Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
JULGAMENTO DE BOLSONARO
Congresso em Foco
2/9/2025 8:41
O centro do poder em Brasília amanheceu sob forte esquema de segurança nesta terça-feira (2), quando começa o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe. O caso, considerado um dos mais graves da história recente da democracia brasileira, é analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em sessões previstas até 12 de setembro.
Para garantir a segurança do tribunal e evitar tumultos, a Praça dos Três Poderes está cercada por grades, barreiras de trânsito, cães farejadores, detectores de metal e drones com câmeras térmicas. Tudo é monitorado 24 horas por dia.
Desde a segunda-feira (1º), equipes da Polícia Militar do DF, Polícia Judicial Federal, Bope, Coti da PF e outras forças de segurança reforçam a vigilância na região. Cerca de 30 agentes da Polícia Judicial de outros estados foram mobilizados, muitos deles dormindo na sede do STF desde agosto, em dormitórios montados especialmente para a ocasião.
Dentro da Secretaria de Segurança Pública do DF, uma célula de inteligência integrada foi ativada para acompanhar em tempo real movimentações nas ruas e nas redes sociais, com foco na prevenção de ações extremistas.
A entrada no STF é controlada rigorosamente. Todas as pessoas são submetidas a revista, e objetos como mochilas grandes, garrafas de vidro, mastros e drones sem autorização são proibidos. O acesso de veículos à Esplanada será mantido, mas o trânsito nas redondezas poderá ser restringido a qualquer momento.
O que está em julgamento
Bolsonaro e os demais réus, civis e militares de seu círculo mais próximo, são acusados de tentar subverter a ordem constitucional para impedir a posse de Lula. A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o grupo atuou em conjunto para dar base jurídica, operacional e política a um golpe.
Eles respondem por cinco crimes:
Público e imprensa: alta procura
O interesse no julgamento é imenso. Mais de 3.300 pessoas se inscreveram para acompanhar as sessões presencialmente. A maior parte delas será acomodada na Segunda Turma do STF, com 150 assentos disponíveis. Já os 501 jornalistas credenciados terão 80 lugares na sala da Primeira Turma, onde o julgamento será realizado.
A entrada será feita por ordem de chegada e também passará por rigorosas etapas de revista e controle de acesso.
Sessões com data e hora marcadas
O STF definiu um cronograma para as sessões:
O ex-presidente Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, não é obrigado a comparecer, mas poderá solicitar presença desde que autorizado por Alexandre de Moraes, relator do caso.
Risco de atos violentos preocupa autoridades
Até agora, nenhuma manifestação significativa foi marcada para o período do julgamento. Ainda assim, o aparato montado reflete o receio de que ocorra algo semelhante aos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e vandalizadas.
A atenção está voltada especialmente para possíveis ações de lobos solitários, indivíduos isolados que poderiam agir por motivação ideológica, sem articulação com grupos maiores.
Segurança reforçada também para o 7 de Setembro
O julgamento coincide com os preparativos para o desfile de 7 de Setembro, na Esplanada. A área será fechada a partir das 17h do dia 6, com entrada permitida a partir das 6h do dia seguinte.
Se houver manifestações, a SSP-DF criará dois "bolsões" separados, distantes cerca de 2 km um do outro, para evitar conflitos. Também haverá revistas nos acessos, e a circulação de veículos entre a Rodoviária do Plano Piloto e a L4 será bloqueada.
Itens como barracas, mochilas grandes, armas, fogos, capacetes e drones não autorizados estarão proibidos.
O processo que começa nesta terça-feira não trata apenas da punição a Bolsonaro e seus aliados. Ele representa um marco institucional no enfrentamento a ataques contra o Estado Democrático de Direito. A forma como o STF julgará os réus e o desfecho do caso terão repercussões duradouras sobre a relação entre os Poderes e o futuro político do país.
Julgamento do golpe
Ao vivo: 1ª turma do STF julga Bolsonaro e aliados por golpe de Estado
Jornada de trabalho
Redução da jornada de trabalho para 36 horas entra em debate na CCJ