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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha
21/11/2019 | Atualizado às 17:56
![Programa instituído no governo Dilma para levar médicos a lugares periféricos desassistidos tem 18 mil vagas. Mas 3 mil delas não estão preenchidas[fotografo]Karina Zambrana /Ascom/MS[/fotografo] Programa instituído no governo Dilma para levar médicos a lugares periféricos desassistidos tem 18 mil vagas. Mas 3 mil delas não estão preenchidas[fotografo]Karina Zambrana /Ascom/MS[/fotografo]](https://static.congressoemfoco.com.br/2019/11/mais-medicos-Karina-Zambrana_ascom_MS.jpg) 
 
 Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta já cogita apresentação de projeto de lei para instituir o Médicos pelo Brasil. Foto: José Cruz/ABr[/caption]
Com receio de que a MP caduque, o governo já trabalha na elaboração de um projeto de lei sobre o assunto. O inconveniente da alternativa, para o Ministério da Saúde, é que não há prazo para votação desse tipo de proposição. A pasta pretendia começar as contratações no início do ano que vem.
O atraso na votação está relacionado à insatisfação de parte da Câmara com o Executivo. Deputados insatisfeitos com o ritmo da liberação das emendas parlamentares negociadas com o Planalto durante a votação da reforma da Previdência ameaçam não votar propostas de interesse do Executivo até que o acordo seja cumprido. O presidente Jair Bolsonaro ouviu as queixas de um grupo de deputados ontem e se comprometeu a intermediar uma solução com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Bolsonaro já sinalizou para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que pretende vetar trechos da MP caso seja aprovada a versão que saiu da comissão mista. Bolsonaro não aceita a emenda que prevê reajuste salarial para médicos federais nem a que abre para os estados a possibilidade de contratação de profissionais por consórcios, inclusive organizações estrangeiras. Esse último ponto tem sido chamado pelos parlamentares contrários à emenda de o "Mais Médicos dos estados", por seguir a mesma lógica do programa petista.
Relatório da discórdia
As alterações foram acolhidas pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), que relatou a MP na comissão mista. Parlamentares ligados a entidades médicas não aceitam o relatório e tentam restabelecer o texto original da medida.
Eles contestam a permissão para que intercambistas cubanos atuem no país sem registro dos conselhos de Medicina e sem a aprovação em exame de revalidação de diplomas de medicina obtidos no exterior, o Revalida. Não aceitam, ainda, a possibilidade de o Revalida ser realizado também por faculdades privadas nem a contratação por consórcios.
[caption id="attachment_407870" align="alignleft" width="496"]
 Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta já cogita apresentação de projeto de lei para instituir o Médicos pelo Brasil. Foto: José Cruz/ABr[/caption]
Com receio de que a MP caduque, o governo já trabalha na elaboração de um projeto de lei sobre o assunto. O inconveniente da alternativa, para o Ministério da Saúde, é que não há prazo para votação desse tipo de proposição. A pasta pretendia começar as contratações no início do ano que vem.
O atraso na votação está relacionado à insatisfação de parte da Câmara com o Executivo. Deputados insatisfeitos com o ritmo da liberação das emendas parlamentares negociadas com o Planalto durante a votação da reforma da Previdência ameaçam não votar propostas de interesse do Executivo até que o acordo seja cumprido. O presidente Jair Bolsonaro ouviu as queixas de um grupo de deputados ontem e se comprometeu a intermediar uma solução com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Bolsonaro já sinalizou para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que pretende vetar trechos da MP caso seja aprovada a versão que saiu da comissão mista. Bolsonaro não aceita a emenda que prevê reajuste salarial para médicos federais nem a que abre para os estados a possibilidade de contratação de profissionais por consórcios, inclusive organizações estrangeiras. Esse último ponto tem sido chamado pelos parlamentares contrários à emenda de o "Mais Médicos dos estados", por seguir a mesma lógica do programa petista.
Relatório da discórdia
As alterações foram acolhidas pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), que relatou a MP na comissão mista. Parlamentares ligados a entidades médicas não aceitam o relatório e tentam restabelecer o texto original da medida.
Eles contestam a permissão para que intercambistas cubanos atuem no país sem registro dos conselhos de Medicina e sem a aprovação em exame de revalidação de diplomas de medicina obtidos no exterior, o Revalida. Não aceitam, ainda, a possibilidade de o Revalida ser realizado também por faculdades privadas nem a contratação por consórcios.
[caption id="attachment_407870" align="alignleft" width="496"] Dr. Luizinho defende que apenas instituições privadas com alto conceito no MEC possam realizar o Revalida. Foto: Agência Câmara[/caption]
Um grupo de deputados defende que universidades particulares com alto conceito no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que avalia o rendimento dos estudantes que concluem os cursos de graduação, também possam aplicar o Revalida, e não apenas instituições públicas. "Não vejo problema em se permitir a participação de universidades de bom conceito. O temor é que, liberando para todas, crie-se uma indústria de diplomas", explica o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro.
