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Confronto no Senado abre impasse entre governo e STF

OPINIÃO: Participação de governistas numa revanche bolsonarista à Suprema Corte coloca Lula em situação delicada. Por Lydia Medeiros.

Lydia Medeiros

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23/11/2023 | Atualizado às 14:06

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA). A medida é polêmica e, se for devolvida por Pacheco, será a primeira derrota do presidente Lula (PT) junto ao Congresso em 2024.. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA). A medida é polêmica e, se for devolvida por Pacheco, será a primeira derrota do presidente Lula (PT) junto ao Congresso em 2024.. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
"Valeu a pena eu chegar a esta Casa para este dia histórico", exultou Damares Alves (Republicanos-DF), ao orientar a bancada do partido a votar em favor à PEC que limita os poderes do STF em decisões monocráticas, aprovada na noite de quarta-feira pelo Senado. O tom da senadora refletiu o sentimento vitorioso do grupo bolsonarista na Casa, que chegou ao resultado (52 x 18) com o empenho de Rodrigo Pacheco e o inusitado auxílio do líder do governo Lula, Jaques Wagner. "A gente precisa fazer muito mais, a gente tem que colocar mandatos para ministros do STF", pregou o senador Cleitinho. A participação de Wagner e de 15 governistas numa revanche bolsonarista à Corte, travestida de medida pelo equilíbrio entre os Poderes, coloca Lula em situação delicada. Desde o final do ano passado, o Supremo vem tomando decisões que beneficiaram o governo. Por exemplo, deixar o Bolsa Família, vitrine petista, fora das regras do teto de gastos, que ainda estavam em vigor. Neste ano, uma decisão - monocrática - do ministro André Mendonça sobre questão tributária (a proibição de empresas abaterem benefícios fiscais estaduais do IR e da CSLL) deve render ao caixa da União cerca de R$ 90 bilhões. A decisão envolveu muita diplomacia do ministro Fernando Haddad, e na pauta do tribunal há uma série de outras ações bilionárias que podem ajudá-lo em sua - hoje improvável - cruzada para zerar o déficit público. Um voto do líder do governo em favor de um projeto que é contra o Supremo é destoante desse esforço. A reação do STF foi imediata, e na noite de ontem mesmo ministros se movimentaram para passar o recado: consideraram o voto de Wagner uma traição. Aliados do senador consideram que ele agiu assim por razões pragmáticas. Sobretudo, posicionar o governo na disputa eleitoral pelo comando do Senado em 2025 - que já está em curso acelerado. Davi Alcolumbre pretende voltar ao cargo. Como precisa dos votos bolsonaristas, contou com Pacheco para pautar a proposta e dar ao grupo um trunfo em uma de suas maiores bandeiras, a luta contra o Supremo. Alguns viram o voto de Wagner como sinal de apoio do governo à candidatura de Alcolumbre. É uma tese, mas não anula o fato de um dos expoentes do governo,  especialmente próximo a Lula, ter se alinhado a um projeto tão caro à turma do ex-presidente. O senador pode ter queimado algumas pontes e o fez na companhia de Pacheco, outro que acaba de perder a confiança do Supremo. Os ministros da Corte vêm dando recados explícitos contra os desejos de vingança do Congresso. Frequentemente lembram do papel do tribunal na preservação da democracia, a partir da pandemia e na contenção do golpismo de Jair Bolsonaro. Também não deixam de citar decisões que permitiram a volta de Lula ao poder, anulando sentenças da Lava-Jato e reinterpretando a lei. Lula preferiu deixar o governo oficialmente fora do debate sobre a PEC, liberando a bancada, embora tenha havido forte negociação para reduzir sua abrangência, com atuação decisiva de Wagner. Até por isso, seu voto causou espanto. Não deixa de ser surpreendente também a reação de  ministros da Corte. Afinal, ao acusar o governo de traição, dão a entender que esperavam gestos de retribuição. O regime democrático precisa mesmo de ajustes no Brasil.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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