Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
4/2/2017 | Atualizado às 9:35
[caption id="attachment_281675" align="aligncenter" width="522" caption="MP editada por Temer cria Secretaria Geral da Presidência da República e garante foro privilegiado a Moreira Franco"]
 [fotografo]Divulgação/Agência Brasil[/fotografo][/caption] 
A Rede Sustentabilidade acionou, nessa sexta-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir o afastamento imediato de Moreira Franco do comando da recém-criada Secretaria Geral da Presidência. De acordo com nota divulgada pelo partido, a nomeação, feita pelo presidente Michel Temer na manhã de ontem (sexta, 3), trata-se de uma "artimanha para proteger o novo titular das investigações da Operação Lava Jato. A pasta já era ocupada por Franco. Entretanto, uma minirreforma fez com que a Secretaria ganhasse status de ministério e, por esse motivo, o peemedebista passa a ter foro privilegiado.
O agora ministro foi mencionado na delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho. Diante da sua atual situação, Franco garante a prerrogativa de responder a eventuais investigações criminais somente no STF. Ele tomou posse do novo cargo após Temer editar uma medida provisória que recriou a Secretaria Geral da Presidência. Antes, Franco ocupava o cargo de secretário-Executivo do Programa para Investimentos do governo.
Elaborado pelos advogados Márlon Reis e Rafael Estorilio, o mandado de segurança se baseia no princípio da igualdade prevista na Constituição Federal - e também em uma decisão tomada pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que suspendeu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Isso aconteceu em 18 de março de 2016, em resposta a uma ação apresentada pelo PSDB e pelo PPS.
Naquela ocasião, a operação já tinha o ex-presidente Lula como alvo das investigações. "Se o STF adotou esse tipo de decisão quando a então presidente Dilma tentou protegê-lo, então esse argumento também pode ser aplicado no caso de Moreira Franco, que foi citado 34 vezes na delação da Odebrecht e, inclusive teria o nome de Angorá no esquema", afirmou Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa.
Ele explica ainda que o mandado pede apenas o afastamento e a suspensão da nomeação de Franco como secretário geral da Presidência e não a extinção do cargo criado nesta semana. "O problema está em quem foi nomeado para comandar a secretaria com status de ministério, não nesse posto. Nesse caso, o presidente tem o direito legal de criar esse tipo de cargo", esclarece.
Outras ações
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), se manifestou sobre a nomeação do ex-parlamentar à Secretaria como uma "prática condenável". "Se fosse deslocado para um ministério, não haveria problema. Mas, se criar um ministério, é de uma infelicidade ímpar. Fica com cara de esperteza. Vou atuar contra a aprovação dessa Medida Provisória. Temer errou feio", declarou, em nota.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também ajuizou no fim da tarde desta sexta-feira uma ação popular com pedido de liminar na Justiça Federal do Amapá, também com o intuito de afastar Moreira Franco do cargo. O parlamentar destacou ainda que pretende apresentar, na próxima terça-feira (7), uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR). A finalidade é anular o ato de edição da medida provisória feita pelo presidente Michel Temer.
O PT é outra sigla que vai recorrer ao Supremo contra a nomeação. O deputado Wadih Damous (PT-RJ) destacou que "foi criado um ministério para o Moreira Franco que é multicitado na Lava Jato com objetivo claro de conferir a ele foro privilegiado", o que caracterizou como uma ação "muito grave".
Mais sobre Operação Lava Jato
Mais sobre crise brasileira
[fotografo]Divulgação/Agência Brasil[/fotografo][/caption] 
A Rede Sustentabilidade acionou, nessa sexta-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir o afastamento imediato de Moreira Franco do comando da recém-criada Secretaria Geral da Presidência. De acordo com nota divulgada pelo partido, a nomeação, feita pelo presidente Michel Temer na manhã de ontem (sexta, 3), trata-se de uma "artimanha para proteger o novo titular das investigações da Operação Lava Jato. A pasta já era ocupada por Franco. Entretanto, uma minirreforma fez com que a Secretaria ganhasse status de ministério e, por esse motivo, o peemedebista passa a ter foro privilegiado.
O agora ministro foi mencionado na delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho. Diante da sua atual situação, Franco garante a prerrogativa de responder a eventuais investigações criminais somente no STF. Ele tomou posse do novo cargo após Temer editar uma medida provisória que recriou a Secretaria Geral da Presidência. Antes, Franco ocupava o cargo de secretário-Executivo do Programa para Investimentos do governo.
Elaborado pelos advogados Márlon Reis e Rafael Estorilio, o mandado de segurança se baseia no princípio da igualdade prevista na Constituição Federal - e também em uma decisão tomada pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que suspendeu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Isso aconteceu em 18 de março de 2016, em resposta a uma ação apresentada pelo PSDB e pelo PPS.
Naquela ocasião, a operação já tinha o ex-presidente Lula como alvo das investigações. "Se o STF adotou esse tipo de decisão quando a então presidente Dilma tentou protegê-lo, então esse argumento também pode ser aplicado no caso de Moreira Franco, que foi citado 34 vezes na delação da Odebrecht e, inclusive teria o nome de Angorá no esquema", afirmou Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa.
Ele explica ainda que o mandado pede apenas o afastamento e a suspensão da nomeação de Franco como secretário geral da Presidência e não a extinção do cargo criado nesta semana. "O problema está em quem foi nomeado para comandar a secretaria com status de ministério, não nesse posto. Nesse caso, o presidente tem o direito legal de criar esse tipo de cargo", esclarece.
Outras ações
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), se manifestou sobre a nomeação do ex-parlamentar à Secretaria como uma "prática condenável". "Se fosse deslocado para um ministério, não haveria problema. Mas, se criar um ministério, é de uma infelicidade ímpar. Fica com cara de esperteza. Vou atuar contra a aprovação dessa Medida Provisória. Temer errou feio", declarou, em nota.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também ajuizou no fim da tarde desta sexta-feira uma ação popular com pedido de liminar na Justiça Federal do Amapá, também com o intuito de afastar Moreira Franco do cargo. O parlamentar destacou ainda que pretende apresentar, na próxima terça-feira (7), uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR). A finalidade é anular o ato de edição da medida provisória feita pelo presidente Michel Temer.
O PT é outra sigla que vai recorrer ao Supremo contra a nomeação. O deputado Wadih Damous (PT-RJ) destacou que "foi criado um ministério para o Moreira Franco que é multicitado na Lava Jato com objetivo claro de conferir a ele foro privilegiado", o que caracterizou como uma ação "muito grave".
Mais sobre Operação Lava Jato
Mais sobre crise brasileiraTags
Temas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas