Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Cinco votações que ajudam a entender o primeiro ano de Arthur Lira

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Especial

Cinco votações que ajudam a entender o primeiro ano de Arthur Lira

Em um ano como presidente da Câmara, Arthur Lira, mediou votações de projetos importantes para a economia e outros polêmicos.

Congresso em Foco

1/2/2022 19:25

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Após decisão do ministro Kássio Nunes Marques, do STF, Arthur Lira devolveu mandato de Valdevan Noventa, da mesma legenda de Bolsonaro. Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Após decisão do ministro Kássio Nunes Marques, do STF, Arthur Lira devolveu mandato de Valdevan Noventa, da mesma legenda de Bolsonaro. Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
O deputado Arthur Lira (PP-AL) completa um ano como presidente da Câmara dos Deputados no dia 1º de fevereiro. Neste período, Lira mediou votações de projetos importantes para a economia, como a PEC dos precatórios, a reforma do Imposto de Renda e a prorrogação da desoneração da folha de pagamento. O presidente também teve projetos polêmicos nas mãos, alguns que ele chegou a ser favorável, como a PEC que dava ao Congresso maior poder sobre o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a PEC do voto impresso. Seu estilo de votação, considerado apressado e fruto de pouco debate por parte da oposição, também foi considerada uma marca da primeira metade de sua gestão. Cinco projetos ajudam a entender o primeiro ano de Lira à frente do segundo cargo na sucessão presidencial. São eles:

PEC dos Precatórios

A PEC dos Precatórios - dívidas do governo com credores, pessoas física ou jurídica, com causas já definidas na Justiça - foi aprovada na CCJ em setembro, com 32 votos favoráveis. A PEC 23/2021 mudava a regra geral de parcelamento, prevendo que a União não precisaria pagar à vista valores a partir de R$ 66 milhões. De acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o então líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, concordavam com a proposta de limitar o pagamento dos precatórios em cerca de R$ 40 bilhões. O projeto foi uma prioridade do governo, que necessitava de espaço no orçamento para o pagamento do Auxílio Brasil no valor de R$ 400. Quatro tentativas para votar a proposta no Plenário foram feitas, mas o quórum foi um obstáculo constante. Por se tratar de uma alteração na Constituição, é preciso um mínimo de 308 votos favoráveis em dois turnos. No dia quatro de novembro, a Câmara aprovou o projeto em primeiro turno com 312 votos, apenas quatro acima do número necessário. A margem ampliou na votação do segundo turno, com 323 votos favoráveis. Em acordo com o senador Rodrigo Pacheco, Câmara e Senado decidiram promulgar as partes em comum da PEC, que não sofreram alterações em nenhuma das duas casas, de maneira separada das alterações. A articulação não foi bem vista durante a sessão, mas a PEC foi promulgada em dezembro, antes do recesso parlamentar.  

PEC do Ministério Público ou "PEC da Vingança"

Chamada de "PEC da Vingança", a PEC/ 5/2021 promoveria alterações na composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), permitindo que um membro do Conselho pudesse ser escolhido diretamente pelo Congresso. O texto, de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), foi aprovado na CCJ em maio de 2021 e recebeu críticas do presidente da Associação Nacional de Procuradores da República pela "tramitação meteórica" em pouco tempo. O presidente Arthur Lira se posicionou favorável à proposta, alegando que o projeto aumenta a participação da sociedade civil dentro do conselho. Lira considera que, ao dar ao Legislativo o poder de indicar quatro dos 14 conselheiros, alcança-se o "fim da impunidade em um órgão muito forte". Mais de 3 mil integrantes do Ministério Público assinaram um abaixo-assinado contra a PEC, por considerar a mudança inconstitucional. Em outubro, a PEC foi para o Plenário da Câmara. O relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), apresentou um novo parecer minutos antes do início da sessão, propondo o aumento do CNMP, que passaria de 12 para 17 cadeiras. No entanto, o texto teve 297 votos favoráveis, 182 contrários e 4 abstenções, abaixo dos 308 necessários pela aprovação. Ao final da votação, Lira prometeu fazer uma análise política sobre o que mudou em três votações da proposta, que já havia sido aprovada em duas comissões.  

