Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
Informativo no ar!
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Legislação e Direitos Reprodutivos: Um Debate Urgente no Brasil
[Erro-Front-CONG-API]: Erro ao chamar a api CMS_NOVO.

{ "datacode": "BANNER", "exhibitionresource": "NOTICIA_LEITURA", "assettype": "NO", "articlekey": 8523, "showDelay": true, "context": "{\"positioncode\":\"Leitura_Noticias_cima\",\"assettype\":\"NO\",\"articlekey\":8523}" }

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Opinião

Legislação e Direitos Reprodutivos: Um Debate Urgente no Brasil

É necessário compreender que o direito ao abortamento não é apenas uma questão de escolha individual, mas também de saúde pública

Congresso em Foco

9/6/2024 15:28

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

É necessário compreender que o direito ao abortamento não é apenas uma questão de escolha individual, mas também de saúde pública e justiça social. Foto: Pixabay

É necessário compreender que o direito ao abortamento não é apenas uma questão de escolha individual, mas também de saúde pública e justiça social. Foto: Pixabay
Por Jacqueline Pitanguy* A discussão em torno do abortamento no Brasil está mais presente do que nunca, inclusive no Congresso Nacional, envolvendo uma série de aspectos políticos, jurídicos, sociais e éticos. Recentemente, a ONU cobrou do governo brasileiro a implementação de políticas públicas voltadas para a saúde reprodutiva das mulheres, destacando a necessidade de garantir o acesso ao aborto legal e seguro. Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido palco de uma disputa acalorada em torno de norma estabelecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que impacta diretamente o acesso das mulheres ao atendimento, nas situações já previstas em lei. No entanto, além das questões jurídicas e políticas, é fundamental destacar a dimensão social e ética desse debate. Dados recentes, como os da Pesquisa Nacional de Aborto, revelam uma realidade alarmante: estima-se que milhares de mulheres recorram ao aborto clandestino a cada ano no Brasil, colocando em risco suas vidas e sua saúde. Essas mulheres, muitas vezes, enfrentam enormes desafios para acessar serviços de saúde seguros e de qualidade, sendo que uma parcela significativa delas sofre sequelas físicas e emocionais decorrentes de procedimentos inseguros. Problemas decorrentes do aborto inseguro são a quinta causa de mortalidade materna no País, uma triste estatística! É inegável que as posições em relação ao abortamento são profundamente polarizadas e muitas vezes marcadas por convicções religiosas e ideológicas. No entanto, é essencial que possamos construir um diálogo baseado no respeito à diversidade de opiniões e na garantia dos direitos fundamentais das mulheres. É necessário compreender que o direito ao abortamento não é apenas uma questão de escolha individual, mas também de saúde pública e justiça social. A mortalidade materna, especialmente entre mulheres negras e pobres, é uma triste realidade em nosso país e deve ser enfrentada com políticas públicas eficazes e respeito aos direitos humanos. No entanto, o debate muitas vezes se vê contaminado por discursos autoritários e moralistas, que buscam impor uma única visão sobre a questão. Precisamos buscar uma abordagem inclusiva e democrática, que reconheça a complexidade da questão e respeite a autonomia das mulheres sobre seus corpos e suas vidas. A lei que regula o aborto no Brasil, pasmem, ainda é de 1940! No último dia 28/05, Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, lançamos uma campanha em Brasília, mostrando que nessas oito décadas a sociedade evoluiu de tantas formas - até fomos algumas vezes à Lua! - mas seguimos na lanterna do mundo, nessa questão. A figura da astronauta, uma das peças da campanha, simboliza não apenas a longa jornada que as mulheres brasileiras enfrentam na luta pelos seus direitos reprodutivos, mas também o contraste entre os avanços tecnológicos e científicos e a persistência das desigualdades de gênero e violações de direitos. O Brasil deve avançar assegurando o acesso ao aborto seguro. É preciso combater o estigma e a discriminação que cercam o tema e garantir que todas as mulheres tenham acesso a serviços de saúde de qualidade e respeito aos seus direitos. Em última análise, o debate sobre o abortamento no Brasil é um reflexo mais amplo das desigualdades de gênero e raça e das lutas por direitos das mulheres em nossa sociedade. É hora de deixarmos de lado os preconceitos e a falta de informação e buscarmos entender que se trata de uma pauta de saúde pública, justiça reprodutiva e de direitos humanos. E dessa forma construir uma sociedade mais justa, igualitária e respeitosa para todas as pessoas. *Jacqueline Pitanguy é socióloga, cientista política, ativista histórica e coordenadora da CEPIA (Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação), ONG que há 34 anos promove os direitos das mulheres. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Senado Câmara aborto direito feminismo

Temas

Fórum Opinião

LEIA MAIS

Segurança Pública

Projeto busca definir fundada suspeita no Código de Processo Penal

SERVIÇO PÚBLICO

Pedro Paulo vai coordenar grupo da reforma administrativa na Câmara

Saúde

CCJ aprova garantia de terapia nutricional a quem tem câncer

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PLENÁRIO DA CÂMARA

Câmara aprova novas carreiras e reajustes para servidores federais

2

ENERGIA

Veja a íntegra da MP que reforma o setor elétrico

3

SERVIÇO PÚBLICO

Reajuste para servidores federais: quem ganha e quanto vai custar

4

Vídeo

Homem acompanhado de crianças ameaça explodir bomba em ministério

5

MEIO AMBIENTE

Saiba como cada senador votou no projeto do licenciamento ambiental

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES