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ECA DIGITAL
Congresso em Foco
28/8/2025 | Atualizado às 9:51
O Senado aprovou, em votação simbólica, nesta quarta-feira (27), o projeto de lei que cria o Estatuto da Criança e do Adolescente Digital (ECA Digital). O texto, já aprovado pela Câmara dos Deputados, segue agora para sanção do presidente Lula, última etapa para ser convertido em lei.
Também chamado de PL da Adultização, o projeto cria novas obrigações para empresas de tecnologia, reforça o papel dos pais na supervisão do uso da internet e prevê multas milionárias e sanções severas em caso de descumprimento.
A proposta estabelece regras específicas para redes sociais, aplicativos, jogos eletrônicos e outros serviços digitais, com o objetivo de combater a adultização precoce e proteger a infância no ambiente online.
Esclareça as principais dúvidas sobre o assunto:
O que motivou a aprovação da lei?
A pressão pela aprovação do projeto de lei (PL 2628/22), de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), cresceu depois que o influenciador Felca denunciou em vídeo a existência de grupos e canais em redes sociais que expunham crianças a conteúdos sexualizados e de risco. A repercussão acelerou a análise de um projeto que tramitava desde 2022 e que vinha sendo chamado de "ECA Digital". O texto da Câmara foi aprovado com pequenos ajustes de redação no Senado (veja o relatório do senador Flávio Arns).
O que é o ECA Digital?
É uma nova lei complementar ao Estatuto da Criança e do Adolescente, criada para atualizar a proteção de menores em tempos de redes sociais, plataformas digitais e jogos online.
A norma considera que o ambiente digital traz riscos específicos, como exploração sexual, cyberbullying, vício em jogos e exposição a publicidade predatória, e obriga empresas de tecnologia a adotarem medidas preventivas e de supervisão.
Quais são as principais mudanças para plataformas digitais?
Conteúdos proibidos
Serão considerados impróprios para crianças e adolescentes conteúdos ligados a:
As empresas terão obrigação de remover imediatamente esses conteúdos e notificar autoridades nacionais e internacionais em casos graves, como exploração sexual ou sequestro.
Supervisão parental
Plataformas deverão oferecer ferramentas de controle parental, permitindo que responsáveis:
Jogos eletrônicos
Fica proibido o acesso de crianças e adolescentes a jogos com loot boxes (caixas de recompensas aleatórias que funcionam como apostas).
Os jogos deverão oferecer informações transparentes sobre riscos e evitar recursos que incentivem o uso compulsivo.
Multas e sanções
As penalidades variam conforme a gravidade:
Quem vai fiscalizar a lei?
Será criada uma autoridade administrativa autônoma de proteção dos direitos de crianças e adolescentes no ambiente digital, vinculada ao Executivo.
Ela terá poder de:
A lei proíbe vigilância massiva ou indiscriminada. Ou seja, não haverá monitoramento generalizado de crianças ou famílias; as regras devem respeitar privacidade e liberdade de expressão.
E a publicidade digital, como fica?
Quando a lei entra em vigor?
Empresas e órgãos do governo terão um ano, a contar da data da sanção, para adaptar suas estruturas.
Nesse período, o Poder Executivo deverá regulamentar detalhes técnicos, como:
Quais os principais desafios para aplicar a lei?
Especialistas levantam alguns questionamentos sobre o texto aprovado:
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