Reforma Tributária do Imposto de Renda

O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou ao presidente Arthur Lira a segunda etapa da reforma tributária no final de junho. Entre as principais propostas de mudanças no Imposto de Renda, estavam o aumento do teto de renda mensal isento de declaração e a redução da alíquota geral para as empresas. Já em agosto, o Plenário da Câmara aprovou urgência para o PL 2.337/2021, de autoria do deputado Celso Sabino (PSDB-PA) e que tratava das alterações no Imposto de Renda. No mês seguinte, após articulações do deputado Sabino e de Arthur Lira, a proposta foi aprovada com facilidade no Plenário, com forte adesão até mesmo dos partidos de esquerda. Foram 398 votos favoráveis e somente 77 contrários. Após a aprovação, o presidente Arthur Lira agradeceu a aprovação do texto. "Este não é um projeto de governo - é um projeto de Estado, é um projeto de Câmara e de todas as lideranças que tiveram um trabalho árduo de convencimento", disse.  

Desoneração da folha de pagamento

Em vigor desde 2014, a desoneração da folha de pagamento beneficiava 17 setores da economia e tinha a validade original até o dia 31 de dezembro de 2021. O Projeto de Lei (PL) 2541/2021, de autoria do deputado Efraim Filho (DEM-PB), foi aprovado na CCJ em novembro do ano passado propondo estender por mais dois anos a desoneração. O relator, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), cedeu a pedidos para que o texto tratasse da contribuição patronal incidente sobre o valor da receita bruta, e não sobre a folha de pagamento. Freitas disse confiar que a proposta deve ajudar o país na geração de empregos e no combate à falta de competitividade da economia nacional. O projeto foi aprovado de maneira simbólica no Plenário do Senado Federal e foi convertido na lei 14.288/2021.  

PEC do Voto Impresso

De autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), a PEC 135/2019 determinava o uso de cédulas físicas no processo de votação e apuração das eleições, plebiscitos e referendos. A proposta não chamou a atenção quando foi aprovada na CCJ, em 2019, ficando longe do debate público. Até que, em novembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro indicou publicamente apoio à PEC e começou a criticar a urna eletrônica, utilizada nas eleições do país desde 1996. Em maio de 2021, a Câmara dos Deputados instaurou a comissão especial responsável por discutir a proposta. No mesmo dia, em um evento em Alagoas, Arthur Lira defendeu o projeto do voto impresso ao lado de Jair Bolsonaro. "Nós queremos votar e ter a certeza de que esse voto é confirmado da maneira com que a gente colocou", disse o deputado na época. O presidente aumentou às críticas ao sistema eleitoral e o debate se acirrou, levando 11 partidos a se reunirem contra a PEC, incluindo membros do Centrão. O deputado Filipe Barros (PSL-PR) elaborou um parecer favorável ao projeto e os opositores da proposta prontamente substituíram membros da comissão para impedir a aprovação. Para impedir a derrota, a discussão da PEC ficou para depois do recesso parlamentar de julho. Por meio de um interlocutor, Lira recebeu do ministro da Defesa, Braga Netto, o recado de que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável. O presidente da Câmara foi até Bolsonaro e afirmou que se manteria fiel ao presidente, mas que não admitiria golpe. De volta do recesso, Arthur Lira indicou que poderia encaminhar a PEC diretamente para o Plenário da Casa. Após a derrota do parecer favorável do relator na comissão especial, com 23 votos contra e 11 favoráveis, Lira anunciou a ida do projeto para o Plenário: "o Plenário será o juiz desta disputa que, infelizmente, foi longe demais". No dia 10 de agosto, o Plenário da Câmara dos Deputados barrou o projeto. Foram 229 votos a favor, 218 votos contra e uma abstenção. Por não alcançar 308 votos, o texto foi arquivado. Após a votação, Lira disse esperar que a resposta do Plenário represente uma resposta definitiva. Em um discurso neutro, buscou garantir que "não há vencedores nem derrotados" com a discussão. "Não é mais hora de versões - temos muitas matérias importantes", contemporizou. > Ajude-nos a fazer um Congresso em Foco melhor pra você
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

câmara dos deputados MP Imposto de Renda desoneração da folha de pagamento PEC precatórios Reforma tributária CNMP voto impresso pl arthur lira

Temas

Reportagem Congresso

LEIA MAIS

SAÚDE MENTAL

Frente da Saúde Mental prioriza PEC da Transparência Algorítmica

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Projeto na Câmara regula uso de drones armados na segurança pública

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

FEBRE DAS BONECAS

Do afeto à fraude: Câmara quer regras para uso de bebês reborn

2

INSS

AGU deve investigar mais quatro entidades por fraudes no INSS

3

JUSTIÇA

STF decide se Congresso vai ter que tipificar retenção de salário

4

Judiciário

Justiça condena vereador em R$ 100 mil por fala contra baianos

5

PAIS & FILHOS

STF pode mudar regras de licença-maternidade e paternidade em SC

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES