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Congresso em Foco
23/12/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:30
![[fotografo] Marcos Oliveira/Agência Senado [/fotografo] [fotografo] Marcos Oliveira/Agência Senado [/fotografo]](https://static.congressoemfoco.com.br/2020/10/kassio-nunes-3.jpg) 
 
 O tema da decisão liminar do ministro Nunes Marques, recém alçado ao STF, é mais grave por conta de já ter sido enfrentado anteriormente pelo Tribunal e pelo TSE. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) destaca que a Lei da Ficha Limpa foi exaustivamente julgada quanto à sua constitucionalidade, tendo sido aplicada por 10 anos com farta jurisprudência demonstrando a sua robustez. Além disto, é parte de um amplo processo de mobilização popular por mais ética na política. Fica claro que existe uma articulação de forças que pretende esvaziar a lei, com ataques pontuais que visam dilacerar o seu conteúdo sob alegação de aperfeiçoá-la, tentativa essa oriunda daqueles que podem ser atingidos por ela ou que buscam poupar seus aliados.
A mudança que a Lei da Ficha Limpa produziu no Brasil foi bem significativa. Incluiu a possibilidade de inelegibilidade para os políticos condenados por decisão de órgão judicial colegiado, independentemente de sentença condenatória transitada em julgado. Os efeitos jurídicos trazidos pela norma tiveram forte incidência não apenas no mundo jurídico, mas no político. Certamente que o tema da lei não será exaurido em um passe de mágica. Tratar das diferentes maneiras de combate à corrupção é uma luta, uma verdadeira utopia, necessária e estruturante, cujo principal foco é acreditar que a democracia um dia será efetivada com direitos ampliados, indistintos, imparciais e voltada para o bem comum.
> Movimento da Ficha Limpa manda recado a Lira: "Lei não está em negociação"
Da mesma forma, a Lei da Ficha Limpa trouxe um verdadeiro debate jurídico, inovador em alguns momentos, sobretudo nos tribunais eleitorais e na mais alta corte do país - Supremo Tribunal Federal - tanto acerca da constitucionalidade, como sobre a aplicação ou não do princípio da presunção de inocência e os seus efeitos jurídicos. Para a população que apoiou e lutou pelo tema, a Lei da Ficha Limpa é um alento para que se possa fazer da política um espaço e um processo com mais integridade e ética. Não merece este tipo de abordagem desestruturante e tática.
O MCCE e as organizações que participaram da elaboração da Lei da Ficha Limpa, bem como todos aqueles que lutaram por esta importante conquista, não descansarão na sua defesa intransigente, no combate à corrupção e na garantia do seu cumprimento. É tempo de defender a democracia e as instituições. Mas também de respeitar as conquistas históricas.
Não vamos parar.
*Haroldo Santos Filho, Luciano Caparroz Pereira dos Santos e Melillo Dinis do Nascimento são diretores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
O tema da decisão liminar do ministro Nunes Marques, recém alçado ao STF, é mais grave por conta de já ter sido enfrentado anteriormente pelo Tribunal e pelo TSE. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) destaca que a Lei da Ficha Limpa foi exaustivamente julgada quanto à sua constitucionalidade, tendo sido aplicada por 10 anos com farta jurisprudência demonstrando a sua robustez. Além disto, é parte de um amplo processo de mobilização popular por mais ética na política. Fica claro que existe uma articulação de forças que pretende esvaziar a lei, com ataques pontuais que visam dilacerar o seu conteúdo sob alegação de aperfeiçoá-la, tentativa essa oriunda daqueles que podem ser atingidos por ela ou que buscam poupar seus aliados.
A mudança que a Lei da Ficha Limpa produziu no Brasil foi bem significativa. Incluiu a possibilidade de inelegibilidade para os políticos condenados por decisão de órgão judicial colegiado, independentemente de sentença condenatória transitada em julgado. Os efeitos jurídicos trazidos pela norma tiveram forte incidência não apenas no mundo jurídico, mas no político. Certamente que o tema da lei não será exaurido em um passe de mágica. Tratar das diferentes maneiras de combate à corrupção é uma luta, uma verdadeira utopia, necessária e estruturante, cujo principal foco é acreditar que a democracia um dia será efetivada com direitos ampliados, indistintos, imparciais e voltada para o bem comum.
> Movimento da Ficha Limpa manda recado a Lira: "Lei não está em negociação"
Da mesma forma, a Lei da Ficha Limpa trouxe um verdadeiro debate jurídico, inovador em alguns momentos, sobretudo nos tribunais eleitorais e na mais alta corte do país - Supremo Tribunal Federal - tanto acerca da constitucionalidade, como sobre a aplicação ou não do princípio da presunção de inocência e os seus efeitos jurídicos. Para a população que apoiou e lutou pelo tema, a Lei da Ficha Limpa é um alento para que se possa fazer da política um espaço e um processo com mais integridade e ética. Não merece este tipo de abordagem desestruturante e tática.
O MCCE e as organizações que participaram da elaboração da Lei da Ficha Limpa, bem como todos aqueles que lutaram por esta importante conquista, não descansarão na sua defesa intransigente, no combate à corrupção e na garantia do seu cumprimento. É tempo de defender a democracia e as instituições. Mas também de respeitar as conquistas históricas.
Não vamos parar.
*Haroldo Santos Filho, Luciano Caparroz Pereira dos Santos e Melillo Dinis do Nascimento são diretores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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