Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. "Não há como se negar a materialidade", diz Moraes sobre coronéis

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

INQUÉRITO DO GOLPE

"Não há como se negar a materialidade", diz Moraes sobre coronéis

Ministro do STF critica carta enviada por militares ao comandante do Exército e aponta tentativa de coação à hierarquia militar.

Congresso em Foco

20/5/2025 16:31

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Durante a leitura de seu voto no julgamento do Núcleo 3 da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre os indícios de tentativa de golpe de Estado em 2022 por membros do antigo governo, o ministro Alexandre de Moraes classificou como "ilegalidade tão grande" a carta elaborada por coronéis da ativa e da reserva para pressionar o comandante do Exército a aderir à insurreição.

"A coação ao chefe do Exército, aos oficiais, ao comandante do Exército é tão grande que o comandante do Exército mandou abrir inquérito para apurar exatamente crime militar em relação a isso", relembrou Moraes.

Em julgamento do Núcleo 3 do Inquérito do Golpe, Moraes destacou ilegalidade da carta de coronéis para pressionar o Estado Maior do Exército.

Em julgamento do Núcleo 3 do Inquérito do Golpe, Moraes destacou ilegalidade da carta de coronéis para pressionar o Estado Maior do Exército. Pedro Ladeira/Folhapress

Segundo o ministro, o documento compartilhado entre os denunciados em novembro de 2022 fere diretamente os pilares da hierarquia e da disciplina, bases das Forças Armadas. Ele apontou que a tentativa de mobilização ilegal dos militares foi formalizada por meio da "carta ao comandante do Exército de oficiais superiores da ativa do Exército brasileiro". "Não há como se negar a materialidade", declarou.

A carta, segundo Moraes, foi parte de uma articulação golpista mais ampla que envolvia a convocação de forças especiais, conhecidas como "kids pretos", e a elaboração de planos de sequestro e assassinato de autoridades. No documento, os militares alegavam agir em nome da defesa da pátria e do Estado democrático. "Covardia e injustiça são as qualificações mais abominadas por soldados de verdade. Nossa nação (...) sabe que seus militares não a abandonarão", cita o texto, lido pelo ministro.

O relator destacou que a ideia de que os militares teriam um papel moderador no sistema político brasileiro é ultrapassada e inconstitucional. "As Forças Armadas não são um poder moderador, elas não substituíram o imperador. (...) Esse poder moderador deixou de existir com a Constituição de 1891".

A denúncia envolve 12 acusados, entre eles generais, coronéis e um agente da Polícia Federal, que responderão por crimes como tentativa de golpe, organização criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As defesas negam o caráter golpista da reunião em que a carta foi debatida e dizem que o encontro era uma "confraternização", tese reiteradamente negada por Moraes.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Exército Alexandre de Moraes 8 de janeiro STF

Temas

Judiciário

LEIA MAIS

POLÊMICA NO CONGRESSO

Relator quer STF como mediador e limitar ações de partidos no tribunal

Justiça

Após judicialização do IOF, Alcolumbre defende limitar acesso ao STF

Acordo

Toffoli homologa plano do INSS para devolução de descontos ilegais

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PREVIDÊNCIA

Lei que dispensa perícia para doentes sem cura entra em vigor

2

CRISE ENTRE PODERES

Constitucionalistas apontam validade da derrubada do IOF por Congresso

3

LIBERDADE RELIGIOSA

Projeto na Câmara busca regulamentar gravação de cultos religiosos

4

JORNADA DE TRABALHO

Deputados do PT propõem jornada semanal de 36h sem corte de salário

5

CRISE DO IOF

AGU recebe pareceres que reforçam legalidade de decretos sobre o IOF

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES