Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Reforma trabalhista passa pela última comissão do Senado e segue para ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Reforma trabalhista passa pela última comissão do Senado e segue para votação em plenário

Congresso em Foco

28/6/2017 | Atualizado 29/6/2017 às 1:16

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[fotografo]Marcos Oliveira/Agência Senado[/fotografo]

Reunião na CCJ durou mais de 13 horas nesta quarta-feira (28)

  Por 16 votos a 9, com uma abstenção, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou há pouco a admissibilidade do Projeto de Lei 38/2017, que promove a reforma trabalhista patrocinada pelo governo Michel Temer, em meio à pior crise de sua gestão, e altera diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foram mais de 13 horas de debates em um dia de tensão entre os senadores, com direito a muita troca de acusações entre oposicionistas e membros da base, leitura de seis votos em separado (textos alternativos), discurso do agora ex-líder do PMDB Renan Calheiros (AL) contra o governo e até leitura de carta em que Temer se compromete a vetar pontos polêmicos da proposta (veja a lista abaixo). A reunião da CCJ teve início às 10h10 desta quarta-feira (28) e quase terminou no dia seguinte, às 23h20. Texto segue para o plenário e, caso seja novamente aprovado, vai à sanção presidencial. Veja como cada senador votou Depois de rejeitados destaques apresentados pela oposição, a maioria governista na CCJ ainda impôs a aprovação do regime de urgência ao projeto, conferindo-lhe caráter de prioridade na pauta de plenário, onde será votado na próxima quarta-feira (5/jul). A urgência também impede que a matéria retorne à comissão para apreciação de eventuais emendas, tornando o plenário o palco para tal tipo de deliberação. Ao fim da manobra governista, a oposição voltou a protestar, alegando que o procedimento não havia sido acordado e exigindo verificação de votos, mas o presidente da CCJ, Edison Lobão (PMDB-MA), apressou-se em encerrar a reunião. O texto cuja constitucionalidade foi atestada pela maioria na CCJ foi elaborado pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais fiadores da gestão Temer. Os votos em separado foram lidos pelos senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Lasier Martins (PSD-RS), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Todos eles queriam promover alterações no projeto que veio da Câmara e foi endossado integralmente pelos senadores governistas - texto relatado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, numa derrota do governo, rejeitado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Ferraço foi criticado porque, na condição de relator e legislador, abriu mão de promover mudanças no texto, restringindo-se a avalizar a missão dos vetos por Temer. A pressa do governo em votar o texto sem modificações se deve ao fato de que, caso houvesse alteração de conteúdo, a matéria teria que retornar à análise da Câmara, autora do PL 38/2017. Uma das preocupações dos governistas, mesmo não declarada, é a sinalização, ao mercado financeiro, de que o Executivo, mesmo diante da denúncia de Temer por corrupção passiva, é capaz de promover no Congresso as reformas estruturantes e as medidas de ajuste fiscal - embora até os membros da base de sustentação reconheçam que as denúncias de corrupção na gestão peemedebista inviabilizaram a reforma da Previdência, por exemplo. Leia também: Saiba mais sobre os relatórios alternativos apresentados pela oposição ao projeto de reforma trabalhista Senadores brigam em comissão e interrompem votação de reforma trabalhista; veja o vídeo Um dos pontos questionados pela oposição, e até por alguns governistas, é a questão do trabalho intermitente, em que a prestação de serviços não é contínua, seja mantida a subordinação empregatícia. O modelo de trabalho permite que sejam alternados períodos laborais e de inatividade, fixados em horas, dias ou meses, independentemente do ramo de atividade. Outra questão polêmica muito criticada por oposicionistas é a possibilidade de que a trabalhadora gestante seja afastada automaticamente, durante toda o período de gestação, apenas de atividades classificadas como insalubres em grau máximo. Em condições insalubres de graus médio ou mínimo, a empregada só será afastada a pedido médico - o que pode provocar situações