Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Haddad pede que Congresso discuta dívida, saúde, educação e ... | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Lydia Medeiros

Incerteza se torna marca do governo Lula

Lydia Medeiros

Lula, Motta e Alcolumbre isolam Bolsonaro

Lydia Medeiros

Lula põe em risco o próprio legado

Lydia Medeiros

Brasil tropeça no mundo pós-Trump

Lydia Medeiros

PL fica isolado na Câmara

ECONOMIA

Haddad pede que Congresso discuta dívida, saúde, educação e previdência

OPINIÃO: Haddad está sob pressão - o que é natural. Mas as críticas subiram de tom nos últimos dias. Por Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

23/5/2024 15:21

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência na Câmara dos Deputados. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência na Câmara dos Deputados. Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O ministro Fernando Haddad costuma ser uma pessoa paciente. No primeiro ano do governo Lula 3 foi um negociador hábil junto ao Congresso, com resultados positivos para a agenda do Executivo. Na quarta-feira, numa audiência na Câmara, Haddad foi contundente com as provocações da oposição. Ouviu bobagens, como a ideia de que gostaria de estar tocando violão na Fazenda; acusações de negacionismo e maquiagem nas contas públicas. Haddad está sob pressão - o que é natural. No entanto, nos últimos dias, as críticas sobre o rumo da política econômica subiram de tom. Economistas defensores de maior rigor fiscal chamaram atenção, na mídia, sobre os riscos de falência prematura do novo arcabouço fiscal, diante do aumento do gasto público - o governo anunciou um crescimento de R$ 14,5 bilhões no déficit deste ano. Um dos focos das críticas foi o peso da política de reajustes do salário mínimo sobre a Previdência Social, com alertas de que, sem nova reforma, o sistema ficará insustentável. O ministro reconhece que é preciso fazer mudanças. Aos deputados, admitiu que há um "engessamento orçamentário" que condiciona o avanço dos investimentos públicos e sugeriu que o assunto passe a ser tratado no Congresso como "política de Estado". Também disse que é possível buscar uma nova regra constitucional para a atual vinculação orçamentária de recursos para saúde e educação que seja "mais respeitada ao longo do tempo, por todos os governos". Ou seja, pediu ajuda do Congresso para sair desses impasses. Essas ideias, no entanto, não têm respaldo no governo, como mostrou a reação negativa da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, à manifestação da ministra Simone Tebet sobre a desvinculação das aposentadorias da política de reajustes do salário mínimo. Em outra frente, crescem no setor financeiro temores de que Lula passe a ter um comportamento mais intervencionista na economia, especialmente depois da troca no comando da Petrobras. Ontem houve o anúncio de que o governo quer contar com 100% dos dividendos extraordinário de 2023 da Petrobras e incluiu os recursos na previsão de receitas. São R$ 13 bilhões que vão para o caixa do Tesouro. O governo vai decidir se os recursos ajudarão a cumprir as metas fiscais ou se serão usados em investimentos. Haddad tem outros problemas na mesa. Lula disse que em breve anunciará medidas para beneficiar os municípios. Os prefeitos, que foram a Brasília em sua tradicional "marcha", dizem que estão quebrados. Querem uma solução para o impasse em torno da desoneração da folha de pagamentos, que está em análise no STF. Lula prometeu solução rápida e ainda renegociação de dívidas previdenciárias e novas regras de pagamento de precatórios. Na agenda da Fazenda, há ainda a reconstrução do Rio Grande do Sul, com custos por enquanto imprevisíveis. A tragédia do estado levou o governo a adiar pagamentos das dívidas gaúchas com a União, mas o assunto não poderá ser varrido para baixo do tapete. E qualquer solução deverá, inevitavelmente, se estender a outros estados endividados. As necessidades políticas são sempre mais eloquentes que as estatísticas. Lula e seu governo têm um encontro marcado com a nova realidade que vai emergir das urnas nas eleições municipais.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

câmara dos deputados gastos públicos economia ministério da fazenda Fernando Haddad contas públicas

Temas

Economia Colunistas Coluna Congresso
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

2

Reforma política

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

5

Polarização online

A democracia em julgamento: o caso Zambelli, dos feeds ao tribunal

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES