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Entenda quem é Gilson Machado, quarto ex-ministro preso de Bolsonaro

Preso nesta sexta (13), ele é investigado por tentar emitir passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Congresso em Foco

13/6/2025 15:37

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A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (13) em Recife, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto. A ordem de prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação aponta que Machado tentou obter um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, para facilitar uma fuga clandestina do país.

A tentativa teria ocorrido em 12 de maio deste ano, no consulado de Portugal na capital pernambucana. Segundo a Polícia Federal (PF), o documento permitiria que Cid deixasse o Brasil. O militar é réu e colaborador na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. O Ministério Público entendeu que a iniciativa representava possível obstrução de Justiça.

Veterinário e sanfoneiro, Gilson se aproximou de Bolsonaro em 2018 e promoveu campanhas de arrecadação após o governo.

Veterinário e sanfoneiro, Gilson se aproximou de Bolsonaro em 2018 e promoveu campanhas de arrecadação após o governo.João Carlos Mazella /Fotoarena/Folhapress

Embora o passaporte não tenha sido expedido, a movimentação de Gilson foi considerada grave pelas autoridades. A PGR alegou que ele poderia tentar outros canais diplomáticos para alcançar o mesmo objetivo. O STF também autorizou medidas cautelares, como busca e apreensão e quebra dos sigilos telefônico e telemático do ex-ministro.

Três dias antes de ser preso, Gilson Machado já havia negado as acusações. Disse que não havia sido intimado e que soube da investigação pela imprensa. Afirmou que esteve no consulado apenas para renovar o passaporte de seu pai.

Da sanfona ao comando da Embratur

Antes da política, Gilson atuou como empresário do setor turístico e como músico. É sanfoneiro da banda de forró Brucelose e se apresentou em mais de três mil eventos, segundo ele próprio. Ganhou notoriedade nacional ao participar das transmissões semanais de Jair Bolsonaro durante a pandemia de covid-19, tocando músicas religiosas e populares.

Veterinário por formação, Gilson é natural de Pernambuco e se aproximou do ex-presidente em 2018. Foi nomeado secretário de Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente e, em seguida, presidente da Embratur. Em dezembro de 2020, assumiu o Ministério do Turismo após a saída de Marcelo Álvaro Antônio, exonerado após conflito interno no governo.

No cargo, permaneceu até março de 2022, quando se afastou para disputar uma vaga no Senado. Após o pleito, voltou à presidência da Embratur, nomeado por Bolsonaro. Permaneceu na estatal até janeiro de 2023, quando foi substituído por Marcelo Freixo no início do governo Lula.

Campanhas eleitorais

Na eleição de 2022, Gilson concorreu ao Senado por Pernambuco e obteve 1,3 milhão de votos. Foi derrotado por Teresa Leitão (PT), que teve mais de 2 milhões. Em 2024, tentou a prefeitura do Recife, novamente sem sucesso. Recebeu menos de 14% de votos, ficando atrás do candidato reeleito João Campos (PSB).

Durante a campanha municipal, teve propagandas suspensas pelo Tribunal Regional Eleitoral. As peças divulgavam supostas irregularidades em creches públicas, sem comprovação. As decisões do TRE foram tomadas com base na legislação eleitoral que proíbe a veiculação de conteúdo enganoso.

Em sabatina, Gilson afirmou que Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, prometeu ajudar o Recife. A declaração viralizou nas redes e reforçou seu alinhamento com o discurso bolsonarista. Mesmo fora do Executivo, manteve discurso combativo e presença ativa em atos e mobilizações.

Arrecadações milionárias

Após o fim do governo, Gilson manteve proximidade com Bolsonaro. Em 2023, liderou uma campanha de arrecadação por Pix, que reuniu R$ 17 milhões, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf). O valor seria usado para custear despesas médicas, passagens e a defesa jurídica do ex-presidente e seus familiares.

Em maio de 2025, relançou a campanha com novos apelos por doações. Afirmou nas redes que mais da metade do valor já havia sido gasto e que Bolsonaro precisava de mais apoio. Disse ainda que parte da verba seria usada para ajudar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), licenciado e vivendo nos Estados Unidos.

Em depoimento à PF, Bolsonaro declarou que a iniciativa partiu de Gilson, não dele. Eduardo agradeceu publicamente, mas recusou qualquer ajuda financeira. Parte do valor arrecadado teria sido usada pelo próprio Gilson e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, segundo informações prestadas pelo ex-presidente.

Quarto ministro detido

Gilson é o quarto ex-ministro do governo Bolsonaro a ser preso. Antes dele, foram detidos Braga Netto (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Milton Ribeiro (Educação). Os três são investigados por envolvimento em irregularidades durante o exercício do cargo ou por ações ligadas à tentativa de golpe.

O ex-ministro já havia sido citado como figura próxima de Bolsonaro, inclusive em viagens e eventos. Durante o mal-estar intestinal do ex-presidente no Rio Grande do Norte, que mais tarde resultaria na sua internação hospitalar, Gilson Machado foi o primeiro a prestar socorro. A fidelidade a Bolsonaro foi uma constante desde o início de sua atuação no governo.

A prisão de Gilson reforça o cerco judicial aos aliados mais próximos do ex-presidente. A nova frente de apurações mira possíveis tentativas de atrapalhar o andamento das investigações sobre os atos golpistas e o uso de estruturas paralelas para beneficiar figuras investigadas pela Justiça.

Saiba mais: Gilson Machado é o quarto ministro de Bolsonaro a passar pela prisão. Veja a história dos demais.

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