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Ricardo de João Braga
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Farol
25/2/2022 10:29
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A ideia em um segundo A eleição para a Câmara dos Deputados é complexa. A fim de penetrar nas dificuldades de sua interpretação e previsão, hoje trazemos e analisamos os marcos temporais mais importantes na definição de estratégias e candidaturas e uma análise sobre a potência eleitoral das siglas, elemento importante para a constituição das federações partidárias. |
O acompanhamento de perto da evolução da corrida pela nova Câmara será uma das tarefas a que pretende se dedicar o Congresso em Foco Análise (Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara)[/caption]
O Congresso em Foco Análise pretende trazer ao leitor uma cobertura aprofundada sobre a eleição para o Congresso em 2022. Muitas vezes pouco explorada pela imprensa, e de menor interesse para o cidadão, a escolha de deputados federais e senadores define os limites da ação do Presidente da República, o que ele pode fazer em termos de reformas e transformações das políticas públicas e marcos normativos.
Nesta edição do Farol, apresentamos ao leitor os marcos temporais principais da disputa e uma provocação sobre o que esperar das federações partidárias a partir das bancadas para deputado federal.
| MAR. | ABR. | MAI. | JUN. | JUL. | AGO. | SET. | OUT. | |
| Janela Partidária | 1 | |||||||
| Desincompatibilização de candidatos de cargos majoritários | 2 | |||||||
| Definição das Federações | 31 | |||||||
| Convenções Partidárias | 5 | |||||||
| Inscrição dos Candidatos | 15 | |||||||
| Movimentação Financeira dos Candidatos (divulgação pelo TSE) | 15 | |||||||
| Eleição - 1º turno | 2 |
As federações deverão ser a grande novidade das eleições deste ano (Foto: Reprodução)[/caption]
A definição das federações partidárias passa hoje tanto pela viabilidade eleitoral dos partidos - sua sobrevivência em alguns casos - quanto pela conformação de uma base de apoio ao futuro governo. Por exemplo, PT, PSB, PCdoB e PV negociam sua união também já pensando na necessidade, num futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva, de contrastar os partidos de centro-direita que hoje comandam a Câmara dos Deputados.
A dimensão da sobrevivência eleitoral, contudo, pode ser vista na tabela a seguir. Ela traz o total de deputados federais eleitos por partido, a proporção no total de 513, e o número de candidatos do partido que estiveram entre os 50% mais votados dentro do número de vagas disponíveis. Num exemplo: o Ceará detém 22 cadeiras na Câmara federal; na tabela abaixo computamos os 11 candidatos mais votados (a metade superior) naquele estado. O que pretendemos mostrar é a potência eleitoral de cada partido. Ter candidatos no topo da lista é ter puxadores de voto, é ser atrativo para coligações/federações, é ter mais força nas barganhas.
O PT, por exemplo, teve 10,5% do total de eleitos no Brasil. Contudo, conseguiu 12,3% dos mais votados. Podemos dizer que é um partido com potência eleitoral positiva. Na mão oposta, o PDT teve 5,5% do total de eleitos, mas apenas 4,2% entre os mais votados, uma potência eleitoral negativa.
O que chamamos de potência eleitoral é dado pela diferença entre as duas medidas - mais votados menos eleitos, em porcentagem. Potências positivas mostram partidos que elegeram mais candidatos na parte de cima da lista; as negativas referem-se àqueles com eleitos mais abaixo nas listas.
Grosso modo, podemos dizer que aqueles com potência eleitoral positiva abrem espaço em suas listas, em suas federações (e antes coligações) para agasalhar aqueles com menores chances.
