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Segurança Pública

Comissão de segurança pública da Câmara tenta punir usuários de drogas

Comissão controlada pela bancada da bala planeja votar projeto que determina prisão para usuários de drogas.

Congresso em Foco

19/6/2023 17:28

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Especialistas manifestam preocupação sobre efeitos práticos da inclusão da proibição das drogas na Constituição. José Cruz/ABr

Especialistas manifestam preocupação sobre efeitos práticos da inclusão da proibição das drogas na Constituição. José Cruz/ABr
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados incluiu como primeiro item de sua pauta de terça-feira (19) um projeto de lei sob relatoria do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) que cria uma pena para pessoas fazendo uso, compra ou porte de drogas no Brasil. O texto, que tramita desde 2009, determina um período de dois a quatro anos de prisão aos usuários. Para quem tem pressa:
  • A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados colocou em pauta um projeto de lei que prevê pena de dois a quatro anos de prisão para pessoas que façam uso, compra ou porte de drogas no Brasil.
  • A justificativa do projeto é que a legislação atual de combate às drogas é ineficiente e o tráfico de drogas está se espalhando pelo país, afetando principalmente os jovens.
  • A Comissão de Segurança Pública é majoritariamente composta pela Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como Bancada da Bala, que apoia o recrudescimento do controle sobre drogas.
  • O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), líder do governo na comissão, é contra o projeto, argumentando que a criminalização do usuário não resolve o problema das drogas, gera um Estado mais punitivo e afeta principalmente os mais pobres.
  • Henrique Vieira planeja discutir o assunto com a bancada governista na comissão e acredita que a tendência é rejeitar o projeto, defendendo uma abordagem de saúde pública para a questão das drogas.
O projeto original é do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). Na justificativa, argumenta que "apesar das boas intenções presentes na legislação atual, a verdade é que o tráfico de drogas alastra-se pelo Brasil, vitimando particularmente a juventude. A legislação, fruto de enorme campanha em favor da legalização das drogas, é completamente ineficiente".
  • Leia aqui a íntegra do projeto de lei que propõe penalizar usuários de drogas.
A pauta do recrudescimento do controle sobre drogas conta com forte amparo na comissão. A Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como Bancada da Bala, forma o bloco majoritário no colegiado, ocupando inclusive todos os cargos da Mesa Diretora. Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), líder do governo na comissão, afirmou ser contrário ao projeto. "Sou contrário a essa lógica de criminalização do usuário. Ela não resolve o problema das drogas, não diminui a demanda, não diminui o uso abusivo e ativa um Estado cada vez mais penal e punitivo que tende a prender e matar mais gente. Além disso, esse usuário vai ser sempre o pobre, e não a classe média ou o rico", declarou. O deputado planeja tratar do assunto ainda nesta segunda-feira (19) com a bancada governista na comissão, e acredita que a tendência é de adesão à sua posição pela rejeição. "O projeto vai na contramão em uma linha de atenção psicossocial, de tratar a questão das drogas como um problema de saúde pública. Ele também contrasta com a própria distinção que o Código Penal já traz entre a lógica do tráfico e a lógica do uso", apontou. Políticas de penalização ao usuário e de combate ao tráfico por meio da força, na sua avaliação, podem gerar problemas até para os próprios policiais. "Essa lógica de segurança pública defendida pela bancada da bala constantemente é uma de 'matar ou morrer'. Ela não produz a paz, não diminui os índices de violência, não protege a vida da população e nem dos próprios policiais". As ferramentas do governo para impedir o andamento do projeto, porém, são bastante limitadas. Henrique Vieira reconhece isso. "Na comissão nós somos minoria. O que nós podemos fazer é um debate para a sociedade, chamar a sociedade a se mobilizar, entrar com requerimento de obstrução de pauta dentro da lógica regimental", ponderou. Por outro lado, ele ressalta que existem mecanismos fora da comissão para evitar que o projeto seja aprovado. "Tirando os mecanismos de obstrução e de mobilização, eles têm maioria. Só que não é uma comissão terminativa. Ali, na análise atual, é difícil impedir alguns retrocessos impostos pela bancada da bala. Mas pensando a tramitação em outras comissões, podemos equilibrar com a correlação de forças".
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