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Congresso em Foco
8/8/2006 | Atualizado às 1:04
Iniciada no fim da noite de domingo, a terceira onda de violência por São Paulo contabilizou ontem à noite, de acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, 78 ataques contra alvos civis e forças de segurança pública do Estado. As ações são atribuídas ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo o balanço divulgado nesta segunda-feira, foram registrados 22 ataques contra ônibus, 12 a postos de gasolina, e 34 a agências bancárias e caixas eletrônicos. Ao todo, 93 alvos diferentes foram atingidos.
Para conter a ação dos criminosos, o coronel anunciou que o número de carros da polícia nas ruas triplicado e a quantidade de homens dobrada. Como na última onda de ataques, em junho, quando os ônibus foram o principal alvo dos criminosos, a Polícia Militar também prometeu colocar PMs à paisana nos coletivos nos principais corredores da cidade.
Doze suspeitos de participar das ações - seis deles com antecedentes criminais - foram presos desde o início das ações. Outros dois foram mortos em supostos confrontos com PMs.
As cooperativas de microônibus e vans, que operam na zona leste e em parte da zona norte de São Paulo, tiraram os veículos de circulação por medo dos ataques.
Mais uma vez, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, voltou a oferecer ajuda federal para o estado. O auxílio, entretanto, foi veementemente recusado pelo governador paulista, Cláudio Lembo, que ironizou a oferta dizendo que era melhor mandar as tropas federais para proteger as fronteiras do Líbano, pois lá o exército é mais necessário.
Secretário de Segurança de SP desafia Bastos
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu, desafiou ontem o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que deixará o cargo caso os recursos prometidos para o sistema prisional do estado sejam liberados, mas pediu ao ministro que também se disponibilize a deixar sua função caso os R$ 110 milhões não sejam depositados nos cofres paulistas. "O ministro da Justiça faltou com a verdade ao dizer que viria o dinheiro", acusou o secretário. Saulo Abreu acredita que os recursos não serão liberados antes do final do ano.
O Ministério da Justiça respondeu ao Congresso em Foco, por meio de sua assessoria, que o dinheiro só não foi repassado porque a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo ainda não apresentou os projetos necessários para a liberação dos recursos. Os assessores disseram que, na semana passada, foi feita uma reunião entre os técnicos da Secretaria e do Ministério e que, uma vez apresentado o projeto, o dinheiro será depositado em, no máximo, uma semana. Os recursos serão destinados à construção de presídios novos.
Apesar das críticas, Saulo admitiu que aceitaria ajuda do Exército em São Paulo, se a oferta fosse em um contingente acima de 4,5 mil homens. Segundo ele, para que a presença do Exército possa ter efeito, são necessários, pelo menos, 1,5 mil homens nas ruas por turno. O governo ofereceu 2,8 mil soldados no total.
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