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Bancada da bala quer presidir Câmara, Comissão de Direitos Humanos, CCJ e outros dois colegiados

Congresso em Foco

23/10/2018 | Atualizado às 8:57

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Deputado Capitão Augusto (PL-SP)[fotografo]Câmara dos Deputados[/fotografo]

Deputado Capitão Augusto (PL-SP)[fotografo]Câmara dos Deputados[/fotografo]
A chamada bancada da bala, grupo de deputados que defende a revogação do Estatuto do Desarmamento e o endurecimento da legislação penal, quer ampliar o poder e a influência na Câmara. Na esteira do fenômeno Jair Bolsonaro (PSL), que venceu o primeiro turno da corrida presidencial e elegeu correligionários aos montes para a Câmara e o Senado, a ideia é comandar ao menos três das principais comissões, além da própria presidência da Casa: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) e a Comissão de Segurança Pública (CSP). E, a depender das negociações, outras mais. "A Comissão de Relações Exteriores, normalmente, cai com a gente mesmo. Mas essas três [CCJ, a mais importante, CDH e CSP] a gente precisa pegar", disse ao Congresso em Foco o deputado Capitão Augusto (PR-SP). Ele mesmo é pré-candidato à presidência da Câmara. O parlamentar paulista fechou acordo com o colega Alberto Fraga (DEM-DF), um dos principais membros da bancada da bala, para herdar a coordenação da Frente Parlamentar da Segurança Pública, grupo que reúne 299 deputados - nem todos prioritariamente engajados na defesa do setor, vale frisar. Derrotado na disputa pelo governo do Distrito Federal, Fraga deixa o comando da agremiação a partir de 2 de fevereiro de 2019, quando tomam posse os membros do novo Congresso. Capitão Augusto minimiza o fato de que a CDH, nos últimos anos, tem sido reduto dos partidos da chamada esquerda brasileira. "Eles não vão pegar [a comissão]. Nós vamos brigar para pegar a comissão. Estamos lá para isso. Mas que nós vamos tirar [o colegiado] das mãos deles, vamos", adverte, dizendo-se disposto a liderar a ocupação de espaços estratégicos da Casa pela bancada da bala. O grupo a que pertence o parlamentar do PR tem bandeiras claras por ora barradas no Congresso. Fim das visitas íntimas e do "saidão" para presidiários, além da redução da maioridade penal e da progressão de regime para determinados crimes, são alguns exemplos. Outro igualmente (ou ainda mais) polêmico é a revogação do Estatuto do Desarmamento, que criaria condições para que civis portem armas em áreas urbanas e no interior do país. O deputado menciona ainda temas ligados à identidade de gênero, e diz que a bancada religiosa precisa estar à frente da CDH para conduzir a pauta de votações do colegiado a seu gosto.

