Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Meio Ambiente
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Lucas Neiva
26/12/2022 9:34
 
 
 O chamado "pacote do veneno" flexibiliza a entrada de agrotóxicos no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil[/caption]
O esforço constante, porém, impediu o efeito de muitas das "pautas-bomba": o chamado "pacote do veneno", que flexibiliza o mercado de agrotóxicos, avança lentamente no Senado. O projeto de lei que legaliza a caça, pautado no início de 2022 na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, foi retirado de pauta em todas as tentativas de votação. Mesmo com a urgência aprovada, o projeto que legaliza a mineração em terras indígenas segue emperrado na Câmara, e o mesmo ocorre no Senado com o novo código de licenciamento ambiental, que retira do Estado grande parte de sua capacidade de fiscalização.
Uma delas, porém, já deixa marcas: a medida provisória que altera as normas de regularização fundiária nos estados da Amazônia. Com ela, se facilitou a grilagem realizada em áreas de proteção ambiental da União, bem como em terras indígenas e comunidades tradicionais, dois tipos de terrenos de importância estratégica para a preservação da floresta.
 O chamado "pacote do veneno" flexibiliza a entrada de agrotóxicos no país. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil[/caption]
O esforço constante, porém, impediu o efeito de muitas das "pautas-bomba": o chamado "pacote do veneno", que flexibiliza o mercado de agrotóxicos, avança lentamente no Senado. O projeto de lei que legaliza a caça, pautado no início de 2022 na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, foi retirado de pauta em todas as tentativas de votação. Mesmo com a urgência aprovada, o projeto que legaliza a mineração em terras indígenas segue emperrado na Câmara, e o mesmo ocorre no Senado com o novo código de licenciamento ambiental, que retira do Estado grande parte de sua capacidade de fiscalização.
Uma delas, porém, já deixa marcas: a medida provisória que altera as normas de regularização fundiária nos estados da Amazônia. Com ela, se facilitou a grilagem realizada em áreas de proteção ambiental da União, bem como em terras indígenas e comunidades tradicionais, dois tipos de terrenos de importância estratégica para a preservação da floresta.
 Mais resistente às pautas de desmonte ambiental, o Senado foi, na visão de André Lima, "o adulto da sala". Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado[/caption]
Rodrigo Agostinho ainda aponta para um segundo eixo de ação da bancada ambientalista: o Supremo Tribunal Federal (STF). "Diversos parlamentares da frente tiveram que ir muitas vezes ao judiciário para defender pontos importantes, como a participação da sociedade no Conselho Nacional do Meio Ambiente, a utilização de recursos do Fundo Amazônia e o desmonte de políticas públicas", relembrou.
A organização não-governamental WWF, especializada em defesa do meio ambiente, acompanha as questões no Supremo ligadas à pauta ambiental. Rafael Giovanelli, especialista em políticas públicas da instituição, chama a atenção para a decisão de seu ex-presidente Luiz Fux de realizar no primeiro semestre de 2022 o julgamento da "pauta verde", quando levou a plenário sete ações, grande parte delas movidas por parlamentares, para exigir que o governo desse condições de pleno funcionamento às políticas de proteção ambiental.
"A Corte deu uma resposta importante para os graves problemas sofridos pela gestão ambiental brasileira nos últimos anos. Reforçou a institucionalidade democrática, garantindo a participação direta da sociedade civil na política ambiental", declarou o especialista.
[caption id="attachment_540349" align="alignleft" width="300"]
 Mais resistente às pautas de desmonte ambiental, o Senado foi, na visão de André Lima, "o adulto da sala". Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado[/caption]
Rodrigo Agostinho ainda aponta para um segundo eixo de ação da bancada ambientalista: o Supremo Tribunal Federal (STF). "Diversos parlamentares da frente tiveram que ir muitas vezes ao judiciário para defender pontos importantes, como a participação da sociedade no Conselho Nacional do Meio Ambiente, a utilização de recursos do Fundo Amazônia e o desmonte de políticas públicas", relembrou.
A organização não-governamental WWF, especializada em defesa do meio ambiente, acompanha as questões no Supremo ligadas à pauta ambiental. Rafael Giovanelli, especialista em políticas públicas da instituição, chama a atenção para a decisão de seu ex-presidente Luiz Fux de realizar no primeiro semestre de 2022 o julgamento da "pauta verde", quando levou a plenário sete ações, grande parte delas movidas por parlamentares, para exigir que o governo desse condições de pleno funcionamento às políticas de proteção ambiental.
"A Corte deu uma resposta importante para os graves problemas sofridos pela gestão ambiental brasileira nos últimos anos. Reforçou a institucionalidade democrática, garantindo a participação direta da sociedade civil na política ambiental", declarou o especialista.
[caption id="attachment_540349" align="alignleft" width="300"] A judicialização foi em muitos casos a saída dos ambientalistas para evitar estragos maiores. Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF[/caption]
A expectativa tanto de André Lima quanto de Rodrigo Agostinho já é de melhora a partir de 2023. Apesar da previsão de encolhimento da bancada ambientalista na próxima legislatura, o governo passa a ser assumido por uma gestão de viés progressista, com promessas de fortalecer as políticas públicas de proteção ao meio ambiente.
"Mesmo com uma ampla bancada conservadora no Congresso, no fim é o Executivo o principal motor da pauta no Congresso. Nossa esperança é que, com o novo governo, projetos voltados para a sustentabilidade voltem a avançar na Câmara", ressaltou o deputado.
 A judicialização foi em muitos casos a saída dos ambientalistas para evitar estragos maiores. Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF[/caption]
A expectativa tanto de André Lima quanto de Rodrigo Agostinho já é de melhora a partir de 2023. Apesar da previsão de encolhimento da bancada ambientalista na próxima legislatura, o governo passa a ser assumido por uma gestão de viés progressista, com promessas de fortalecer as políticas públicas de proteção ao meio ambiente.
"Mesmo com uma ampla bancada conservadora no Congresso, no fim é o Executivo o principal motor da pauta no Congresso. Nossa esperança é que, com o novo governo, projetos voltados para a sustentabilidade voltem a avançar na Câmara", ressaltou o deputado.Tags
LEIA MAIS
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas