Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Na busca da igualdade, mulheres lutam por mais representação no ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Na busca da igualdade, mulheres lutam por mais representação no Parlamento

Congresso em Foco

9/8/2018 8:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

"Se mais da metade da população brasileira é formada por mulheres, está mais do que na hora de ocuparmos representação correspondente no Parlamento"[fotografo]Luis Macedo / Câmara dos Deputados[/fotografo]
Cristina Roberto * A realidade é constrangedora: de acordo com pesquisa "Estatísticas de gênero - Indicadores sociais das mulheres no Brasil", divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março deste ano, o Brasil é o país da América do Sul com menor presença feminina na Câmara dos Deputados. Ocupamos 10,5% das 513 cadeiras e estamos na 152ª posição, entre 190 nações pesquisadas, no ranking mundial da participação das mulheres na política. Nossa representação é nada menos do que a metade da representação feminina na Arábia Saudita (20,3%), país onde a mulher conquistou o direito de dirigir recentemente e ainda usa véu e burca! Estamos atrás, muito atrás de Ruanda, país com maior representação de mulheres no Parlamento com 61,3%, do segundo lugar, a Bolívia (53,1%) e de Cuba (48,9%), o terceiro colocado no ranking. No Brasil as mulheres representam 51% da população e 52% do eleitorado, mas esse percentual não é o mesmo encontrado nos espaços legislativos e de poder: além da ínfima representação na Câmara Federal as mulheres ocupam menos de 10% nas assembleias legislativas, 16% no senado e 12% nas câmaras municipais. São apenas 628 prefeitas e nenhuma governadora. O mais grave, contudo, é que a sub-representação da mulher no parlamento brasileiro é apenas o reflexo das dificuldades enfrentadas pelas mulheres ao disputarem espaços de poder. A mesma pesquisa do IBGE constatou que nos lares brasileiros as mulheres dedicam 18,1 horas semanais aos cuidados de pessoas ou afazeres domésticos - cerca de 73% a mais de horas do que os homens. Não bastasse isso, ganhamos em média três quartos do salário dos homens, mesmo que tenhamos escolaridade superior à dos homens. Não é fácil conciliar dupla ou até tripla jornada de trabalho, vida pessoal e familiar com ação política. No Brasil, atuar em qualquer esfera de mando é muito difícil para qualquer mulher, a organização da sociedade não dá suporte e não raro elas abdicam de suas aspirações em prol da vida familiar. Criadoras da vida e cuidadoras que somos, assumimos uma tarefa que devia ser coletiva, de homens e mulheres e do Estado brasileiro. Mesmo com tantas dificuldades a cada dia mais mulheres adentram no universo político, porque percebem que se não fizerem isso estarão sempre sub-representadas na elaboração das leis que podem ajudar a mudar essa realidade de desigualdades. Se mais da metade da população brasileira é formada por mulheres, está mais do que na hora de ocuparmos representação correspondente no Parlamento. A cota mínima de 30% de mulheres entre os candidatos está sendo superada em muitos partidos - no caso do PT, por exemplo, das 16 candidaturas pré-aprovadas para disputarem a Câmara Federal, sete são de mulheres. Mas é preciso dotar as instituições de mecanismos que permitam que a mulher possa exercer plenamente sua cidadania, participando em igualdade de condições nas disputas eletivas. Mais creches, políticas de apoio às mulheres trabalhadoras, o combate à segregação de gênero no meio profissional são ações que cabem ao Estado promover e que com certeza impactariam no número de mulheres dispostas a enfrentar os desafios de uma candidatura. Neste momento em que a humanidade carece como nunca de mais solidariedade, harmonia, tolerância e respeito, é ainda mais necessária a visão feminina na tomada de decisões públicas. É preciso que a sociedade incentive, apoie e, claro, vote nas mulheres para os cargos eletivos. Para que mais mulheres possam mostrar sua força nas urnas, mais igualdade em toda a sociedade, é essa a simples equação. * Cristina Roberto, cozinheira, empreendedora e ativista cultural, é defensora da alimentação segura e saudável.   Mais sobre mulheres
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Senado IBGE Congresso Câmara Parlamento mulheres feminismo participação feminina Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística igualdade de gênero mulheres no parlamento Cristina Roberto fêmea feminina

Temas

Direitos Humanos Congresso

LEIA MAIS

ECONOMIA

Governo assumiu compromisso com corte de despesas, diz Hugo

Câmara dos Deputados

Nelinho assume mandato após deputado Eunício Oliveira se licenciar

Câmara

Comissão debate mudanças na legislação do Imposto de Renda

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

3

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

4

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES