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PL fica isolado na Câmara

"O Congresso produziu nesta semana cenas de política de gente adulta. No país da polarização, adversários conseguiram se unir em torno de um projeto"

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

3/4/2025 | Atualizado às 19:09

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O Congresso produziu nesta semana cenas de política de gente adulta. No país da polarização, adversários conseguiram se unir em torno de um projeto, a Lei da Reciprocidade, que dá ao governo instrumentos para responder a barreiras comerciais ou medidas protecionistas que prejudiquem as exportações nacionais. No Senado, a votação foi unânime: 70 votos. Na Câmara, na noite de quarta-feira, foram 361 votos a favor, dez contra e duas abstenções.

O projeto nasceu bem antes da ofensiva de Trump sobre o comércio mundial, voltado para o agro. A intenção do autor, senador Zequinha Marinho, era ter ferramentas para retaliar regras ambientais, impostas sobretudo pela União Europeia, para os produtos brasileiros. A relatora, senadora Tereza Cristina, refez o texto, adaptando-o à nova conjuntura.

No Senado, a convergência ficou clara no placar. Já na Câmara, apesar de o projeto ser resultado do trabalho de dois senadores de oposição, o PL de Jair Bolsonaro tentou impedir a votação, declarando-se em obstrução. O partido exigia que o presidente Hugo Mota colocasse em pauta o pedido de urgência para o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A pressão da maioria, porém, isolou os bolsonaristas.

O líder do partido, Sóstenes Cavalcante, anunciou o recuo: Isso não é um salvo conduto para esse desgoverno, que não merece de nós, o maior partido da oposição, nenhum cheque em branco, afirmou, justificando a mudança de posição como gesto de apoio ao agronegócio.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ): partido tenta fazer pressão para a Casa aprovar projeto de anistia.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ): partido tenta fazer pressão para a Casa aprovar projeto de anistia.Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Longe de ser uma vitória do governo ou dos ruralistas, a votação foi resultado de ação política e mostra que a campanha eleitoral para 2026 começou há tempos. A pauta da anistia não morreu, mas ficou claro que não é prioridade para a oposição, que se uniu para votar o projeto, não para apoiar a reivindicação bolsonarista. Jair Bolsonaro, porém, não se deu por vencido. Nas redes, disse que votaria contra a proposta. Os números mostram que falou praticamente sozinho.

O capitão tem ainda grande capital político, mas está inelegível e corre risco de ser preso. Os partidos da centro-direita estão oferecendo opções para o eleitor não petista. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, oficializa o início de sua campanha nesta sexta-feira, num ato em Salvador. Ratinho Junior, do PSD do Paraná, investe para ser mais conhecido. O mineiro Romeu Zema, idem. Todos querem ganhar eleitor bolsonarista, mas não necessariamente ter Jair Bolsonaro ao lado no palanque.

Ainda não se sabe qual será o real efeito da política trumpista na economia nacional. O Brasil pode até se sair bem em relação às medidas anunciadas, mas o sistema de comércio mundial entrou em convulsão, assim como a ordem política forjada pelos próprios Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial. O país terá de se posicionar e fazer escolhas; estimular novas alianças; conquistar mercados.

A votação da Lei da Reciprocidade não antecipa alianças eleitorais. Mas indica que os bonés americanos com slogans trumpistas não serão bom material de propaganda em 2026. Espera-se que os adultos continuem na sala até lá.

O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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