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Decisão sobre o IOF expõe crise de governabilidade e incerteza sobre reformas.

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27/6/2025 | Atualizado às 10:04

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A reação do governo à derrubada do decreto de aumento do IOF mostra que o Executivo perdeu a bússola para navegar no Congresso. A alternativa de recorrer ao Supremo contra a decisão do Legislativo, se levada adiante, deve enterrar qualquer tentativa de buscar saídas em conjunto com os partidos. O impasse evidencia uma espécie de apagão no motor da relação institucional entre os dois poderes - a negociação.

Hugo Mota e Davi Alcolumbre acusam o governo de investir numa narrativa que atribui aos congressistas o papel de vilão, supostamente agindo contra os interesses dos mais pobres. Já o Congresso, por meio de seus dirigentes, sustenta que não faltou ao governo, lembrando que, mesmo antes da posse, garantiu recursos para programas sociais com a PEC da Transição. Todos reconhecem a necessidade de ajustes nas contas públicas, mas não demonstram qualquer disposição real de discutir reformas mais profundas, mesmo diante da possibilidade de paralisia total do governo a partir de 2027 - admitida pela própria equipe econômica.

Crise entre Executivo e Legislativo expõe falhas na articulação.

Crise entre Executivo e Legislativo expõe falhas na articulação.Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Os partidos do Centrão, abertamente, indicam que terão candidato próprio na eleição presidencial de 2026. Essa escolha, no entanto, está embaralhada, dando alguma vantagem no momento para Lula. O presidente sofre uma corrosão de sua popularidade, mas ainda lidera as pesquisas para a disputa ao Planalto. Não está liquidado, longe disso, apesar de dar a impressão de estar se tornando precocemente um "pato manco".

O placar expressivo da votação que derrubou o decreto presidencial (383 a 98) dá a medida do recado do Congresso: o discurso é o de não aceitar nem a pecha de vilão nem mais aumentos de impostos, sob o argumento de proteger a sociedade da fúria arrecadatória do governo. Deu certo quando derrubaram a volta da CPMF, no segundo mandato de Lula.

Davi Alcolumbre, no melhor estilo "morde e assopra", encerrou a sessão do Senado que confirmou a decisão da Câmara acenando para um entendimento: "Agora é hora de todos nós pararmos, conversarmos mais e construirmos as convergências." Lula ainda tem um ano e meio de governo pela frente e precisa do Congresso para concluir o mandato. Declarar guerra é uma opção política, mas de alto custo. Se no PT esse caminho tem fortes defensores, divide o governo, como mostrou o ministro Fernando Haddad, em entrevista nesta quinta-feira: "A disputa (eleitoral) vai ser acirrada de qualquer jeito. Já que isso é um dado, não é melhor garantir condições de governabilidade para quem quer que seja?" Haddad precisa combinar com os seus - e com os outros.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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