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10/9/2017 14:00
 
 
 [fotografo]Gonalves/CPDocJB[/fotografo][/caption]É inegável como o ritmo do enfrentamento à violência de gênero e racial se acentuou. De lá para cá, intensificaram-se iniciativas governamentais com mais recursos e instrumentos: prevenção e atenção em pauta nos Poderes. Serviços, pesquisas, campanhas educativas ganharam espaço para acontecer. Três conferências nacionais foram realizadas. Da primeira, em 2004, resultou o primeiro Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, avaliado e atualizado nas conferências seguintes, num processo de grande mobilização nacional.
Em que pese que nossa legislação é considerada uma das mais avançadas, estados e municípios aguardam recursos e estrutura para investir e fortalecer suas redes de enfrentamento à violência de gênero, com mais condições e estrutura de recursos humanos, qualificação e condições físicas e materiais, inclusive para a implantação e pleno funcionamento das Casas da Mulher Brasileira, espaço destinado ao atendimento humanizado e integrado às mulheres vítimas de violência, que precisam de atenção e proteção.
Do ponto de vista legislativo, importante lembrar que, desde a Lei Maria da Penha, diversas normas ampliaram e respaldaram o combate à violência de gênero, como a lei que criminaliza o assassinato de mulheres - a Lei do Feminicídio, de 2015; e, agora, neste mês de agosto, o avanço, no Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 64/2016 que torna o crime de estupro imprescritível e inafiançável.
Apesar dos avanços, permanecem estarrecedores os índices de vítimas de violência doméstica no Brasil: somos o quinto país no ranking mundial em feminicídio, com quase cinco mil assassinatos por ano, dos quais 62% das vítimas são negras.
Em descompasso com a sociedade, o atual governo promove retrocessos: reduz poder fechando Ministérios (mulheres e negros) e rebaixando-os à condição de subordinação ao Ministério de Justiça e Cidadania; e torna cada mais difícil efetivar direitos conquistados nestes 11 anos da Lei Maria da Penha por meio de reformas, como a trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores, e afeta drasticamente a qualidade do trabalho e de vida das mulheres.
A sociedade civil mobiliza-se fortemente para impedir tais retrocessos. A reforma trabalhista - já aprovada - e a da Previdência que está para ser votada, retiram poder e direitos de quem? Da base da pirâmide social, dos trabalhadores, das mulheres, principalmente as negras, maiores vítimas do feminicídio. A luta continua! Desistir, Nunca!
[fotografo]Gonalves/CPDocJB[/fotografo][/caption]É inegável como o ritmo do enfrentamento à violência de gênero e racial se acentuou. De lá para cá, intensificaram-se iniciativas governamentais com mais recursos e instrumentos: prevenção e atenção em pauta nos Poderes. Serviços, pesquisas, campanhas educativas ganharam espaço para acontecer. Três conferências nacionais foram realizadas. Da primeira, em 2004, resultou o primeiro Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, avaliado e atualizado nas conferências seguintes, num processo de grande mobilização nacional.
Em que pese que nossa legislação é considerada uma das mais avançadas, estados e municípios aguardam recursos e estrutura para investir e fortalecer suas redes de enfrentamento à violência de gênero, com mais condições e estrutura de recursos humanos, qualificação e condições físicas e materiais, inclusive para a implantação e pleno funcionamento das Casas da Mulher Brasileira, espaço destinado ao atendimento humanizado e integrado às mulheres vítimas de violência, que precisam de atenção e proteção.
Do ponto de vista legislativo, importante lembrar que, desde a Lei Maria da Penha, diversas normas ampliaram e respaldaram o combate à violência de gênero, como a lei que criminaliza o assassinato de mulheres - a Lei do Feminicídio, de 2015; e, agora, neste mês de agosto, o avanço, no Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 64/2016 que torna o crime de estupro imprescritível e inafiançável.
Apesar dos avanços, permanecem estarrecedores os índices de vítimas de violência doméstica no Brasil: somos o quinto país no ranking mundial em feminicídio, com quase cinco mil assassinatos por ano, dos quais 62% das vítimas são negras.
Em descompasso com a sociedade, o atual governo promove retrocessos: reduz poder fechando Ministérios (mulheres e negros) e rebaixando-os à condição de subordinação ao Ministério de Justiça e Cidadania; e torna cada mais difícil efetivar direitos conquistados nestes 11 anos da Lei Maria da Penha por meio de reformas, como a trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores, e afeta drasticamente a qualidade do trabalho e de vida das mulheres.
A sociedade civil mobiliza-se fortemente para impedir tais retrocessos. A reforma trabalhista - já aprovada - e a da Previdência que está para ser votada, retiram poder e direitos de quem? Da base da pirâmide social, dos trabalhadores, das mulheres, principalmente as negras, maiores vítimas do feminicídio. A luta continua! Desistir, Nunca!
 
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