dúbias, segundo a avaliação dos opositores do projeto. Instada a se manifestar como mulher com atuação pública ligada à causa feminina, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) afirmou que foram feitos avanços na matéria, quando de sua tramitação na Câmara, a respeito dos direitos da trabalhadora gestante. "Vários diziam: o médico da família ou da confiança dela ou da empresa. É ridículo isso, porque o médico da família ou médico da empresa pode fazer um atestado que absolutamente não corresponda à realidade. Então, foi feito: o médico do trabalho. Esse médico não é da empresa, é do trabalho. Tem um curso que o capacita tecnicamente a poder dizer: isso é médio, é mínimo, a condição dessa pessoa permite ou não permite. E a mulher que vai dizer se quer ou não", explicou. Nenhum dos argumentos da oposição sensibilizou Jucá. Na linha de frente da defesa de Temer ("Pessoas têm avaliações diferentes sobre o presidente da República", ponderou), o líder peemedebista se manteve firme na defesa da matéria. "Quero dizer que o meu parecer é contrário às 279 emendas. E vou debater o mérito na hora em que abrir a discussão, inclusive apontando posições minhas, da Base do governo e de alguns senadores, no que diz respeito ao encaminhamento futuro dessas matérias", declarou o peemedebista, voltando a dizer que a matéria não impõe a retirada de direitos aos trabalhadores. Contraponto Na longa reunião da CCJ, senadores de oposição leram diversos pontos considerados como retirada de direitos de trabalhadores, de maneira a priorizar o empresariado na relação capital-força de trabalho. Um dos principais alvos de crítica foi a questão da prevalência do negociado sobre o legislado, que torna sem efeito alguns pontos da lei atual frente a eventuais acordos entre trabalhador e patrão - algo que beneficiaria a força da vontade do patronato, na opinião dos oposicionistas. "Eu estou há 32 anos nesta Casa. Conheço Câmara, Senado. Passei por todos os ex-presidentes da República, da ditadura para cá, e nunca vi um caos como esse", disse o senador Paim, historicamente ligado à causa trabalhista e membro da CCJ, da CAE e da CAE. "Me parece que um grupo de senadores, que eu sei que não é a maioria, está fazendo de conta que isto aqui é uma Casa de brincadeira. Não é de brincadeira, é sério! Mais de 100 milhões de pessoas sentirão o impacto da nossa decisão!" Outra figura envolvida nas discussões da reforma trabalhista nas três comissões temáticas, a senadora Vanessa Grazziotin foi outra a lembrar que, diante da crise de legitimidade do governo Temer, o Senado erra ao votar uma matéria considerada impopular pela oposição. Para Vanessa, "várias questões" merecem reparo na proposta do governo. Em comum com Paim e outros oposicionistas, a queixa sobre o fato de que Ferraço, ao não promover mudanças em seus relatórios, abdicou da função de legislar e deixar para Temer a responsabilidade sobre os vetos. "Negociado sobre o legislado - esse é o grande problema. A legislação prevê o piso [salarial], um mínimo. Se a gente quer de fato valorizar o negociado, a gente tem que mexer não no direito mínimo, e é isso que está sendo feito", reclamou a senadora, apontando outro ponto por ela contestado. "[O projeto] acaba, na prática, com a Justiça gratuita. Em determinado artigo, ele diz o seguinte: se o trabalhador faltar a uma audiência - e ele não quer saber se o ônibus, o transporte coletivo furou, se o metroviário fez uma greve e, por essa razão, o trabalhador tenha faltado -, ele vai perder a causa e ainda vai ter que pagar os honorários. E está escrito aqui: mesmo sendo beneficiário da Justiça gratuita", acrescentou. Por sua vez, o líder do PT, no Senado, Lindbergh Farias (RJ), dirigiu-se a Jucá para dizer que a insistência dos governistas em aprovar logo a matéria se deve ao fato de que, imerso na crise política, Temer pretende passar uma mensagem de normalidade para a sociedade. "O senhor quer desmoralizar o Senado. Sabe por quê? Por que o senhor quer notícia amanhã para os jornais, para dizer: Temer conseguiu aprovar a reforma trabalhista. O governo não acabou, é isso que o senhor vai querer [mostrar]. Senador Romero Jucá, esse governo acabou! Na hora em que tiver a votação [da denúncia contra Temer na Câmara], eles [governistas] não vão ter os 172 votos, porque o deputado vai pensar na eleição. Mas, o senhor quer o desprestígio desta Casa para salvar o seu governo", protestou