pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), que lhe relatou o plano do então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e do ex-presidente Jair Bolsonaro para tentar incriminá-lo e anular as eleições. "O que ele disse foi que o deputado Daniel Silveira o teria procurado e que teria participado de uma reunião com o então presidente da República e a ideia genial que tiveram foi colocar uma escuta para que o senador me gravasse e, a partir dessa gravação, pudessem solicitar a minha retirada da presidência dos inquéritos", relatou Moraes durante videoconferência na Brazil Conference, do Lide, movimento empresarial liderado pelo ex-governador paulista João Doria. O evento é realizado em Lisboa, mas o ministro participou do Brasil de maneira remota. Moraes disse que perguntou a Do Val se ele prestaria um depoimento sobre o assunto, mas o senador respondeu que não estava disposto a fazê-lo por uma questão de "inteligência". "É essa exatamente a operação tabajara que mostra o ridículo a que chegamos na tentativa de um golpe de Estado no Brasil", afirmou o ministro, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral e foi alvo de diversos ataques de Bolsonaro. "Levantei, agradeci", relatou o ministro. Ele negou, no entanto, a versão de Do Val de que os dois teriam conversado antes do encontro do senador com Bolsonaro e Daniel Silveira. O ministro contou que esteve apenas três vezes na vida com o parlamentar e que a única conversa que tiveram sobre o episódio se deu no Salão Branco do STF. O capixaba afirmou que havia sido escalado por Silveira e Bolsonaro para gravar o magistrado porque os dois se conheciam há muitos anos. Ainda durante sua exposição, Alexandre de Moraes defendeu a adoção de uma legislação nacional e outra global para conter arroubos de líderes autoritários. "Nós estamos num impasse, gastando muita energia para defender algo que todos nós achávamos consolidado, as instituições democráticas", afirmou. Para o ministro, é preciso regular e responsabilizar as plataformas digitais pelo conteúdo que divulgam. Alexandre de Moraes entende que a extrema-direita aprendeu a promover ataques coordenados após um movimento digital espontâneo e democrático que resultou na chamada Primavera Árabe. Segundo ele, a Justiça brasileira tem atuado de forma rápida e eficaz contra ataques extremistas. Marcos do Val prestou depoimento à Polícia Federal nessa quinta-feira. O senador deu várias versões ao longo do dia, em entrevistas, sobre o encontro que teve com Bolsonaro e Daniel Silveira. Na primeira versão, acusou Bolsonaro de coagi-lo a participar de uma trama golpista. Depois, afirmou que não houve coação, que a proposta havia sido feita por Silveira e que o presidente apenas ouviu. Em uma terceira versão, ele contou que Bolsonaro disse que aguardaria uma resposta dele sobre a ideia de gravar o ministro. Pelo plano, Do Val induziria Moraes a reconhecer que havia extrapolado os limites constitucionais. Com base em uma eventual declaração comprometedora, a defesa de Bolsonaro tentaria anular a eleição de Lula. Em um áudio vazado pela Veja do depoimento de Marcos do Val à Polícia Federal, o senador novamente puxou Bolsonaro para perto de si na narrativa, afirmando que os dois se comunicaram pessoalmente sobre o plano de espionar o ministro Alexandre de Moraes. Questionado sobre o tom da conversa, respondeu que o ex-presidente falava "naturalmente, igual tava falando comigo", e que ele "é sem noção das consequências". O parlamentar ainda incluiu um novo elemento na narrativa: ao delegado, disse que o presidente havia acionado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão responsável pelo aparato de inteligência da presidência da república e até então sob chefia de Augusto Heleno, para auxiliar o senador em sua missão. O gabinete ficaria encarregado de equipar do Val com escutas eletrônicas, bem como com material de comunicação para que o senador pudesse ser orientado sobre como conduzir a conversa até incriminar o ministro.
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