Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Oposição italiana acusa governo de Giorgia Meloni de proteger Zambelli

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

DEPUTADA FORAGIDA

Oposição italiana acusa governo de Giorgia Meloni de proteger Zambelli

Deputado diz que equipe da primeira-ministra ignorou alertas de que brasileira fugia para o país. "Vergonha inédita", critica.

Congresso em Foco

13/6/2025 14:46

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A fuga da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para a Itália acirrou os ânimos entre a direita e a esquerda também no país europeu. As explicações do governo da direitista Giorgia Meloni para justificar por que não monitorou a parlamentar bolsonarista provocaram reação do deputado esquerdista italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde. Bonelli, que já morou no Brasil, foi o autor de um pedido de informações a respeito de Zambelli a três ministros do governo Meloni.

Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália

Giorgia Meloni, primeira-ministra da ItáliaBruno Santos/Folhapress

Em resposta ao deputado, o Ministério do Interior alegou que não havia sido comunicado da ordem de prisão contra a brasileira quando ela entrou no país e que não sabe do seu paradeiro.

"Uma pessoa procurada internacionalmente por crimes gravíssimos entrou livremente na Itália, e hoje o governo finge não saber onde ela está. O Ministério do Interior sabia perfeitamente que Zambelli estava chegando a Fiumicino [aeroporto], mas optou por não ativar nenhuma medida de vigilância. É uma vergonha inédita", denunciou Bonelli em pronunciamento na Câmara.

Leia ainda:

Itália diz que busca Zambelli e que Bolsonaro não pediu cidadania

Chegada antes do alerta vermelho

O parlamentar afirmou ainda que informou oficialmente o governo italiano sobre a chegada de Zambelli com 36 horas de antecedência e que sua entrada no país já havia sido noticiada pela imprensa.

Zambelli desembarcou no aeroporto de Roma no dia 5 de junho, às 11h40, vinda de Miami, com um passaporte italiano válido, emitido pelo consulado em São Paulo. No momento do desembarque, porém, a notificação da Interpol ainda não estava ativa. O alerta internacional foi incluído nos sistemas de busca apenas às 16h46 do mesmo dia.

Esse intervalo de quase cinco horas entre a chegada da deputada e a ativação da "notificação vermelha" permitiu que ela cruzasse livremente a imigração. Desde então, está desaparecida e é considerada oficialmente foragida.

Segundo o Ministério do Interior da Itália, nenhum antecedente constava nos sistemas nacionais e internacionais no momento da entrada, e, por isso, a polícia de fronteira não poderia agir.

Laços

Bonelli acusou o governo Meloni de favorecer bolsonaristas por causa de sua afinidade ideológica. O deputado citou a proximidade entre a Liga, partido ultraconservador que compõe a coalizão de governo, e os aliados do ex-presidente brasileiro.

"É um disfarce político. Sabemos muito bem quais são os laços entre a Liga e o partido de Bolsonaro. Se fosse um jovem ativista da Ultima Generazione, seria monitorado. Mas uma ex-deputada condenada por crimes gravíssimos entra com passaporte italiano e desaparece sem qualquer controle", afirmou.

Pressão diplomática

O Ministério Público da Itália foi acionado e, segundo o governo italiano, as buscas seguem com cooperação internacional com o Brasil. A Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) de Roma também foi mobilizada, mas, até agora, Zambelli não foi localizada.

O Itamaraty já deu início ao processo formal de extradição, atendendo à determinação do Supremo Tribunal Federal, para que ela comece a cumprir a pena de 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça. 

Durante o debate no Parlamento, Bonelli também criticou o governo Meloni por ter concedido cidadania italiana a Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro. O governo confirmou o dado em resposta oficial ao deputado e informou que, ao contrário dos filhos, o ex-presidente ainda não solicitou cidadania.

"É inaceitável que alguém diga: 'tenho cidadania italiana, sou intocável. O governo Meloni está assumindo uma responsabilidade política e diplomática gravíssima", concluiu Bonelli.

Em entrevista à CNN Brasil, quando ainda estava nos Estados Unidos, Zambelli disse que ficaria "intocável" na Itália por ter, além da brasileira, a cidadania italiana. Com isso, segundo ela, o Brasil não poderia extraditá-la. O embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca, afirmou à GloboNews, nesta quinta-feira (12), que a brasileira poderá ser presa se for localizada em espaço público na Itália. Segundo ele, há vários precedentes de extradição de ítalo-brasileiros com condenação criminal, a exemplo da deputada.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

angelo bonelli Giorgia Meloni Itália Carla Zambelli

Temas

Justiça

LEIA MAIS

Prisão à vista

PF descobre localização de Carla Zambelli na Itália

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Prefeito de BH mostra bunker e relata tensão em Israel: "Só em filme"

DEPUTADA FORAGIDA

Itália diz que busca Zambelli e que Bolsonaro não pediu cidadania

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

ECONOMIA

Governo troca alta do IOF por novas fontes de receita; entenda

2

POLÍCIA FEDERAL

Ex-ministro Gilson Machado é preso pela PF

3

ENTREVISTA EXCLUSIVA

MDB considera apoiar Tarcísio ao Planalto em 2026

4

TENTATIVA DE GOLPE

Mauro Cid é alvo de ação da PF

5

Economia

Câmara quer acúmulo de salário e aposentadoria a parlamentares ativos

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES