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Ricardo de João Braga
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Farol Político
26/11/2021 | Atualizado 3/12/2021 às 11:43
 
| A ideia em um segundo Entre outras ferramentas analíticas para compreender a política legislativa, o índice nominate nos permite identificar as posições relativas entre os parlamentares, quem tem posições mais próximas de quem. Para a Câmara dos Deputados, a análise do período Bolsonaro nos permite distinguir um movimento de aproximação do PP em relação ao PSL em 2020 e uma posterior dispersão. Já o NOVO, assim como o PSL, parecem realizar movimentos pré-eleitorais que reforçam suas posições. | 
A "matemática" embutida nos cálculos do nominate diferencia as posições partidárias em dimensões. Aqui no gráfico têm-se as dimensões 1 e 2. No caso, a dimensão 1 reflete o alinhamento dos parlamentares em relação ao governo - governistas mais à direita, oposicionistas à esquerda. Esta dimensão é de longe a mais importante, a qual explica nos anos em análise praticamente 90% da variabilidade dos pontos. Como a natureza das dimensões são deduzidas a partir de indícios fora do modelo, a primeira delas é mais fácil de identificar.
 
A dimensão 2, por sua vez, reflete interesses variados ao longo do tempo. No caso dos EUA, Poole e Rosenthal esclarecem que a dimensão mais importante da sua Câmara dos Deputados é a dimensão conservador versus liberal. A segunda dimensão variou ao longo do tempo entre outras questões como as raciais, por exemplo.
 
Podemos ver então que em 2019 os partidos com posição mais próxima do lado do governo eram o PSL e o NOVO. Com os partidos do centro-direita um pouco mais afastados e a oposição distante.
 
Ao analisarmos o ano de 2020, vemos que os partidos do centro, aqui podemos falar daquele amálgama alcunhado como Centrão, moveram-se para mais perto do PSL. Vale destacar que o PP (identificado pelos sinais de mais no gráfico) migrou para uma posição gráfica bem mais à direita. Pode-se compreender isso como um movimento estratégico, do bloco que apoiou Arthur Lira, na busca da simpatia do Presidente da República.
 
Agora em 2021 vemos que tanto o PP quanto o NOVO moveram-se em relação ao PSL. No caso do PP ele voltou a dispersar-se pela centro-direita e o NOVO parece estar trilhando um caminho um pouco mais independente em relação ao governo.
Qual a razão de tais movimentos? Parece-nos que em primeiro lugar o PP conseguiu o que desejava com o movimento de 2020, o controle da Câmara dos Deputados. A segunda razão, que se aplica também ao NOVO, devem ser as eleições. Diante do desgaste do governo, cada parlamentar procura colocar-se na posição que atende melhor seu eleitorado, seja por meio de um discurso "autêntico", seja pela aprovação de matérias que não são de interesse do governo. Vê-se que o PP se dispersa na massa de parlamentares e o NOVO movimenta-se em grupo para mais longe do PSL. Este último, por sua vez, pode ainda estar radicalizando suas posições para manter seu eleitorado satisfeito, ao menos no consumo de falas e propostas, mesmo que não aprovadas.
 
Partidos têm diversas funções no sistema democrático, várias delas costumeiramente comentadas no Farol. Compreender seu funcionamento e os elementos que lhes são dinamogênicos é importante para que se possa ter uma análise abrangente sobre o centro decisório nacional. O nominate é mais uma forma de se enxergar esse processo.
 
 
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| CHAPA QUENTE | GELADEIRA | 
| A corrida ao Planalto ganha temperatura com mais clareza sobre quais chapas de fato disputarão a Presidência da República em 2022. O MDB disse que deve confirmar candidatura própria, com Simone Tebet, e o PSD, com Rodrigo Pacheco. Já Sergio Moro (Podemos), intensifica a jornada pelos palanques estaduais e sonda uma possível aliança com o NOVO. | Surpresa na eleição de 2018, tanto pelo bom desempenho de João Amoêdo na disputa à Presidência quanto pela bancada de oito deputados formada em sua estreia eleitoral, o Novo vive problemas de partido velho. As divergências que levaram à renúncia de Amoêdo ao comando da legenda ainda dividem a sigla. O deputado Alexis de Fonteyne (SP) já avisou aos colegas que vai para o Podemos por "maior capilaridade eleitoral". Outros ameaçam fazer o mesmo. Alexis faz parte da ala que não aceita fazer oposição a Bolsonaro, como queria o ex-líder do partido. Ameaçado pela cláusula de barreira, o Novo corre o risco de sucumbir em sua primeira legislatura. | 
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