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Suape: Belo Monte esquecida

Congresso em Foco

3/5/2017 8:05

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[caption id="attachment_292481" align="alignleft" width="399" caption="Heitor Scalambrini aponta a "incalculável destruição ambiental" dos projetos"][fotografo]Divulgação[/fotografo][/caption]Heitor Scalambrini Costa * Um amigo sulista, ao conhecer mais detalhes das violações socioambientais ocorridas no território do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), cunhou a frase utilizada como titulo deste artigo. Sem dúvida a comparação entre as duas realidades destas mega-obras tem tudo a ver. Refletem a crueldade, perversidade, destruição, truculência, barbaridade, improbidade, desumanidade , indignidade, crime; cometido contra as populações nativas/tradicionais e contra a natureza. O que deve ser ressaltado é o papel do Estado brasileiro; por um lado o governo federal e, por outro, o governo de Pernambuco, como o grande e maior violador de direitos humanos e da natureza. Sem dúvida, não esquecendo a responsabilidade das empresas. Com relação ao número de trabalhadores envolvidos nestas duas mega-obras, a de Suape foi o dobro de Belo Monte. No ápice das obras de Belo Monte, em outubro de 2013, atingiu 25 mil pessoas; e em Suape, entre 2012 e 2013 superou 50 mil pessoas (segunda maior mobilização de trabalhadores depois da construção de Brasília). O que existe em comum neste caso foi a total falta de planejamento na desmobilização dos trabalhadores finda a parte da construção civil desses empreendimentos. Diferentemente do que prometiam os governos, a grande maioria dos empregados das construtoras contratadas não era da região, mas vinha de toda parte do Brasil. E nada foi feito para realocá-los em outras atividades econômicas. O que gerou, e tem gerado um alto desemprego, resultando em graves problemas nas áreas urbanas dos municípios onde se encontra o Complexo Suape, como a favelização, violência, prostituição, aumento significativo da criminalidade. Além de deficits em áreas como saúde, saneamento, moradia, etc, etc. Nada diferente do que ocorreu em Altamira. Foi incalculável a destruição ambiental promovida tanto na construção da hidrelétrica, a terceira maior do mundo, quanto na instalação das indústrias no  CIPS. Neste caso, atingindo mangues (mais de 1.000 ha foram e continuam sendo destruídos), restinga, resquícios da Mata Atlântica, corais marinhos. Ademais a poluição de riachos, rios e nascentes que compõem a bacia hidrográfica da região metropolitana do Recife. É de ressaltar a atração e o incentivo para que as indústrias sujas viessem se instalar em Suape. Como é o caso de termoelétricas a combustíveis fosseis, estaleiros, refinaria, petroquímica, parque de armazenamento de derivados de petróleo. Hoje estes dois territórios, o de Belo Monte e o de Suape, sofrem as perversas consequências de um desenvolvimento predatório, excludente e concentrador de renda, cuja principal característica comum é a destruição da vida. Enquanto acontecem estes crimes contra as populações nativas e tradicionais (índios, ribeirinhos, pescadores catadores de mariscos, agricultores familiares), com reflexos nas áreas urbanas; a sociedade brasileira, em sua maioria, finge em desconhecer esta triste realidade cometida pelo poder público com cumplicidade das empresas. Tudo em nome do "progresso". De alguns, evidentemente. Até quando? * Professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco. Mais sobre meio ambiente
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Saúde Meio Ambiente prostituição violência Pernambuco mata atlântica Suape saneamento criminalidade Belo Monte moradia complexo de Suape porto de suape agricultura familiar Complexo Industrial Portuário de Suape CIPS desastre ambiental Altamira avelização

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