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6/11/2021 | Atualizado às 8:04

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Nomofobia é uma doença cada vez mais comum, mas que pouca gente conhece. Quanto você não consegue deixar o celular ou o computador, cuidado, você pode estar sofrendo de dependência do seu dispositivo eletrônico. Foto: Pixabay

Nomofobia é uma doença cada vez mais comum, mas que pouca gente conhece. Quanto você não consegue deixar o celular ou o computador, cuidado, você pode estar sofrendo de dependência do seu dispositivo eletrônico. Foto: Pixabay
A internet, suas redes e aplicativos, como toda inovação tecnológica, carregam coisas boas e outras, não tanto. Essa poderosa ferramenta viabiliza a comunicação global em velocidade inédita, aproxima pessoas, revoluciona as possibilidades da democracia, viabiliza o homework, propicia o êxito de campanhas humanitárias, permite a ampla divulgação da criação artística, proporciona a educação à distância e a telemedicina. No entanto, pode também servir a teorias da conspiração, fake news, discursos de ódio, golpes financeiros, tráfico de armas, pessoas e drogas e à pedofilia. A tecnologia é neutra do ponto de vista moral, o uso das ferramentas é que materializa o campo de discussão ética sobre meios e fins perseguidos no uso do mundo virtual. Longe de mim qualquer perspectiva saudosista ou qualquer negacionismo quanto aos notáveis avanços introduzidos pela internet. As mudanças são irreversíveis. O tema me veio à cabeça outro dia, quando cheguei aeroporto e resolvi avançar a leitura do excelente História da Riqueza no Brasil, de Jorge Caldeira. Na primeira pausa, olhei em torno e, sem medo de errar, 95% das pessoas estavam com seus olhares pregados nas telas de seus celulares. A comunicação minimalista contemporânea encontra espaço de expressão em mensagens curtas e vídeos meteóricos. Não sei, sinceramente, o espaço que restará para Machado de Assis, Guimarães Rosa, Cervantes, Victor Hugo, Walt Whitman ou Drummond. No dia seguinte, na academia de ginástica percebi que as pessoas não abandonavam as redes sociais nem em cima da esteira ou pedalando a bicicleta. Não se desconectam nunca. Parece uma frenética "nova escravidão". Não sei se isso fará bem à saúde mental e física de uma geração inteira. Do ponto de vista individual, fico assustado como as pessoas renunciam à sua privacidade e expõem sua intimidade abertamente nas redes sociais. É claro que há um lado positivo de aproximação das pessoas. Adoro conversar com meu amigo e minha amiga que moram na Califórnia pelo Skype ou pelo WhatsApp. Mas temo que estejamos mascarando uma enorme solidão de muitos. Fora o sequestro e a manipulação de nossos dados pessoais pelas big techs. Na vida coletiva, a política é talvez o melhor laboratório. Se por um lado, a internet permite aprofundar a democracia direta, organizar debates, consultas públicas, troca de textos e informações, também é terreno fértil para o radicalismo sectário selvagem, para a destruição de reputações, para a disseminação de mentiras, para dinamitar as relações de confiança entre líderes, instituições e cidadãos. Como disse Manuel Castells: "As mensagens negativas são cinco vezes mais eficazes em sua influência do que as positivas". Complementado por Mark Twain: "Uma mentira pode dar a volta ao mundo enquanto a verdade leva o mesmo tempo para calçar os sapatos". Como bem observou FHC: "A grande força transformadora que abala as estruturas de poder em escala mundial não deriva de projetos políticos ou ideológicos, mas da reorganização do modo de produzir e de interagir que levou à globalização. Essa transformação está na raiz da crise, e também da metamorfose, da democracia". Que consigamos aprender a lidar com os avanços inegáveis da internet, potencializando suas qualidades e minimizando seu potencial destruidor. > Outros artigos do mesmo autor  O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br.
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