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) fez um apelo ao presidente da Câmara durante reunião na noite dessa quarta-feira (20). "Vamos continuar trabalhando para votar a MP. Vou insistir com o presidente Rodrigo Maia", disse a catarinense ao Congresso em Foco. "É fundamental a aprovação dessa medida. Como vão ficar as cidades sem profissionais médicos?", questiona.
[caption id="attachment_407871" align="alignright" width="463"]
 Dr. Luizinho defende que apenas instituições privadas com alto conceito no MEC possam realizar o Revalida. Foto: Agência Câmara[/caption]
Um grupo de deputados defende que universidades particulares com alto conceito no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que avalia o rendimento dos estudantes que concluem os cursos de graduação, também possam aplicar o Revalida, e não apenas instituições públicas. "Não vejo problema em se permitir a participação de universidades de bom conceito. O temor é que, liberando para todas, crie-se uma indústria de diplomas", explica o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro.
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) fez um apelo ao presidente da Câmara durante reunião na noite dessa quarta-feira (20). "Vamos continuar trabalhando para votar a MP. Vou insistir com o presidente Rodrigo Maia", disse a catarinense ao Congresso em Foco. "É fundamental a aprovação dessa medida. Como vão ficar as cidades sem profissionais médicos?", questiona.
[caption id="attachment_407871" align="alignright" width="463"] Eventual queda da MP vai prejudicar cidades desassistidas de médicos, adverte Carmem Zanotto. Foto: Ag. Câmara[/caption]
O Médicos pelo Brasil define novos critérios para realocação dos profissionais considerando locais com maior dificuldade de acesso, transporte ou permanência dos servidores, além do quesito de alta vulnerabilidade. O texto ainda prevê formação de médicos especialistas em medicina da família e comunidade.
Revalida
Criador do Mais Médicos no governo Dilma, o ex-ministro da Saúde e deputado Alexandre Padilha (PT-SP) diz que o PT apoia a versão aprovada pela comissão mista. Mas não aceita o texto original. Para ele, a eventual queda da MP 890 deve ser atribuída à desarticulação política do governo. Ele também cobra o preenchimento de 3 mil vagas ociosas entre as 18 mil do Mais Médicos. Atuam no programa 5 mil profissionais formados no exterior sem diploma revalidado e outros 10 mil médicos com registro no Conselho Regional de Medicina. "Faz um ano que o governo mandou os médicos cubanos embora e não repôs", critica o deputado.
Padilha, Dr. Luizinho e Carmem Zanotto estão entre os deputados que apoiam a realização do Revalida duas vezes por ano, proposta incluída na MP. O exame não é realizado desde 2017, o que tem impedido brasileiros formados no exterior e estrangeiros que atuam no Brasil de obterem seus registros profissionais no Brasil. Temendo que a medida perca a validade, parlamentares da área da saúde conseguiram aprovar a urgência, nessa quarta-feira, de um projeto de lei do deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) que prevê a realização periódica da prova. O texto exclui a possibilidade de participação de universidades particulares.
 Eventual queda da MP vai prejudicar cidades desassistidas de médicos, adverte Carmem Zanotto. Foto: Ag. Câmara[/caption]
O Médicos pelo Brasil define novos critérios para realocação dos profissionais considerando locais com maior dificuldade de acesso, transporte ou permanência dos servidores, além do quesito de alta vulnerabilidade. O texto ainda prevê formação de médicos especialistas em medicina da família e comunidade.
Revalida
Criador do Mais Médicos no governo Dilma, o ex-ministro da Saúde e deputado Alexandre Padilha (PT-SP) diz que o PT apoia a versão aprovada pela comissão mista. Mas não aceita o texto original. Para ele, a eventual queda da MP 890 deve ser atribuída à desarticulação política do governo. Ele também cobra o preenchimento de 3 mil vagas ociosas entre as 18 mil do Mais Médicos. Atuam no programa 5 mil profissionais formados no exterior sem diploma revalidado e outros 10 mil médicos com registro no Conselho Regional de Medicina. "Faz um ano que o governo mandou os médicos cubanos embora e não repôs", critica o deputado.
Padilha, Dr. Luizinho e Carmem Zanotto estão entre os deputados que apoiam a realização do Revalida duas vezes por ano, proposta incluída na MP. O exame não é realizado desde 2017, o que tem impedido brasileiros formados no exterior e estrangeiros que atuam no Brasil de obterem seus registros profissionais no Brasil. Temendo que a medida perca a validade, parlamentares da área da saúde conseguiram aprovar a urgência, nessa quarta-feira, de um projeto de lei do deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) que prevê a realização periódica da prova. O texto exclui a possibilidade de participação de universidades particulares.

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