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Congresso em Foco
14/5/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:37
Mais recentemente, como senador reeleito para um segundo mandato, João Capiberibe apresentou o projeto de lei que institui a Gestão Compartilhada. Aprovado por unanimidade no Senado, seguiu para a Câmara, o projeto de lei 9617/2018 foi aprovado em três comissões daquela Casa e se encontra no plenário pronto para votação. A ideia do projeto de lei nasceu da experiência prática, que aconteceu no estado do Amapá.
Em 2015 foi formado o primeiro grupo de WhatsApp de Gestão Compartilhada denominado Grupo Igarapé Sustentável, com objetivo de fiscalizar e acompanhar a aplicação de R$ 13,5 milhões em recursos federais na comunidade do Igarapé da Fortaleza, uma região de rica beleza amazônica, que fica entre os municípios de Macapá e Santana, esse grupo teve representantes do governo federal e do governo estadual, além dos moradores da pequena e pacata localidade.
Nos anos seguintes, por iniciativa do mandato do Senador Capiberibe, foram criados mais grupos, entre eles os grupos Morada das Palmeiras e Conjunto Embrapa, de acompanhamento de obras de asfaltamento em Macapá, decorrentes de recursos de emendas alocados com aquele fim. Os resultados foram animadores, população conversando diretamente com poder público e com representantes de empresas, fiscalizando e ajudando na execução de obras. Em 2018 foi a vez da cidade de Conde, na Paraíba, governada pela prefeita socialista Márcia Lucena, aprovar a Lei n. 0989/2018, que institui a Gestão Compartilhada naquele município.
Com a pandemia do coronavírus aqueles que ficaram em isolamento foram obrigados a recorrer à internet para manter laços sociais e poder se informar, a internet passou a ser central para as nossas vidas. O ambiente da internet passou a abrigar o ambiente de trabalho, escolar, de lazer, etc. Muitos de nós trabalhamos e nos reunimos por meio de aplicativos de teleconferência, estudamos pela internet em sistema EAD, assistimos lives para alegrar nossos finais de semana e usamos aplicativos para conversar com familiares e amigos isolados como nós.
Embora muitos estejam vivendo assim, há aqueles que estão excluídos desse universo, isso nos leva a uma outra discussão sobre exclusão digital, ou seja, aqueles que não possuem acesso à internet, ou que possuem um acesso precário, que não permite o livre trânsito pela rede. É importante que o PSB abrace a ideia do acesso à internet como direito universal.
Com a crise sanitária, volumosos recursos públicos estão sendo usados por todas as esferas de poder no Brasil e é premente a necessidade de acompanhamento do que está sendo feito com esses recursos, aprovar a Lei da Gestão Compartilhada, que endereça um problema público atual e complexo: a distância entre cidadãos e seus representantes, é fundamental nesse momento.
A partir da observação do projeto no Amapá e em Conde foi possível constatar a presença de pressupostos democráticos fundamentais para a recuperação da credibilidade das instituições brasileiras: controle social, discussão e debate de opiniões, defesa do bem comum, deliberação e transparência estão lá presentes.
O PSB foi pioneiro na difusão da transparência como instrumento de ação pública no Brasil e agora tem nas mãos a possibilidade de ser pioneiro e precursor de uma inovação democrática digital de proporções extraordinárias considerando o momento atual. Só depende de nós.
* Luciana Capiberibe é mestra em comunicação pela UnB e assessora de comunicação da Fundação João Mangabeira
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