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vacina para criança

Servidores da Anvisa receberam mais de 150 ameaças por email

Além dos 150 e-mails contendo ameaças, Anvisa também já começa a receber telefonemas direcionados aos seus diretores

Congresso em Foco

21/12/2021 | Atualizado às 18:41

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"Os servidores recebem e-mails e mensagens contendo ameaças. Já no caso dos diretores, as ameaças já começaram a chegar por telefonemas", relatou diretora-geral da Univisa. Foto: Agência Câmara
Desde o final do mês de outubro, quando se iniciaram os estudos acerca da utilização de vacinas para covid-19 em crianças, as ameaças de morte são parte da rotina dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao todo, a agência já contabilizou 150 e-mails contendo ameaças, com um pico após a conclusão do estudo no último dia 17. Mas, além do aumento na quantidade de ameaças, a forma como essas acontecem também mudou desde então. "Os servidores recebem e-mails e mensagens nas redes sociais contendo ameaças. Já no caso dos diretores, as ameaças já começaram a chegar por telefonemas", relatou Yandra Torres, diretora-geral da Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa), ao Congresso em Foco. "São ameaças de todo tipo. Desde 'vocês vão pagar pela vida' a 'cada servidor deveria ser enterrado junto a cada criança que morrer em função das vacinas'", descreve. Uma pesquisadora da Anvisa que participa dos estudos com vacinas chegou a receber um e-mail afirmando que "os servidores estão fazendo coisas completamente antiéticas semelhantes ao que os nazistas fizeram, e serão julgados em tribunal semelhante ao de Nuremberg". O pico de ameaças é visto por essa servidora, que pediu para não se identificar, como resultado direto da fala do presidente Jair Bolsonaro, que se pronunciou contra a postura da Anvisa em sua live transmitida na última quinta-feira, ameaçando divulgar o nome dos servidores envolvidos na autorização da vacina para da Pfizer para crianças. Desespero em serviço A situação enfrentada pelos servidores que trabalham mediante ameaças de morte é desesperadora, conforme conta a servidora. "Ninguém espera receber ameaças quando estamos fazendo aquilo que somos pagos para fazer, quando estamos fazendo o nosso trabalho da melhor forma possível possível. (...) É um sofrimento muito grande recebermos tentativas de violação contra nossas próprias vidas por tentar tomar decisões que sejam adequadas, que ajudem a população da melhor forma possível". O estresse criado pelo clima de ameaças não se restringe ao medo enfrentado diretamente pelos servidores. Eles também estão preocupados com a segurança de pessoas ao seu redor. "Nessa situação, ficamos um pouco neuróticos. Começamos a pensar 'será que vão atacar meus pais? Será que vão atacar meu irmão? Ou algum colega de trabalho?'", relata a servidora. Yandra Torres teme que os ataques possam trazer consequências para o próprio funcionamento da agência. "Temos uma preocupação muito grande de que esse tipo de terrorismo digital possa implicar prejuízos à saúde mental dos colegas, a ponto de algumas pessoas realmente precisarem se afastar do trabalho", declarou. Esforço coordenado Desde o início das ameaças, o diretor de comunicação da Univisa, Fabio Rosa, observa atentamente o conteúdo das mensagens que chegam aos servidores. Segundo ele, não se trata simplesmente de pessoas ameaçando a agência por iniciativa própria, mas sim de um esforço coordenado a fim de intimidar os pesquisadores. "Percebemos que há uma semelhança no conteúdo das ameaças que chegam a nós. Vemos uma certa convergência na estrutura discursiva, no tipo de ameaça, o tipo de discurso colocado ali é muito similar, é nitidamente algo orquestrado. (...) É uma operação sistêmica, que tenta fragilizar a instituição", relatou o diretor. Mensagens de teor semelhante foram percebidas durante o andamento da CPI da Covid no Senado Federal. Fabio Rosa considera que esse direcionamento dos ataques parte do próprio presidente Jair Bolsonaro. "Existe um método de enfrentamento do governo contra o Estado, e o método utilizado é esse insuflar da população contra os servidores para parecer que foi algo espontâneo". Uma servidora que pediu para não ter o nome revelado diz ser visível o esforço coordenado na propagação das ameaças. "Tivemos o caso de um colega que teve seu nome exposto em todas as redes como um dos diretores da Anvisa, sendo que ele não é diretor ou sequer tem relação com a aprovação das vacinas. Espalharam o nome e foto desse colega em grupos afirmando que existe um pedido de prisão dele". > PF abre investigação sobre ameaça de morte a servidores da Anvisa > Anvisa pede proteção para servidores ameaçados de morte após fala de Bolsonaro 
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Segurança Pública redes sociais Jair Bolsonaro anvisa senado federal Univisa bolsonarismo covid-19

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