Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
ARMAS
Congresso em Foco
10/11/2025 | Atualizado às 15:05
Nos últimos seis meses, a Câmara dos Deputados recebeu 11 projetos de lei para flexibilizar a concessão de porte de arma de fogo para diferentes categorias profissionais e grupos sociais. As propostas foram, em unanimidade, apresentadas por parlamentares vinculados a partidos de oposição ou centro.
Veja quem pode ter o porte de arma liberado por projeto de lei:
Vítimas de violência doméstica
O projeto de lei 3.127/2025, de autoria do deputado Marcos Pollon (PL-MS), propõe conceder tramitação prioritária aos processos de aquisição, registro e porte de arma de fogo por mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Permanecem válidas as exigências legais já previstas, como antecedentes criminais negativos, avaliação psicológica e comprovação de capacidade técnica para o manuseio de armas.
Na justificativa, o deputado destaca a necessidade de garantir mecanismos mais eficazes de proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.
"A prioridade na tramitação do pedido de arma pode ser uma ferramenta de dissuasão e de resposta imediata diante da morosidade dos sistemas de proteção."
Na Câmara, o texto tramita em regime conclusivo nas comissões e está apensado a outro projeto de teor semelhante (2.479/2024).
Produtores rurais, comerciantes e motoristas
Pollon é recordista na apresentação de projetos no tema. Foram sete novas propostas entre junho e novembro, dos quais seis são voltados à flexibilização para profissões que o deputado considera passíveis de risco.
O projeto 5.437/2025 propõe conceder porte de arma a produtores rurais que comprovem titularidade da terra e inscrição inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou no Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR). A proposta visa enfrentar o aumento da criminalidade no campo, como medida preventiva e de autodefesa.
Já para empresários e comerciantes, a autorização está prevista no projeto 5.438/2025 mediante CNPJ ativo, residência fixa e certidão de antecedentes criminais negativa. A proposta busca proteger comerciantes contra crimes patrimoniais e reforçar a sensação de segurança com medidas legais de autodefesa.
Em outros textos, o deputado estende os benefícios a empregados responsáveis pela abertura de empresas e gestão de estoques, numerários ou valores superiores a um salário-mínimo (5.616/2025) e a responsáveis legais de pessoas jurídicas que exerçam atividades de comércio, armazenagem, transporte, importação ou exportação de produtos controlados pelo Comando do Exército e pela Polícia Federal (5.615/2025).
Para motoristas profissionais, como caminhoneiros, taxistas e motoristas de aplicativos, a concessão está prevista no projeto 5.439/2025. O objetivo do autor é proteger esses trabalhadores, que atuam em áreas de alto risco, contra assaltos e roubos, especialmente em rodovias.
Todos os projetos determinam a validade de cinco anos para o porte, que pode ser renovado mediante nova comprovação do exercício regular da atividade.
O deputado propôs também a extensão do benefício aos notários e registradores titulares de delegação dos serviços extrajudiciais (3.125/2025). A autorização é condicionada à comprovação de titularidade da delegação de serventia extrajudicial e ao cumprimento de requisitos técnicos e psicológicos exigidos para o manuseio de arma de fogo.
Agentes públicos
O projeto de lei 4.140/2025, de autoria do deputado Beto Pereira (PSDB-MS), propõe autorizar o porte de arma de fogo a membros da carreira de defensor público. Segundo o texto, a medida visa reconhecer os riscos inerentes à atividade que presta assistência jurídica à população vulnerável.
Outra categoria do serviço público que está sob possibilidade de possuir o benefício é a de profissionais que exercem funções como auditores fiscais federais agropecuários e técnicos em fiscalização federal agropecuária. O porte de armas está previsto no projeto de lei 4.631/2025, apresentado por Messias Donato (Republicanos-ES) e assinado por 15 deputados.
Pela proposta, esses agentes, por conta da natureza de suas atividades teriam reconhecimento legal para portar arma de fogo durante o exercício de suas funções.
Clubes de tiro
O projeto de lei 3.922/2025, de autoria do deputado Juninho do Pneu (União-RJ), propõe autorizar o porte de arma de fogo para integrantes de entidades de desporto legalmente constituídas, como clubes de tiro. Pela proposta, a autorização seria associada ao exercício de atividades esportivas com armas de fogo, mediante comprovação de vínculo com entidades formais de desporto.
Segundo o autor sustenta, a medida visa atender à realidade de praticantes do tiro esportivo, que já possuem autorização para posse de armas e realizam transporte para locais de prática autorizados. "É necessário garantir segurança jurídica a esses cidadãos, que utilizam armas de forma responsável e dentro dos limites legais", argumenta o deputado.
O texto está em análise na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, com relatoria do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), e segue em tramitação conclusiva nas comissões da Câmara dos Deputados.
Por proposição do deputado Sargento Gonçalves (PL-RN), também tramita a possibilidade de estender o benefício a diretores de estandes de tiro e donos ou responsáveis por estabelecimentos de comércio de armas de fogo, munições e acessórios (5.427/2025).
Segundo o autor, as categorias exercem funções com mateirias de alto valor econômico e visados por organizações criminosas, o que cria a necessidade de proteção.
LEIA MAIS
Agênda da Câmara
Investigação privada
Deputado quer profissionalizar atuação de detetives particulares
SEGURANÇA PÚBLICA
Entenda as mudanças de Derrite no projeto antifacção do governo Lula
Lançamentos e disputas
Após polêmicas, Nikolas vai a sessão de autógrafos com Ana Campagnolo