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Crise mostra que Tarcísio é refém eleitoral de Bolsonaro

Reação à tarifa de Trump escancara impasse do governador entre bolsonarismo e tentativa de ampliar apoio.

Lydia Medeiros

Lydia Medeiros

11/7/2025 13:18

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O governador Tarcísio de Freitas não teve dúvida: sacou o celular e, num tuíte, atribuiu ao presidente Lula a culpa pela taxação em 50% de todas as exportações brasileiras para os EUA. "Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado", escreveu. "A responsabilidade é de quem governa. Não adianta se esconder atrás de narrativas", completou. A nova tarifa foi justificada por Donald Trump como resposta à "caça às bruxas" contra Jair Bolsonaro, em julgamento por tentativa de golpe de estado em 2022. A reação de Tarcísio, que em boa medida deve ao ex-presidente a sua eleição ao governo de São Paulo, foi típica de quem se refugia no ataque por não ter argumentos para sólida defesa.

Tarcísio é considerado hoje pela elite paulista - e não apenas pela "Faria Lima" - a principal alternativa contra Lula em 2026. Ainda hesita em assumir uma candidatura ao Planalto por várias razões. A primeira é trocar a reeleição no governo paulista, hoje com fortes chances, pela incerteza de uma disputa com Lula. A segunda é a sua relação com Jair Bolsonaro. Numa eleição presidencial, o aliado teria poder em questões como escolha do vice, formação de governo e retórica de campanha de Tarcísio. Seria muito difícil livrar-se da imagem de "bolsonarista" - cobrança que parte da elite paulista faz. Tarcísio, porém, hoje se apresenta como um refém eleitoral de Bolsonaro.

 Falta de crítica à retaliação americana rende cobranças e revela o preço da aliança com Bolsonaro.

Falta de crítica à retaliação americana rende cobranças e revela o preço da aliança com Bolsonaro.Leandro Chemalle/Thenews2/Folhapress

A cobrança ao governador ganhou outra dimensão nessa crise, refletida nos principais jornais paulistas. Eles subiram o tom contra a postura do governador na reação a Trump. "Chegou a hora de lideranças como o governador Tarcísio de Freitas escolherem de que lado estão. Ou bem Tarcísio defende os exportadores paulistas e a soberania brasileira ou continua posando de joguete de boné de um agressor estrangeiro e da família Bolsonaro, cujo patriotismo de fancaria se dissolve e se transforma em colaboracionismo diante da perspectiva da cadeia", diz o editorial da Folha de S.Paulo de quinta-feira.

"É absolutamente deplorável que ainda haja no Brasil quem defenda Trump, como recentemente fez o governador de São Paulo", acrescentou o Estadão. "Vestir o boné de Trump, hoje, significa alinhar-se a um troglodita que pode causar imensos danos à economia brasileira. Caso Trump leve adiante sua ameaça, Tarcísio e outros políticos embevecidos com o presidente americano terão dificuldade para se explicar com os setores produtivos afetados."

O repúdio generalizado à insólita atitude de Donald Trump isola bolsonaristas, enfraquece a candidatura de Tarcísio no próximo ano e dá a Lula fôlego e apoio para reagir. O episódio mostra que interesses econômicos e institucionais estão acima de disputas eleitorais e não podem ser ignorados por quem quer entrar no jogo. O slogan "Brasil, país soberano", foi um presente a Lula dado pelo presidente americano e bolsonaristas. Já caiu nas redes. "Obrigado Trump, você nos uniu. Depois de anos de polarização política, temos um aglutinador: diante do inimigo externo todos estamos com o Governo, com o Parlamento e com o STF", resumiu o ex-governador Cristovam Buarque.

É possível, mas será preciso coordenação, planejamento e trabalho duro para mitigar o estrago econômico. E isso vai além dos slogans de campanha eleitoral.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]

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