| Partido | Eleitos Total | % (A) | Candidatos entre os 50% mais votados | % (B) | Potência Eleitoral (B) - (A) |
| PT | 54 | 10,5% | 32 | 12,3% | 1,8% |
| PSL | 52 | 10,1% | 22 | 8,5% | -1,7% |
| PP | 38 | 7,4% | 22 | 8,5% | 1,1% |
| PSD | 35 | 6,8% | 24 | 9,2% | 2,4% |
| MDB | 34 | 6,6% | 14 | 5,4% | -1,2% |
| PR | 33 | 6,4% | 21 | 8,1% | 1,6% |
| PSB | 32 | 6,2% | 15 | 5,8% | -0,5% |
| PRB | 30 | 5,8% | 19 | 7,3% | 1,5% |
| PSDB | 29 | 5,7% | 14 | 5,4% | -0,3% |
| DEM | 29 | 5,7% | 11 | 4,2% | -1,4% |
| PDT | 28 | 5,5% | 11 | 4,2% | -1,2% |
| SOLIDARIEDADE | 13 | 2,5% | 7 | 2,7% | 0,2% |
| PODE | 11 | 2,1% | 7 | 2,7% | 0,5% |
| PSOL | 10 | 1,9% | 8 | 3,1% | 1,1% |
| PTB | 10 | 1,9% | 4 | 1,5% | -0,4% |
| PCdoB | 9 | 1,8% | 5 | 1,9% | 0,2% |
| NOVO | 8 | 1,6% | 2 | 0,8% | -0,8% |
| PROS | 8 | 1,6% | 4 | 1,5% | 0,0% |
| PSC | 8 | 1,6% | 5 | 1,9% | 0,4% |
| PPS | 8 | 1,6% | 4 | 1,5% | 0,0% |
| AVANTE | 7 | 1,4% | 2 | 0,8% | -0,6% |
| PHS | 6 | 1,2% | 1 | 0,4% | -0,8% |
| PATRI | 5 | 1,0% | 1 | 0,4% | -0,6% |
| PV | 4 | 0,8% | 2 | 0,8% | 0,0% |
| PRP | 4 | 0,8% | 1 | 0,4% | -0,4% |
| PMN | 3 | 0,6% | 1 | 0,4% | -0,2% |
| PTC | 2 | 0,4% | 1 | 0,4% | 0,0% |
| REDE | 1 | 0,2% | - | 0,0% | -0,2% |
| PPL | 1 | 0,2% | - | 0,0% | -0,2% |
| DC | 1 | 0,2% | - | 0,0% | -0,2% |
| Total | 513 | 100,0% | 260 | 100,0% | 0,0% |
| Partido | Positiva | Partido | Neutra | Partido | Negativa |
| PSD | 2,4% | PTC | 0,0% | REDE | -0,2% |
| PT | 1,8% | PV | 0,0% | PPL | -0,2% |
| PR | 1,6% | PROS | 0,0% | DC | -0,2% |
| PRB | 1,5% | PPS | 0,0% | PMN | -0,2% |
| PSOL | 1,1% | PSDB | -0,3% | ||
| PP | 1,1% | PRP | -0,4% | ||
| PODE | 0,5% | PTB | -0,4% | ||
| PSC | 0,4% | PSB | -0,5% | ||
| PCdoB | 0,2% | PATRI | -0,6% | ||
| SOLIDARIEDADE | 0,2% | AVANTE | -0,6% | ||
| PHS | -0,8% | ||||
| NOVO | -0,8% | ||||
| PDT | -1,2% | ||||
| MDB | -1,2% | ||||
| DEM | -1,4% | ||||
| PSL | -1,7% |
| CHAPA QUENTE | GELADEIRA |
| A melhora no desempenho do presidente Jair Bolsonaro, revelada nas recentes pesquisas CNT/MDA e Exame/Ideia, animou o Palácio do Planalto e acendeu um sinal amarelo no comando da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. Embora Lula siga liderando com folga, na pesquisa CNT/MDA o avanço de Bolsonaro foi acima da margem de erro, e na pesquisa Exame/Ideia no limite da margem de erro. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como reação, já declarou que não se deve considerar o jogo jogado, e que o fato de o presidente ter a máquina governamental nas mãos, com a possibilidade de distribuição de benesses que ela lhe dá, não pode ser desprezado. | Em contrapartida, os acontecimentos desta semana mostraram certa confusão quanto às prioridades e estratégias do campo governista. A aprovação do projeto que legaliza os jogos de apostas na Câmara rachou a base de Bolsonaro. A ala liberal comandada pelo Centrão votou com entusiasmo em favor do projeto, contrariando a base conservadora de viés mais moralista, especialmente a bancada evangélica. A posição quanto á guerra entre Rússia e Ucrânia também dividiu o governo. Enquanto Bolsonaro calou-se, marcando uma posição mais próxima da Rússia, o vice-presidente Hamilton Mourão criticou duramente o governo de Vladimir Putin. Isolado internacionalmente, Bolsonaro ficou numa posição curiosa, alinhado a países de esquerda que critica, como a Venezuela. A ginástica retórica deixou o Itamaraty meio desorientado. |
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