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Balela De acordo com o cenário almejado pela bancada da bala, as forças de segurança do país é que são mais adequadas para lidar com a temática dos direitos humanos, e não parlamentares ligados a movimentos sociais historicamente engajados na causa. "Primeiro que a bancada da bala é a que mais se preocupa com a vida. Falar que o pessoal da esquerda se preocupa mais com os direitos humanos do que nós é uma grande balela. A instituição que mais se preocupa com os direitos humanos se chama Polícia Militar de São Paulo, pelo que nós fazemos, em todos os sentidos e aspectos. O pessoal pega casos pontuais, isolados de uma instituição gigantesca - a única, por exemplo em todos os municípios do Brasil, em contato 24 horas por dia com comunidades - e vem imputar para nós que nós não trabalhamos com direitos humanos", protestou o deputado. [caption id="attachment_362203" align="alignnone" width="700"]Bancada. Atual coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, Fraga vai deixar comando do colegiado de "herança" para o colega <a href=Capitão Augusto" width="700" height="435" /> De saída da Câmara, atual coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Pública, Alberto Fraga, vai deixar comando de colegiado de "herança" para o colega Capitão Augusto - Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados[/caption] O discurso colide com números do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro, reduto eleitoral de Jair Bolsonaro: entre fevereiro e setembro deste ano, policiais mataram 1.024 pessoas, um aumento de 42% em relação ao mesmo período de 2017. Especialistas preveem que a matança será ainda mais elevada caso vire lei uma das bandeiras de Bolsonaro, o "excludente de ilicitude", que livra de punição agentes de segurança pública que matem civis em ações de campo, independentemente de alegado excesso no uso da força. "A aposta no bangue-bangue também tem contribuído para as mortes de policiais. Em oito meses de intervenção federal [no Rio], o ISP contabilizou 74 baixas nas forças de segurança. Se as promessas eleitorais de 2018 virarem política de Estado em 2019, o número de vítimas só tende a aumentar", registrou no artigo "Licença para matar" o colunista do jornal O Globo Bernardo Mello Franco, na edição do último domino (21). Direitos humanos segundo a polícia Mas Capitão Augusto nega que o problema esteja com a polícia e as demais forças de segurança. Para o deputado, cidadãos têm seus direitos permanentemente resguardados tanto por militares quanto por policiais civis e federais, desde que não saiam da linha. "Nós trabalhamos muito mais do que esses pseudo-esquerdistas aí. Quero saber o que eles fazem pela dignidade do ser humanos. Na Polícia Militar, 75% de nossas ocorrências são de cunho social, assistencialista. Atendemos a todos, sem distinção, desde o mendigo ao milionário. Então, não tem por que imputar para nós a pecha de que somos contrários [aos direitos humanos]. Vamos mostrar o que são os verdadeiros direitos humanos, e não esses direitos humanos desvirtuados que eles pregam", acrescentou Capitão Augusto, para quem a atuação da esquerda em relação ao tema virou "chacota no Brasil, sem credibilidade". "Só tratam da questão da proteção de marginais", finalizou. Para o membro do PR, as dezenas de parlamentares envolvidos na negociação do comando dos colegiados garante o sucesso da pretensão de seu grupo político ideológico. Ele diz acreditar que representantes de outros tipo de frente parlamentar, como a bancada evangélica, devem ajudar na conquista dos postos estratégicos.   [caption id="attachment_362202" align="alignnone" width="700"] Capitão Augusto e Bolsonaro são dois dos principais membros da bancada da bala na Câmara - Reprodução[/caption]   "É possível pelo tamanho da bancada. Ligados diretamente à segurança pública, a gente está contabilizando 78 deputados. Tem aqueles que têm outra bandeira como a principal, mas a segunda é a segurança pública. Por exemplo, agricultura e segurança, ou [a causa] cristã e segurança. Então, a gente tem um apoio muito grande", prevê Capitão Augusto, para quem alguém da bancada da bala tem que comandar a Câmara e, uma vez na cadeira do comando, pautar temas da segurança pública segundo as conveniências do grupo. Em relação à atual legislatura, o grupo armamentista de fato terá mais força na Câmara a partir de 2019. Como este site mostrou em 12 de outubro, a bancada da bala deve ter um crescimento de ao menos 71% na próxima legislatura (2019-2023), com a eleição de deputados e senadores oriundos do meio militar e de políticos filiados ao PSL de Bolsonaro. Segundo levantamento da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), que acompanha a atuação da bancada no Congresso, dos atuais 21 parlamentares que representam os interesses de profissionais que atuam nas polícias Militar e Civil e nas Forças Armadas, o bloco passou a uma composição de 36 integrantes. Desse total, 32 são deputados federais e quatro são senadores, considerando-se os eleitos e os reeleitos na eleição deste ano.  

>> "Bancada da bala" no Congresso cresce mais de 70%

>> Aliados de Bolsonaro já começaram a brigar pela presidência da Câmara

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Segurança Pública eleições Câmara desarmamento violência Jair Bolsonaro estatuto do desarmamento Alberto Fraga bancada da bala eleições 2018 capitao augusto frente parlamentar da segurança pública excludente de ilicitude Instituto de Segurança Pública ISP

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