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Alimentação saudável deve ser lei nas escolas

Projeto em São Paulo propõe alimentação escolar com produtos orgânicos e agroecológicos para combater desigualdades e promover saúde.

Marina Helou

Marina Helou

11/4/2025 16:22

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Quando pensamos em escola, a primeira coisa que vem à nossa mente é a sua função de formação e transmissão de conteúdo. Mas esse ambiente vai muito além de sua função original, desempenhando papeis amplos na proteção da saúde, prevenção à violência, convivência e nutrição. Em um contexto de desigualdades extremas, como é o caso do Brasil, a alimentação escolar épilar essencial do desenvolvimento físico de muitos estudantes, de seu bem-estar emocional e cognitivo.

Para muitos estudantes, a merenda representa a principal fonte de nutrição diária no Brasil

Para muitos estudantes, a merenda representa a principal fonte de nutrição diária no BrasilSergio Amaral/Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social

A desigualdade se reflete de maneira alarmante na alimentação de crianças e adolescentes em todo país. De acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (RBPSAN), cerca de 33 milhões de brasileiros enfrentam insegurança alimentar, e esse número inclui um grande contingente de estudantes das escolas públicas. Para muitos desses alunos, a refeição escolar representa a única oportunidade diária de acesso a alimentos nutritivos.

O impacto da alimentação deficiente vai além da saúde física. Neste contexto surge a proposta de incluir alimentos orgânicos e agroecológicos nas escolas públicas de São Paulo, prevista no Projeto de Lei nº 275/25. Mais do que uma simples mudança na política alimentar, nossa iniciativa busca promover uma alimentação mais justa e saudável, com um impacto direto na qualidade de vida dos alunos, especialmente daqueles que dependem da escola para alcançar sua principal fonte de nutrição.

Na outra ponta, o aumento da obesidade infantil e de doenças relacionadas à alimentação inadequada é cada vez mais preocupante. Mais baratos, acessíveis e com ampla validade, os alimentos industrializados e ultraprocessados competem injustamente com escolhas saudáveis. A alimentação orgânica e agroecológica, por ser livre de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos, oferece uma alternativa mais saudável para toda a comunidade escolar. Com a redução do uso de produtos químicos, diminui-se o risco de contaminação dos solos, águas e alimentos, promovendo um ambiente mais saudável e equilibrado.

Em um ciclo virtuoso de sustentabilidade, esse movimento fortalece a agricultura familiar, a produção local em bases sustentáveis e incentiva uma rede econômica e social que beneficia toda a sociedade. Comer alimentos orgânicos e agroecológicos incentiva a redução dos gastos com saúde pública, a valorização dos produtores rurais, uma economia local vibrante e estudantes bem alimentados.

São Paulo iniciou o ano de 2025 com a proibição no uso de celulares nas escolas, também com o objetivo de proteger os estudantes dos impactos negativos da tecnologia, promover um ambiente mais equilibrado, focado nas aulas e nas interações sociais. Assim como a alimentação saudável, essa medida visa contribuir para o desenvolvimento integral e mais harmonioso das novas gerações. Afinal, não tem sido muito saudável o conteúdo que as crianças e adolescentes têm colocado para dentro.

As telas e os ultraprocessados se aproximam por meio da ativação do sistema de recompensas do cérebro, particularmente à liberação de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer e à motivação. Redes sociais, jogos e vídeos rápidos são projetados para manter os indivíduos constantemente engajados, fornecendo estímulos rápidos que geram picos de prazer imediato e a necessidade de "mais" estimulação para alcançar o mesmo nível de satisfação. Da mesma forma, os alimentos ricos em açúcares, gorduras e aditivos artificiais provocam uma sensação rápida de prazer, mas com uma menor saciedade a longo prazo e pouquíssimos nutrientes.

Em ambos os casos, o futuro das novas gerações será definido pelas escolhas que fazemos hoje. A conexão com o que consumimos, com o processo de produção e com a terra é crucial para entender que a alimentação não é apenas uma necessidade biológica, mas um direito fundamental ligado à saúde, à cultura e ao meio ambiente. A transformação começa no prato e, mais uma vez, o ambiente escolar é um espaço privilegiado para valorizar essa ideia.

O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br.

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nutrição alimentação projeto Saúde escola pública

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