o petista. Agora ex-líder do PMDB, Renan Calheiros aproveitou para atuar livremente como oposicionista. E aproveitou para reiterar sua objeção às reformas de Temer, fustigando aliados. "Ser líder, para mim, é oferecer sugestões, propor caminhos, colocar agendas; É fazer críticas. Eu disse outro dia e queria repetir: ajuda mais o governante quem faz críticas. Se eu fosse um governante, gostaria de estar acompanhado por quem critica e menos pelas marionetes e pelos bajuladores", disse o senador na CCJ, mesmo sem ser membro do colegiado. Renan acusou o governo de retaliar aliados que se manifestaram contra a reforma trabalhistas - caso de Hélio José (PMDB-DF), que teve ao menos três de suas indicações para cargos no governo exoneradas por ordem de Temer, depois de ter votado contra a matéria na CAS. Vídeo: senador retaliado por voto contra reforma trabalhista ataca governo: "Corrupção por todo lado" Temer demite terceira indicação de senador que chamou governo de "corrupto" e "balcão de negócios"   Veja os pontos que os governistas apontaram e Temer promete vetar (fonte: Agência Senado): 1 - Gestante e lactante em ambiente insalubre O texto aprovado pela Câmara dos Deputados prevê que a trabalhadora gestante deverá ser afastada automaticamente, durante toda a gestação, apenas das atividades consideradas insalubres em grau máximo. Para atividades insalubres de graus médio ou mínimo, a trabalhadora só será afastada a pedido médico. 2 - Serviço extraordinário da mulher O projeto enviado ao Senado pelos deputados federais revoga o art. 384 da CLT. Esse artigo determina que a trabalhadora mulher deve ter 15 minutos de descanso obrigatório antes de iniciar o horário de serviço extraordinário, a chamada hora-extra. 3 - Acordo individual para a jornada 12 por 36 Para o relator na CAE, Temer deveria vetar também a alteração que permite que acordo individual estabeleça a chamada jornada 12 por 36, aquela em que o empregado trabalha 12 horas seguidas e descansa as 36 horas seguintes. Ferraço acredita que o texto aprovado pelos deputados sobre esse assunto "não protege suficientemente o trabalhador, que pode ser compelido a executar jornadas extenuantes que comprometam sua saúde e até sua segurança". 4 - Trabalho intermitente O relator recomenda veto aos dispositivos que regulamentam o chamado trabalho intermitente, aquele no qual a prestação de serviços não é contínua, embora com subordinação. Nesse tipo de trabalho, são alternados períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador. O melhor, para ele, seria regulamentar por Medida Provisória, estabelecendo os setores em que a modalidade pode ocorrer. 5 - Representantes dos empregados O relator crê que uma MP poderia regulamentar a criação da comissão de representantes dos empregados nas empresas com mais de 200 funcionários. O PLC 38/2017 prevê que esses representantes não precisam ser sindicalizados e terão o objetivo de ampliar o diálogo entre empresa e empregados, mas não têm estabilidade do emprego. 6 - Negociação do intervalo intrajornada O texto aprovado pelos deputados permite que trabalhador e empregador acordem, por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo, "intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de 30 minutos para jornadas superiores a seis horas". Para o relator a mudança precisa ser melhor analisada para não gerar "precarização das condições de trabalho, com consequências sobre a saúde e a segurança do trabalhador". Leia mais: Câmara aprova reforma trabalhista e altera quase cem pontos da CLT. Veja as principais mudanças Parlamentares-patrões conduziram mudanças trabalhistas A "modernização" da legislação trabalhista é o renascimento da Idade Moderna (1453-1789)
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures Senado paulo paim Romero Jucá Randolfe Rodrigues Lídice da Mata Renan Calheiros Eduardo Braga Ricardo Ferraço direitos trabalhistas CLT vanessa grazziotin Marta Suplicy reforma trabalhista Consolidação das Leis do Trabalho Lasier Martins crise brasileira Governo Temer

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Apostas online

Senadores apresentam pacote com 17 projetos para regulamentar bets

AGENDA DA SEMANA

Pauta do Senado tem projeto de aumento do número de deputados

Propostas legislativas

Mês do Orgulho: veja projetos em prol da comunidade LGBTQIAPN+

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES