Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
10/5/2017 8:00
[fotografo]Reprodução/Conectas[/fotografo][/caption]Uma pessoa de 17 anos e seis meses de idade que mata alguém responde pelo crime à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), podendo ficar recluso no máximo por quatro anos. Se ela cometer o mesmo crime seis meses depois, a responsabilização é pelo Código Penal, com pena de até 30 anos. O que mudou na cabeça de um adolescente em seis meses, que justifique uma pena tão diferente?
A impunidade é nosso maior inimigo, seja pela brandura de nossas penas, pela morosidade da Justiça ou pela completa ineficiência do Estado. Os criminosos encontram no Brasil um ambiente sem limites, pois sucessivos governos negligenciaram a segurança pública, passando desta forma uma falsa ideia de que tudo é permitido.
O Brasil precisa alinhar a sua legislação à de países que já enfrentaram a questão da violência dos adolescentes com medidas mais duras, como por exemplo Canadá e Estados Unidos (14 e 12 anos) e Portugal e Rússia (16 anos). O que eles têm em comum? Legislação adequada para que promovam processos judiciais de adolescentes da mesma forma que adultos, nas questões envolvendo crimes contra a vida.
Desde 2013, pesquisas indicam que mais de 90% dos brasileiros são a favor da redução da maioridade penal. É o que apontam os dados divulgados pelo Instituto MDA. Em quatro anos, muitas mortes ocorreram, praticadas justamente por quem hoje a legislação protege.
Por quanto tempo mais teremos que conviver com essa realidade? Espero que não muito mais! Precisamos debater a maioridade penal já.
* Médico veterinário, empresário e presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul.
Mais sobre maioridade penal
Tags
SEGURANÇA PÚBLICA
O novo PL Antifacção: o que Derrite mudou no texto após as críticas