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Antônio Augusto de Queiroz
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Como as emendas impositivas podem interferir no sistema eleitoral
Antônio Augusto de Queiroz
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Antônio Augusto de Queiroz
4/7/2017 7:40
[fotografo]Fabio Rodrigo Pozzebom/Agência Brasil[/fotografo][/caption]As políticas sociais e os direitos, mesmo havendo na Constituição o princípio da vedação do retrocesso social, estão sujeitos a redução ou supressão, como tem acontecido neste ano de desmonte do governo Temer, com o poder econômico induzindo as políticas públicas e substituindo a soberania popular. O fato de, até hoje, o Supremo Tribunal Federal não haver cumprido o seu papel e reconhecido a validade daquele princípio, é apenas mais uma faceta dessa concertação de interesses pró-capital.
De fato, o setor privado não apenas se apropriou da agenda governamental, como também dos instrumentos de poder político, colocando os poderes e o orçamento do Estado muito mais a serviço da garantia de propriedade, de contratos e de compromissos com os credores do que para combater desequilíbrios e desigualdades regionais e de renda, interrompendo uma trajetória de inclusão e ascensão social no Brasil.
Nesse cenário, ou a sociedade se informa, ganha consciência cívica e política e age para alterar essa realidade, ou, além de comprometer a paz social, assistiremos ao desmonte do estado de proteção social, a consolidação da captura do Estado e do governo pelo mercado e a entrega de nossas riquezas ao capital estrangeiro. As tímidas conquistas obtidas desde 1988 poderão ser consumidas pelas políticas de ajuste fiscal e pelo neoliberalismo renascido que coloca o mercado acima de tudo.
Esse processo de formação e conscientização política e cívica passa pelo envolvimento de instituições e organizações da sociedade, como os sindicatos, os partidos, as igrejas e suas pastorais de base, as escolas, a imprensa e todos que desejam um país mais justo e menos violento e desigual. Ou resgatamos o papel da política e do Estado no combate às desigualdades, na proteção dos mais fracos e na manutenção da paz social, com inclusão e perspectiva de ascensão social, ou seremos vítimas do maior retrocesso civilizatório da história brasileira.
A formação teórica exige ferramentas adequadas para se compreender a realidade e saber como transformá-la, como bem diz Frei Beto no texto "Formação de Militantes", disponível em http://www.diap.org.br/index.php/noticias/artigos/27311-formacao-de-militantes.
Para contribuir com esse esforço de formação e conscientização, recomendamos a leitura de algumas cartilhas de nossa autoria, que, didaticamente, trazem uma visão ampla das instituições do Estado e do processo decisório. São elas, entre outras disponíveis no portal www.diap.org.br: "Noções de Política e Cidadania no Brasil", "Para que serve e o que faz o movimento sindical", "Reforma Política e Regime Representativo", "Relações Institucionais e Governamentais: o que é, como e onde se faz", "Análise de conjuntura: como e porque fazê-la" e "Políticas Públicas e Ciclo Orçamentário".
É preciso, desde logo, retomarmos esse processo de formação e conscientização política e cívica para invertermos essa tendência regressista já a partir de 2018, com a eleição de bancadas comprometidas com os interesses da maioria. Só com um grande esforço de informação e formação podemos contribuir para evitar retrocessos e para aperfeiçoar o processo civilizatório e aprofundar as conquistas da humanidade, mediante a organização das pessoas.
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