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Tá na hora de botar na rua o "Brasil Livre"

Paulo José Cunha

Paulo José Cunha

25/5/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 16:59

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A Universidade de Gotemburgo publicou o seu Relatório da Democracia 2021, que indica um declínio democrático entre as nações do planeta, incluindo o Brasil (foto: Reprodução)

A Universidade de Gotemburgo publicou o seu Relatório da Democracia 2021, que indica um declínio democrático entre as nações do planeta, incluindo o Brasil (foto: Reprodução)
Brasília - As reações da oposição ao vídeo da reunião ministerial são a melhor prova de que as forças mais equilibradas e confiantes continuam se utilizando dos mesmos e ineficientes métodos de análise de conjuntura e de ação política. Achar que Bolsonaro e sua turma, num encontro fechado no Palácio do Planalto, iriam se portar como um grupo de freiras carmelitas usando linguagem elegante e discutindo temas republicanos é de uma ingenuidade comovente. Ora, se o capitão não segura o linguajar fedorento em público, por que o faria no privado? (quase escrevia "na privada" mas... deixa pra lá). Além do que, Bolsonaro e seus ministros falaram a linguagem que soou como música aos ouvidos de seus apoiadores. E vai continuar assim, alguém duvida? >Trump restringe entrada de brasileiros nos Estados Unidos Triste reconhecer, mas o vídeo não acrescentou uma vírgula às acusações de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. A única prova nova foi a divulgação pelo Estadão de que Bolsonaro tinha avisado Moro antes da reunião que iria demitir o Diretor da PF. A divulgação do vídeo da reunião, por sua vez, em vez de enfraquecer, ofereceu combustível fresquinho para levantar o astral da militância bolsonarista, que vinha baleada com a sucessão de denúncias desde a demissão de Moro. A manada está se achando, numa euforia louca! Ainda não há pesquisas. Se arranhou alguma coisa foi em um ou outro eleitor arrependido de Bolsonaro.
Ai, que chatas essas notas de repúdio...
Enquanto os líderes da esquerda gastam tempo e paciência com as surradas notas de repúdio e as forças democráticas gastam uma energia enorme criticando as carradas de palavrões, a militância do capitão... AGE. E faz o que a esquerda não consegue, por inércia ou incompetência: Usa e usa bem as redes sociais para convocar manifestação de apoio ao seu Duce. (Para os neófitos, Duce - líder, em italiano - é como os adeptos se referiam a Mussolini, na Itália fascista). Pergunta se algum partido convocou alguma manifestação - mesmo virtual. Nem tchuns. A esquerda é ingênua, sempre foi ingênua. Nas análises feitas até aqui há diversas manifestações de asco diante daquele papo de botequim pé-sujo. Qual é a novidade? Por que o espanto? O que esperavam que saísse dali? Se as manifestações de Bolsonaro, que domina com absoluta segurança o linguajar mais abjeto e escatológico, causaram perplexidade, o conteúdo das falas de seus ministros não mereceu tanto repúdio assim. E olha que ali tem combustível para uma dezena de processos. Weintraub, o ministro da Educação (Educação, é isso mesmo?) xingou os juízes do STF de "vagabundos" e propôs que fossem presos.  Ricardo Sales, ministro do Meio Ambiente (Meio ambiente, é isso mesmo?), revelou sem retoques a estratégia safada de se aproveitar da brecha enquanto a imprensa está ocupada com a covid-19 para passar a "boiada", que nada mais é do que um conjunto de projetos anti-preservacionistas, para atender a bancada ruralista e os grandes empresários. Aliás, que covid-19? Nem parecia que ali do lado de fora, num lugar chamado Brasil, naquele dia já haviam 3 mil famílias chorando a perda de pessoas queridas. Sem falar no despautério da inefável Damares, ministra da Família (Família, é isso mesmo?), que também propôs prisão, mas para os governadores que se opõem às ações de proteção a esse vírus desgraçado.
Não é se deve sair, é como por pra fora
É preciso com urgência sair da discussão da permanência ou não de Bolsonaro e... avançar!  A hora é de começar a discutir A FORMA como se fará sua remoção e unir as forças para essa tarefa. Há que se levar em conta que os partidos não são mais os protagonistas da mediação social. Seus líderes, inclusive os mais tradicionais, já lideram muito pouca coisa. Só um exemplo: um protocolo de impeachment de Bolsonaro ao Congresso é assinado, nesta ordem, por: "Movimentos sociais, entidades e partidos políticos". Isso mesmo, os partidos foram parar na rabeira da convocação. Além disso, nenhum dos partidos sérios acordou para os novos atores da cena política, os youtubers. Só um deles, o Felipe Neto, que se propõe a lutar contra o bolsofascismo, tem 35 milhões de seguidores! Agora pergunta se algum partido já tentou se aproximar dele. Ou mesmo fazer uma dobradinha. Nem tchuns! Não querem "se contaminar" com essa "brincadeira de adolescentes", como encaram as redes sociais da internet. E mais: se os líderes desses partidos continuarem a agir isoladamente, e sem a necessária humildade para descer da empáfia e da arrogância que os impede de se desculpar pelos erros do passado, será impossível contar com as condições suficientes para desapegar o capitão do poder e conter o ímpeto golpista. Porque o eleitorado que votou nele por falta de opção vai demorar muito até perceber o buraco em que ajudou a enfiar o país. Para isso, é necessário sair da retórica vazia. Do oposicionismo imediatista e eleitoreiro. Do discurso do "ou sou eu ou não é ninguém". Esse exercício de humildade política e disposição para o diálogo franco com as demais forças que atuam no espectro democrático é difícil, mas crucial para este momento. Como recomenda o cientista político Marco Aurélio Nogueira, precisamos "encontrar um meio de fazer oposição com eficácia e generosidade. Sem vetos. Sem postulações doutrinárias". E eu acrescento, pra finalizar e ficar em um único exemplo e em uma única liderança partidária, o PT, que ainda simboliza a maior força oposicionista do país: é preciso sair do esgotado "Lula Livre" e começar - ontem, se possível - a botar na rua  o "Brasil Livre". > Mais textos do colunista Paulo José Cunha
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