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4/6/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 16:59
Queremos aqui apontar o vício de origem que poderia comprometer a legitimidade do governo e deslocar o debate sobre impeachment para momento posterior ao julgamento pela Justiça Eleitoral das sérias acusações que pesam sobre a chapa eleita. Seis ações tramitam no TSE relativamente à ocorrência de disparos em massa de mensagens falsas pró-Bolsonaro durante a campanha de 2018, além da prática de caixa 2, abuso de poder econômico e uso indevido da comunicação social. Além disso, as recentes revelações de Paulo Marinho, figura central na campanha de Bolsonaro, levantam suspeitas sobre ilegalidades que teriam sido praticadas pela campanha do então candidato.
É preciso olhar com urgência para estes processos. Em 2017 e 2018, o TSE cassou os mandatos dos governadores do Amazonas e Tocantins, promovendo eleições suplementares. Isto depois de terem governado por anos de forma irregular. De acordo com a Constituição Federal, se até o final deste ano o TSE cassar a chapa presidencial eleita, novas eleições diretas devem ser convocadas.
Ao não julgar os processos, o TSE contribui com a incerteza jurídica que cerca a eleição presidencial de 2018 e reforça a crítica de que a celeridade dos julgamentos depende da conveniência política, como se viu no processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer. Se a abertura do impeachment depende da discricionariedade do presidente da Câmara dos Deputados, deixar de levar adiante a via processual eleitoral não é escolha que se possa fazer.
O caminho correto -- que garante participação da população e estanca as expressões autoritárias em nosso país -- é a pressão sobre o TSE para que cumpra sua missão. Há tempo.
*Maria Mello, integrante da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político
**Michael Mohallem, professor da FGV Direito Rio
***Luciano Caparroz, diretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
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