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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Lauriberto Pompeu
7/7/2020 19:49
Desde que assumiu a liderança do governo, Vitor Hugo tem enfrentado dificuldades para fazer a ponte entre o governo e os deputados. Sua relação com Maia é marcada por divergências, assim como outros líderes partidários. Em entrevista dada ao Buzzfeed News no início de 2019, Maia chegou a falar que o líder do governo "dava até dó", por sua dificuldade em articular.
Vitor Hugo respondeu, associando Maia várias vezes à chamada "velha política". Por conta disso, o presidente da Câmara já chegou a anunciar publicamente rompimento com o líder do governo, que sempre ficou de fora das negociações sobre os projetos da Casa.
Em diversas votações, o governo ficou sem orientação clara ou ficou dividido internamente entre as alas política e econômica na votação de matérias. Vitor Hugo acabou fazendo orientações depois contestadas pelo presidente, na forma de vetos, ou pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
No último dia 16, Guedes reclamou da atuação do líder do governo, responsabilizando-o pelo atraso na aprovação da lei de socorro a estados e municípios. "Quando estava tudo fechado, foi lá o líder do governo também e deu um tiro no acordo, abriu a porta para policial, militar e começou toda a confusão de novo. Tive que pedir ajuda de novo ao presidente da República para ele então vetar e tive que pedir de novo ajuda aos governadores", disse o ministro durante live organizada pelo Instituto de Garantias Penais.
O auxílio é no valor de R$ 60 bilhões. Em contrapartida, prefeitos e governadores não poderão conceder reajustes no serviço público até o fim de 2021. Guedes lembrou que o líder apoiou a exclusão de diversas categorias do congelamento de salário. Na ocasião, o deputado disse seguir a orientação de Bolsonaro. Posteriormente, esse trecho foi vetado, mas o presidente segurou a sanção da proposta para que algumas categorias de segurança pública recebessem reajuste antes de a lei valer.
Vitor Hugo também orientou voto a favor da prorrogação da desoneração da folha de pagamento na medida provisória (MP 936) que permitiu a suspensão de contrato e a redução de salário e jornada. A prorrogação foi vetada pelo presidente ao sancionar a lei, publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União.
Com a aliança de Bolsonaro com os partidos do Centrão, bloco informal de partidos de centro e direita, Major Vitor Hugo tem perdido espaço para outros líderes do grupo, como Arthur Lira (PP-AL) e Wellington Roberto (PL-PB).
Em entrevista coletiva no final da manhã, Bolsonaro defendeu a indicação do líder do governo para o Ministério da Educação. "Não posso falar (nome) porque o mundo cai na cabeça desse favorito, hoje vou ter mais um contato, um candidato do estado de São Paulo, talvez seja ele, temos como reserva o major Vitor Hugo. É uma pessoa que tem uma capacidade muito grande de organização, em poucos dias estudou o ministério da Educação, mas vão cair em cima dele por ser major do Exército", disse o presidente.
O Congresso em Foco procurou o deputado, mas ele não retornou o contato.

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