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Paulo José Cunha
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Paulo José Cunha
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Paulo José Cunha
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28/8/2017 | Atualizado 10/10/2021 às 16:36
[fotografo]EBC[/fotografo][/caption]Toda a força à Lava Jato
Neste instante, é fundamental manter o purgante, até a podridão sair todinha. É preciso apoiar a turma de Curitiba. Eles estão a favor do Brasil. Quem diz o contrário está é se borrando de medo de encarar uma cana. Lava Jato e operações congêneres têm de continuar indefinidamente enquanto houver o que investigar. Que papo é esse de fixar prazo de duração? O mau cheiro é horrível. Mas é o preço que se paga pela desinfecção. Só pra lembrar: a palavra purgante tem a mesma origem etimológica da palavra purgatório, tá?
Ah, mas é tudo tão lento... Será? A depuração e o aperfeiçoamento das práticas políticas e econômicas costumam demorar mesmo. O processo histórico é lento por definição, a não ser quando ocorre uma ruptura institucional. Mas é sempre bom dar uma aceleradinha como agora, em que as colheradas do purgante estão sendo enfiadas na marra goela abaixo. Às vezes produzem ferimentos - como aquela condução coercitiva do Lula, um exagero que pegou muito mal. Mas as outras ações (inclusive a condenação que atingiu o mesmo Lula por causa do tríplex) são sinais de que as coisas vão bem. E provam que até os intocáveis estão sendo atingidos.
What a wonderful world!
A lentidão é aparente. As coisas estão andando, sim. Até outro dia eu circulava pelos gabinetes do Congresso e encontrava esposas, noras, genros e cunhados de deputados e senadores lotados nos gabinetes. Era uma prática tão comum que nem mesmo a imprensa se dava conta do crime de nepotismo, praticado ali, na cara de todo mundo. Até outro dia empregados domésticos só podiam usar o elevador de serviço e ninguém reclamava disso. Até outro dia eram raros os concursos públicos, e as nomeações eram em grande parte feitas por apadrinhamento. Até outro dia os órgãos públicos demoravam ou não prestavam informação alguma sobre seus atos. A Lei de Acesso à Informação está aí. E funciona! Ou seja: as mudanças estão ocorrendo, sim.
E, no quesito corrupção, o quadro é altamente alvissareiro. As coisas estão andando até depressa. Aquela choradeira lá do início do artigo precisa ser substituída por um brinde ao Brasil depurado que está vindo aí. Um país onde a população pode ver todo dia a flor da cretinália tupiniquim indo de cabeça baixa pro xilindró. Onde alguns políticos, habitués das práticas mais abjetas, estão tendo de recuar debaixo dos apupos da cidadania que não engole mais as safadezas. Antes do mensalão, quando se viu algo parecido?
Portanto... alegria, garotos! Brindemos ao país onde estão faltando tornozeleiras! Vamos combinar: um país onde faltam tornozeleiras está no rumo certo. Quero morar lá.
Tim-tim!
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