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Ataque à democracia

Lula chama Bolsonaro de "golpista" e pede punição para quem apoiou golpe

O presidente Lula afirmou que Bolsonaro é golpista e que pegou a intolerância e a violência política durante campanha

Congresso em Foco

8/1/2024 | Atualizado às 19:06

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O presidente Lula (PT) em ato no Congresso para marcar um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente Lula (PT) em ato no Congresso para marcar um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
O presidente Lula (PT) chamou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de "golpista" e pediu punição exemplar contra quem apoiou a tentativa de golpe. Deu a declaração durante o ato "Democracia Inabalada", realizado no Congresso nesta segunda-feira (leia a íntegra do discurso no final da reportagem). "Se a tentativa de golpe fosse bem-sucedida, muito mais do que vidraças, móveis, obras de arte e objetos históricos teriam sido roubados ou destruídos. A vontade soberana do povo brasileiro, expressa nas urnas, teria sido roubada. E a democracia, destruída", disse Lula. "Adversários políticos e autoridades constituídas poderiam ser fuzilados ou enforcados em praça pública - a julgar por aquilo que o ex-presidente golpista pregou em campanha, e seus seguidores tramaram nas redes sociais." O presidente pediu ainda a punição de todos os envolvidos na tentativa de golpe. "Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo", disse Lula. O ato "Democracia Inabalada" contou com a presença dos presidentes dos Três Poderes: Lula, como presidente da República, ministro Luís Roberto Barroso, como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como presidente do Congresso. Assista: Os atos golpistas completam um ano nesta segunda-feira (8). A tentativa de golpe fracassou, com a prisão de bolsonaristas e a abertura de milhares de processos na Justiça brasileira. Um ano depois, o Poder Judiciário ainda julga os acusados de agir contra o Estado Democrático de Direito. As investigações sobre os financiadores e autores intelectuais também seguem. Leia mais sobre o um ano do 8 de Janeiro:
  • Bombas, pedras e estilhaços; veja fotos da tentativa de golpe em Brasília
  • Com Bolsonaro na mira, Justiça ainda busca mentores da tentativa de golpe
  • STF condenou 30 por atos golpistas até agora; veja quem são eles
  • Operação Lesa Pátria, da PF, teve ao menos 117 alvos por tentativa de golpe
  • Passado um ano, só uma pessoa foi denunciada por financiar atos golpistas
  • 8 de Janeiro: um ano depois, 30 já foram condenados por tentativa de golpe

Íntegra do discurso

Leia abaixo o discurso de Lula na cerimônia do Congresso marcando um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023: "Senhoras e senhores, meus amigos e minhas amigas. Quero em primeiro lugar saudar todos os brasileiros e as brasileiras que se colocaram acima das divergências para dizer um eloquente NÃO ao fascismo. Porque somente na democracia as divergências podem coexistir em paz. Quero fazer uma saudação especial a todas e todos que no dia seguinte à tentativa de golpe caminharam de braços dados do Palácio do Planalto ao Supremo Tribunal Federal, em defesa da democracia. Nunca uma caminhada tão curta teve alcance histórico tão grande. A coragem de parlamentares, governadores e governadoras, ministros e ministras da Suprema Corte, ministros e ministras de Estado, militares legalistas e, sobretudo, da maioria do povo brasileiro garantiu que nós estivéssemos aqui hoje celebrando a vitória da democracia sobre o autoritarismo. Aproveito para saudar os trabalhadores e as trabalhadoras das forças de segurança - em especial a Polícia Legislativa - que, mesmo em minoria, se recusaram a aderir ao golpe e arriscaram suas vidas no cumprimento do dever. Se a tentativa de golpe fosse bem-sucedida, muito mais do que vidraças, móveis, obras de arte e objetos históricos teriam sido roubados ou destruídos. A vontade soberana do povo brasileiro, expressa nas urnas, teria sido roubada. E a democracia, destruída. A esta altura, o Brasil estaria mergulhado no caos econômico e social. O combate à fome e às desigualdades teria voltado à estaca zero. Nosso país estaria novamente isolado do mundo, e a Amazônia em pouco tempo reduzida a cinzas para a boiada e o garimpo ilegal passarem. Adversários políticos e autoridades constituídas poderiam ser fuzilados ou enforcados em praça pública - a julgar por aquilo que o ex-presidente golpista pregou em campanha, e seus seguidores tramaram nas redes sociais. Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas.

Salvamos a democracia. Mas a democracia nunca está pronta,  precisa ser construída e cuidada todos os dias.

A democracia é imperfeita, porque somos humanos - e, portanto, imperfeitos.

Mas temos, todas e todos, o dever de unir esforços para aperfeiçoá-la.

Meus amigos, e minhas amigas.

A fome é inimiga da democracia. Não haverá democracia plena enquanto persistirem as desigualdades - seja de renda, raça, gênero, orientação sexual, acesso à saúde, educação e demais serviços públicos. Uma criança sem acesso à educação não aprenderá o significado da palavra democracia. Um pai ou uma mãe de família no semáforo, empunhando um cartaz escrito "Me ajudem pelo amor de Deus", tampouco saberá o que é democracia. Aperfeiçoar a democracia é reconhecer que democracia para poucos não é democracia. Se fomos capazes de deixar as divergências de lado para defendermos o regime democrático, somos também capazes de nos unirmos para construir um país mais justo e menos desigual. Minhas amigas e meus amigos. Não há democracia sem liberdade.

Mas que ninguém confunda liberdade com permissão para atentar contra a democracia.

Liberdade não é uma autorização para espalhar mentiras sobre as vacinas nas redes sociais, o que pode ter levado centenas de milhares de brasileiros à morte por Covid.

Liberdade não é o direito de pregar a instalação de um regime autoritário e o assassinato de adversários.

As mentiras, a desinformação e os discursos de ódio foram o combustível para o 8 de janeiro. Nossa democracia estará sob constante ameaça, enquanto não formos firmes na regulação das redes sociais. Nos dias, semanas e meses que se seguiram à tentativa de golpe, reformamos as sedes dos Três Poderes. Trocamos vidraças, removemos a sujeira, restauramos obras de arte, recuperamos objetos históricos. E, acima de tudo, reafirmamos o valor da democracia para o Brasil e para o mundo. Agora é preciso avançar cada vez mais na construção de uma democracia plena. Uma democracia que se traduza em igualdade de direitos e oportunidades. Que promova a melhoria da qualidade de vida, sobretudo para quem mais precisa. Estamos nessa caminhada, e chegaremos mais longe se caminharmos de braços dados. Quero terminar renovando o que disse no meu discurso de posse, neste Congresso Nacional: Democracia sempre. Muito obrigado."
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